A TAP indicou nesta terça-feira ter realizado em agosto 10.541 voos, “com um índice de regularidade de 99,1%, melhor que os 98,9 registados em 2013” e entre voos cancelados e regressos ao ponto de partida registou 73 ocorrências. “Os índices de regularidade na operação da TAP são absolutamente normais para a época do ano e mesmo melhores que a média da indústria europeia da aviação civil, não existindo fundamento para a atual vaga de análises e comentários alarmistas e claramente especulativos”, refere a companhia aérea num comunicado.
Segundo a transportadora, “entre voos cancelados e regressos ao ponto de partida a TAP registou 76 ocorrências em agosto de 2013, contra 73 no mesmo período de 2014, apesar de ter efetuado mais 303 voos e transportado mais 105 mil passageiros”. Estes números foram divulgados depois de nos últimos dias terem sido registados vários incidentes com aviões devido a problemas técnicos.
Na sexta-feira, um problema no sistema hidráulico de um avião obrigou um voo de Lisboa para Angola a regressar ao aeroporto da Portela uma hora depois de ter descolado, e, dois dias depois, um outro voo que partiu do Brasil com destino a Lisboa teve de aterrar por precaução no Sal, em Cabo Verde, devido a um sinal de aviso do sistema indicador de fumos na cabina.
Na segunda-feira, o terceiro incidente levou a TAP a cancelar uma ligação Milão/Porto e hoje o voo Porto/Bruxelas foi atrasado por causa de um problema no radar de identificação do avião. “O cancelamento de voos é parte intrínseca de uma operação segura, não se cancelam voos por falta de segurança, mas por rigor de segurança, esta sim, a prioridade de todas as prioridades na transportadora aérea portuguesa”, pode ler-se no comunicado.
“A TAP admite que as perturbações verificadas entre junho e meados de julho — consequência da chegada tardia de novos aviões, de algumas imobilizações mais prolongadas e da greve de zelo do sindicato dos pilotos — possam ter contribuído para exponenciar a atenção dos media e da opinião pública sobre o dia-a-dia da companhia, criando uma imagem que, neste momento, já nada tem a ver com a realidade”, refere ainda o texto.