Fernando Santos levou as mãos à cabeça quando a Islândia empatou no arranque do segundo tempo. Ele sabia que as coisas tinham acabado de complicar muito. Depois pediu calma muitas vezes, mas a “ansiedade do primeiro jogo” roubou a serenidade e as ideias de sempre aos jogadores portugueses.

“Sabíamos que era um jogo complicado, mas sabíamos que éramos melhores”, começou por dizer. “Tínhamos que procurar vencer. Entrámos, nos primeiros dez minutos, não tão bem. Um bocado desatentos àquele jogo deles. A partir dos dez minutos, acertámos esse único movimento deles, que era o único que causava perigo. Depois tivemos bola, nunca mais os deixámos usar esse futebol característico deles. Fomos criando situações, fizemos um golo, podíamos ter feito mais. Aqui ou acolá podíamos ter definido melhor, abusámos um bocadinho do cruzamento pelo ar. Tivemos várias oportunidades, mesmo pelo ar. O guarda-redes… não sei bem como é que defendeu lá duas bolas.”

Ao intervalo, Fernando Santos disse aos jogadores para estarem atentos àquele futebol direto, que insistia e insistia, e que confia na segunda bola. “Disse aos jogadores que tínhamos de continuar atentos para aquele tipo de futebol, tínhamos estudado o adversário. Acabámos por sofrer um golo num lance que conhecíamos bem. Não devíamos ter sofrido. A partir daí fomos a jogo outra vez, à procura da vitória, voltámos a causar lances de perigo. Na segunda parte, para além de não concretizar, nos últimos 15 minutos estávamos ansiosos. Com Éder e Quaresma, pedi para terem mais calma na preparação dos lances. É normal, a equipa queria ganhar…”

E continuou: “Não foi um resultado justo, mas houve muito trabalho da Islândia. Trabalha muito, muito, muito. Usou o que sabe usar, o seu estilo pragmático. Portugal fez uma exibição razoável. Sofreu um golo que não devia ter sofrido e teve algumas oportunidades”.

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Fernando Santos estava sereno e desdramatizou aquela que talvez tenha sido a primeira grande surpresa do Euro-2016. “Eu avisei que este grupo não ia ser fácil, ao contrário do que as pessoas diziam. Vamos ter de lutar para seguir em frente. Queríamos ganhar, não estamos satisfeitos, mas em nada retira a confiança dos nossos jogadores. Vamos atrás do objetivo!”

E insistiu: “A partir dos 15 minutos a equipa esteve bem. Na segunda parte até teve momentos em que conseguiu acelarar o jogo, mas depois entrou na ansiedade. Depois voltou a estar em cima do jogo. É a ansiedade do primeiro jogo. Temos visto nos outros jogos…”

Conclusão: “O nosso objetivo mantém-se firme!”