O presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, Vítor Figueiredo, estimou este domingo que já tenha ardido “um terço ou um quarto” da área do seu concelho, devido ao incêndio que começou em Arouca.

“O concelho de S. Pedro do Sul tem 250 quilómetros quadrados. A área que está ardida é muito grande, provavelmente equiparada a um terço ou um quarto de todo o nosso concelho”, afirmou aos jornalistas, ao final da tarde.

Segundo Vítor Figueiredo, “o fogo veio do concelho de Arouca [distrito de Aveiro], entrou na segunda-feira no concelho de S. Pedro do Sul [distrito de Viseu]”.

“Os primeiros quatro dias foram muito maus, porque não tivemos qualquer tipo de apoio”, lamentou o autarca, considerando que estas situações “não podem voltar a acontecer”.

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O presidente da Câmara disse que “houve efetivamente pessoas desalojadas”, mas que “a situação neste momento está completamente normalizada e estabilizada”.

Também arderam “algumas casas”, mas pequenas e que não seriam de primeira habitação, mas sim “de algumas pessoas que estariam fora, e alguns palheiros”.

“Ou seja, arderam efetivamente diversas habitações, mas nada que se diga que sejam habitações de valores muito grandes”, acrescentou.

Questionado sobre alegadas falhas na alimentação dos bombeiros, o autarca admitiu que poderão ter acontecido, devido ao facto de se tratar de “uma área muito grande, em que os bombeiros estavam completamente dispersos”.

“É provável que alguns desses bombeiros estivessem mais isolados e que, quem andava a fornecer as refeições, pudesse não ter chegado aos locais onde estavam. Isso pode ter acontecido, mas foram situações pontuais”, acrescentou.

Pelas 21:40, mantinham-se dois incêndios de grandes dimensões, no território continental, mobilizando cerca de 1.100 operacionais: em São Pedro do Sul, Viseu, e em Celorico da Beira, distrito da Guarda.

O incêndio de Celorico da Beira, na freguesia de Mesquitela, que deflagrou na tarde de hoje, contava com 96 operacionais e 26 meios terrestres.

Em Portugal Continental mantinham-se ativos 62 incêndios florestais, em Portugal Continental, cujo combate envolvia 2393 operacionais e 780 meios terrestres, segundo a página da Proteção Civil.