O grupo chinês Alibaba anunciou, esta quinta-feira, um acordo para vender a participação na Sun Art, o maior operador de hipermercados do país, um negócio que lhe custará um prejuízo líquido equivalente a 1,741 mil milhões de euros.
Num comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, onde está cotada, a Alibaba especificou que vai vender a sua participação de 73,66% na SunArt ao fundo chinês DCP, por cerca de 11,383 mil milhões de yuan (1,504 mil milhões de euros).
Este valor é significativamente inferior aos 3,6 mil milhões de dólares (quase 3,5 mil milhões de euros) que o grupo pagou, em 2020, para assumir o controlo da SunArt, numa tentativa de se destacar face à forte concorrência no setor retalhista chinês, através da combinação da presença física com as suas tradicionais plataformas de comércio eletrónico.
Mas foi mais um golpe nas contas: em meados de dezembro, a Alibaba anunciou perdas de 1,277 mil milhões de dólares (1,231 mil milhões de euros) com a venda da sua divisão de grandes armazéns Intime por cerca de 979 milhões de euros, depois de a ter comprado por 2,5 mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros) há sete anos.
A empresa tecnológica considerou a venda da Sun Art “uma boa oportunidade para rentabilizar os seus ativos não essenciais e utilizar as receitas para se concentrar melhor no desenvolvimento das suas atividades principais e melhorar o retorno para os seus acionistas”.
A referida estratégia da Alibaba esbarrou no impacto da pandemia da Covid-19, nos hábitos de consumo e nos problemas subsequentes para a recuperação da segunda maior economia do mundo.
Face à crescente concorrência no seu setor e problemas com as entidades reguladoras chinesas, a Alibaba está empenhada num processo de reestruturação empresarial desde 2023. A mais recente iniciativa a este respeito foi fundir as divisões de comércio eletrónico nacional e internacional numa única filial.
Sob a liderança do novo CEO, Eddie Wu, a Alibaba procura agora concentrar-se nas suas atividades principais de comércio eletrónico e computação em nuvem, procurando também expandir a presença internacional.