A Coreia do Sul manifestou esta quarta-feira o seu apoio à condenação do Conselho de Segurança da ONU ao mais recente lançamento de mísseis da Coreia do Norte, que abre a porta a possíveis sanções ao regime norte-coreano.

Seul “saúda a rápida declaração de denúncia do Conselho de Segurança” e “continuará com os seus esforços diplomáticos para aplicar de forma estrita as suas resoluções em estreita cooperação com a comunidade internacional”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou na terça-feira o novo ensaio com mísseis realizado pela Coreia do Norte, enquanto vários membros defenderam a necessidade de estudar novas medidas contra o regime de Pyongyang.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considerou que os lançamentos de três mísseis balísticos, esta segunda-feira, no Mar do Japão são “claras violações” das resoluções do Conselho.

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“Reiteramos um apelo unido da comunidade internacional à República Popular da Coreia do Norte a parar com as provocações e regressar ao caminho da desnuclearização”, assinalou Ban Ki-moon, através do seu porta-voz, Stéphane Dujarric.

Entretanto, os 15 países do Conselho de Segurança analisaram a última ação norte-coreana numa reunião de urgência, à porta fechada.

Os impulsionadores do encontro — Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul — reiteraram no final da reunião a sua condenação deste novo ensaio com mísseis balísticos, e defenderam que sejam estudadas novas medidas em resposta a estas “provocações”.

“O Conselho de Segurança deve manter-se inequívoco e unido na sua condenação a estes testes e devemos atuar para fazer cumprir as nossas resoluções”, disse aos jornalistas a embaixadora norte-americana, Samantha Power, que referiu que os Estados Unidos estão dispostos a “aumentar as consequências”.

Power acrescentou que dentro do Conselho de Segurança se ouviram esta quarta-feira “claras e numerosas vozes” a favor de “fazer mais” perante os desafios norte-coreanos.

O embaixador da Coreia do Sul, Oh Joon, considerou que o Conselho deve enviar uma mensagem clara às autoridades de Pyongyang, advertindo que “se continuarem a provocar e a violar as obrigações e sanções internacionais, serão encontradas medidas muito mais fortes e significativas” da comunidade internacional.

O Conselho de Segurança já impôs este ano duras sanções ao país liderado por Kim Jong-Un devido aos testes nucleares e aos mísseis de longo alcance.

O embaixador do Japão na ONU, Koro Bessho, recordou que os mísseis norte-coreanos não são só uma ameaça para o seu país, mas para toda a região e além dela.

O lançamento desta segunda-feira foi o primeiro dos projéteis balísticos de Pyongyang, depois de disparar com êxito um míssil a partir de um submarino no passado dia 24 de agosto.

Os três mísseis disparados para o Mar do Japão (Mar do Leste) caíram em águas na Zona de Identificação de Defesa Aérea do Japão, numa distância de cerca de mil quilómetros.