Duas raparigas de 14 e 15 anos foram condenadas a 18 meses num centro de reabilitação para jovens pela autoria de quatro ataques antissemitas em Londres perpetrados num intervalo de trinta minutos. Segundo o The Guardian, os quatro incidentes, que ocorreram em dezembro de 2023, tiveram como alvos membro da comunidade judaica de Stamford Hill, em Londres. Os procuradores responsáveis pela acusação dizem que os ataques foram “motivados por ódio”.
As adolescentes começaram por exigir dinheiro a uma mulher, tendo tentado sem sucesso agredi-la. Passados dez minutos, obrigaram outra pessoa a dar-lhes dinheiro. Desta vez, uma rapariga de 12 anos, que acabaram por abandonar quando se aperceberam que não carregava qualquer valor.
Num espaço de cinco minutos, assediaram mais membros da comunidade. No terceiro incidente, utilizaram expressões antissemitas para insultar um grupo de quatro raparigas de onze anos. Depois de lhes exigirem dinheiro, roubaram-lhes uma lancheira.
Meia hora depois do primeiro incidente, abordaram a última vítima. As adolescentes começaram mais uma vez por exigir dinheiro. Quando a mulher interpelada se virou na direção oposta às jovens, foi atingida por trás. Tentaram roubar-lhe o telemóvel e arrancaram-lhe a peruca. De seguida, atiraram-na para o chão e pontapearam-na. A vítima perdeu brevemente a consciência e ficou com “hematomas significativos”.
As jovens adolescentes foram ouvidas em tribunal na passada quarta-feira, tendo sido consideradas culpadas. Foram condenadas a 18 meses num centro de reabilitação de jovens. Terão igualmente que cumprir 30 e 40 horas de trabalhos comunitários. Para além disso, durante três meses, ser-lhes-á imposto um recolher obrigatório, que as forçará a utilizar uma pulseira eletrónica.
“As provas no caso provaram que as duas adolescentes escolheram as vítimas em questão porque eram judias”, afirmou Jagjeet Saund, um dos procuradores, razão pela qual pediram penas tão duras.