Primeiro foi o FBI a informar a família de James Foley de que o vídeo da execução é verdadeiro, avançou o Global Post, onde trabalhava o jornalista que perdeu a vida ontem à noite. Mais tarde, segundo o El País, foi a vez de a Casa Branca assinar por baixo a avaliação do FBI. Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, reagiu pouco depois durante a tarde de quarta-feira.

“O mundo inteiro está intimidado com o assassinato brutal de James Foley. Nenhuma fé ensina a matar inocentes. O Estado Islâmico pode declarar que está em guerra com os Estados Unidos, mas estão em guerra com os seus vizinhos. (…) Pessoas como estas acabam por falhar. Falham porque o futuro é para aqueles que constroem e não para os que destroem. Os EUA continuarão a fazer o que for necessário para proteger o seu povo. Seremos vigilantes. (…) Um grupo como o Estado Islâmico não tem lugar no século XXI”, afirmou Obama.

Vários jornais norte-americanos reportam que a Casa Branca sabia que o Estado Islâmico (EI) ameaçava matar o jornalista do Global Post, capturado em novembro de 2012. O grupo extremista justificou o ato como resposta aos ataques dos Estados Unidos contra militares do EI no norte do Iraque. As ameaças alastram-se agora a um outro jornalista: Steven Sotloff, que estará também ele em cativeiro.

Outra novidade neste caso é o mistério da nacionalidade do carrasco de Foley, que poderá ser britânica. O sotaque denunciou-o e fez tocar os alarmes no Reino Unido, tanto que o primeiro ministro, David Cameron, interrompeu as suas férias na Cornualha, no seu país, para dar resposta a este problema, que foi rotulado como “chocante e depravado”. Já no início de agosto, Cameron teve de interromper uns dias de descanso em Portugal quando estalou uma nova crise no norte do Iraque.

Philip Hammond, o ministro dos Negócios Estrangeiros inglês, informou que está em curso, de “forma urgente”, uma investigação em cooperação com os Estados Unidos e admitiu que o carrasco do jornalista norte-americano parece realmente ser britânico. “Sem duvida, em princípio é o que parece e obviamente queremos investigar mais”, afirmou, em declarações que se podem ler num artigo do El Mundo.

Hammond, que expressou um “horror absoluto” com a difusão do vídeo, e Cameron vão reunir ainda hoje com várias forças de segurança, que navegaram em fóruns jihadistas que terão transmitido ou partilhado a alegada execução. “Sempre dissemos que os combatentes estrangeiros que viajam para a Síria não vão para lá ser espectadores”, disse Hammond à France-Press.

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