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O ministro da Defesa Nacional português, Nuno Melo, participa esta quinta-feira na 25.ª reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, na base militar de Ramstein, na Alemanha, que visa coordenar o apoio a Kiev.

A reunião, que tem início às 11h30 (hora local, mais uma do que em Portugal continental), vai decorrer na Base Aérea norte-americana de Ramstein, situada no sudoeste da Alemanha, e será presidida pelo Secretário de Defesa dos Estados Unidos da América (EUA), Lloyd J. Austin III, e pelo chefe do Estado-Maior Conjunto norte-americano, general Charles Q. Brown, Jr.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, também estará presente.

A agenda inclui um almoço de trabalho e uma intervenção do ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, que será acompanhado nesta viagem pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas portuguesas, general Nunes da Fonseca. O final da reunião está previsto para as 16h00 (hora local).

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O denominado Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia – conhecido como grupo Ramstein – é composto por mais de 50 nações aliadas que se reúnem para coordenar o apoio militar àquele país, invadido pela Federação Russa há quase três anos.

Este grupo, liderado pelos Estados Unidos da América (EUA), foi criado em abril de 2022 na base de Ramstein, com a participação dos ministros da Defesa de mais de 40 países, incluindo de Portugal.

No ano passado, de acordo com o Ministério da Defesa Nacional, Portugal contribuiu com cerca de 221 milhões de euros em ajuda militar para a Ucrânia nas componentes naval, terrestre e aérea.

“Este ano, o Governo português mantém-se empenhado em cumprir os seus compromissos firmados na Cimeira [da NATO] de Washington, no que diz respeito à ajuda em múltiplas áreas à Ucrânia”, acrescenta a tutela.

Esta reunião decorre a 11 dias da tomada de posse do próximo Presidente dos Estados Unidos da América, o republicano Donald Trump, que já criticou os biliões de dólares libertados pela administração Biden para a Ucrânia, e numa altura em que ainda não se sabe como será o futuro do apoio dos norte-americanos a Kiev.

A administração Biden deve anunciar um pacote final “substancial” de ajuda militar à Ucrânia durante a reunião em Ramstein, segundo responsáveis militares citados pela agência Associated Press (AP) sob anonimato.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já fez saber que vai renovar o apelo aos aliados para que reforcem as defesas aéreas do país em Ramstein.

A Ucrânia avançou com a segunda ofensiva na região russa de Kursk e enfrenta uma barreira de mísseis de longo alcance e avanços contínuos da Rússia, à medida que ambas as partes procuram colocar-se em vantagem para negociar antes da tomada de posse de Trump.

Kiev tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.