A pobreza na região de Portalegre tem “aumentado” e os pedidos de ajuda “estão a mudar”, abrangendo pessoas com emprego, mas que não conseguem fazer face às despesas, alertou esta segunda-feira a Cáritas Diocesana daquela região.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Cáritas Diocesana de Portalegre – Castelo Branco, Nuno de Brito, indicou que a pobreza tem “aumentado claramente” nos últimos tempos.

“O número de pedidos de ajuda tem aumentado claramente e a pobreza “está a mudar”, pois, “há hoje pedidos de ajuda de pessoas que têm emprego, mas que, devido à inflação e taxas de juro, não conseguem fazer face às despesas mensais”, lamentou.

Para o responsável, este é um problema que se tem vindo a “agravar” de forma “consistente” nos últimos tempos.

“Já não é só a pobreza daquelas pessoas que estão à margem da sociedade, os desempregados, os imigrantes. Não é só essa pobreza, é também das pessoas que têm trabalho e os ordenados não acompanham a subida do nível de vida”, vincou.

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De acordo com Nuno de Brito, a Cáritas Diocesana de Portalegre – Castelo Branco está a dar, nesta altura, resposta a cerca de 300 pessoas, distribuídas por cerca de 70 famílias.

Neste Natal, a instituição distribuiu brinquedos e cabazes com bens de primeira necessidade a 64 famílias, referiu.

“Nós acompanhamos em permanência cerca de 70 famílias todos os meses e, este Natal, em colaboração com várias empresas preparámos 64 cabazes, com bens de primeira necessidade, também com o bacalhau, para que passem um Natal mais desafogado”, disse o mesmo responsável.