“Em 2015, as autoridades portuguesas continuaram a dar prioridade à cocaína, considerando-a a maior ameaça em termos de drogas, apesar de o ecstasy, haxixe e heroína também serem facilmente acessíveis no país”, indica o relatório. Apesar disso, “o uso de droga em Portugal permanece estável e abaixo da média da União Europeia”, afirma o Departamento de Estado norte-americano.

O relatório explica que o país “não é um centro de produção de droga nem fonte significativa de drogas para os Estados Unidos”, sendo antes “um ponto de transbordo para as drogas originárias da América do Sul e África Ocidental destinadas a outros países europeus”.

Além das remessas diretas da América do Sul, os traficantes usam frequentemente antigas colónias portuguesas, como Guiné-Bissau e Cabo Verde, como locais de “transbordo, reabastecimento e armazenamento de navios cheios de cocaína que fazem a rota da América do Sul para a Europa”.

O Departamento de Estado norte-americano sublinha que a cooperação entre as autoridades portuguesas e os Estados Unidos “continua a ser excecional”, com “múltiplas investigações conjuntas altamente bem-sucedidas em 2015”.

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