O sistema que controla o carro sem condutor da Google poderá, em breve, ter o mesmo enquadramento legal que tem um condutor humano. A National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), organismo responsável pelas regras que regulam as estradas norte-americanas, escreveu uma carta à gigante tecnológica onde assume que “se nenhum ocupante pode conduzir o veículo, é mais razoável identificar o condutor como o que quer que seja que o esteja a conduzir”. (Note-se a expressão “o que quer que seja”, ao invés de quem quer que seja.)

De acordo com a BBC, até agora, nenhum veículo sem condutor humano era considerado apto para circular nas estradas daquele país. Mas esta carta, que deve ser vista à luz da evolução tecnológica, significa que isso poderá mudar em breve.

Em causa está, principalmente, o modelo da Google que é totalmente autónomo e que não tem volante no interior. A posição da NHTSA acaba por ser uma vitória para a equipa do projeto, tendo em conta que, em dezembro do ano passado, o Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia insistiu que os carros sem condutor devem permitir que um ocupante, devidamente habilitado, possa assumir o controlo do automóvel em caso de emergência. Na altura, a Google mostrou-se “perplexa” com a posição do regulador californiano.

Atualmente, a empresa tem vários carros autónomos a circular em certas estradas norte-americanas em Kirkland (Washington), Austin (Texas) e Montain View (localidade onde fica a sede da empresa, na Califórnia). Juntos já terão percorrido mais de um milhão e meio de quilómetros.

Os modelos em teste são os Lexus SUV e um outro protótipo desenvolvido pela Google, mas todos possuem volante e controlos manuais por razões de segurança. Porém, graças à nova posição da NHTSA, é possível que o modelo autónomo da Google tenha em breve luz verde para circular na estrada.

Editado por Helena Pereira

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