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42.958 alunos entraram para a universidade. É o número mais alto dos últimos seis anos

Este artigo tem mais de 5 anos

Pelo terceiro ano consecutivo o número de alunos colocados nas universidades e politécnicos públicos subiu. Mais de metade dos alunos entraram na primeira opção. Sobram 8.022 vagas. Veja aqui a lista.

Candidataram-se 49.472 alunos ao ensino superior
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Candidataram-se 49.472 alunos ao ensino superior

Andreas Rentz/Getty Images

Candidataram-se 49.472 alunos ao ensino superior

Andreas Rentz/Getty Images

Dos 49.472 alunos que se candidataram ao ensino superior, 42.958 estudantes entraram numa universidade ou politécnico públicos, na primeira fase do concurso nacional de acesso. E mais de metade desses (21.950) vão poder festejar duplamente, pois conseguiram alcançar uma vaga na primeira opção do boletim de candidatura. A partir deste momento, já pode consultar os tão esperados resultados deste concurso — no site da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) ou no final deste artigo — e descobrir se você, o seu filho, irmão ou outro familiar entrou no curso escolhido.

Resultados da 1.ª fase de acesso ao Ensino Superior

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Pode aceder aqui aos resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público.

Comparando os números com os do ano passado, a primeira conclusão que se tira é que entraram mais alunos para as instituições públicas de ensino superior. Um crescimento anual de 2,1%, que faz deste o ano com o maior número de colocados no final da 1.ª fase de acesso dos últimos seis. Só em 2010 se registou um maior número de entradas nesta fase (45.592).

E esta é apenas uma parte (uma grande parte) dos alunos que vai entrar para o ensino superior. Pela primeira vez, o Ministério do Ensino Superior disponibilizou uma estimativa do número de estudantes que vai chegar às instituições de ensino públicas, quer pela via do concurso nacional — cerca de 46.700 alunos no fim das três fases –, quer por outras vias de acesso (maiores de 23 anos, concursos locais, titulares de cursos médios e superiores, cursos técnicos superiores) — à volta de 24.100 estudantes. Segundo as projeções apresentadas, mais de 78 mil alunos vão entrar em universidades e politécnicos nas próximas semanas.

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Estes dados mostram que os portugueses estão a estudar mais e isso enche-nos de orgulho“, afirmou o ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, num encontro com os jornalistas, reagindo aos resultados do concurso. “Temos de continuar num processo de consciencialização dos portugueses sobre a importância de estudar mais”, acrescentou.

Universidade de Lisboa é a preferida dos alunos. Politécnicos estão a ser mais procurados

Olhando para os números mais ao detalhe, percebe-se que a Universidade de Lisboa foi a instituição mais procurada pelos alunos portugueses: mais de 9.000 colocaram um curso ministrado nesta instituição em primeiro lugar nas suas opções de estudos. No final da corrida, 7.463 atingiram essa meta e quase ocuparam as 7.651 vagas abertas pela universidade que, pela sua dimensão e diversidade de áreas e cursos lecionados, é habitualmente a instituição que abre um maior número de vagas em Portugal.

No topo da pirâmide das preferências dos alunos segue-se a Universidade do Porto, que foi primeira opção para 7.736 estudantes. As 4.160 vagas disponibilizadas por esta instituição também já ficaram quase preenchidas por 4.131 alunos.

E no Top 5 aparecem mais três universidades: Universidade Nova de Lisboa, Universidade do Minho e Universidade de Coimbra, como se pode confirmar no esquema apresentado em baixo.

Se tivermos em consideração a procura versus a oferta, então aquela que consegue um maior número de candidatos (em 1.ª opção) por vaga aberta é a Universidade do Porto, na razão de 1,73 candidatos por cada vaga, seguindo-se, nesse critério, o ISCTE com 1.900 candidatos (a colocarem esta opção em primeiro lugar) para 1.102 vagas disponíveis. O ISCTE voltou, de resto, a ocupar todas as vagas já na 1.ª fase.

Já no extremo oposto aparecem politécnicos: só 85 candidatos colocaram um curso do Politécnico de Tomar em 1.ª opção. Também apenas 102 escolheram em primeiro lugar a Escola Náutica Infante D. Henrique e não foram além dos 121 os estudantes que optaram, em primeiro lugar, pelo Politécnico de Beja. Ainda assim, é o Politécnico de Bragança que, olhando apenas para os resultados desta primeira fase, parece ter o maior desajustamento entre oferta e procura: 213 candidatos optaram por esta instituição, que abriu 1.825 vagas.

De resto, é este um dos institutos, juntamente com o de Castelo Branco, que aparece com mais frequência na listagem de 45 cursos que não preencheram uma única vaga nesta fase de candidaturas. Uma lista dominada por politécnicos, em que só dois cursos de engenharia civil são ministrados em ensino universitário (na Universidade de Trás-os-Montes e na Universidade da Beira Interior). No ano passado eram 48, há dois anos 70. Não esquecer que os cursos com menos de 10 alunos matriculados nos dois anos letivos anteriores, ficam impedidos de abrir vagas.

Estes casos são, no entanto, extremos, como se disse antes, e não impediram uma evolução favorável na procura pelos politécnicos, até porque há institutos muito procurados como o de Lisboa e do Porto. Considerando os institutos politécnicos e também as cinco escolas politécnicas não integradas e as escolas politécnicas integradas em universidades “temos que o número de candidatos em 1.ª opção para o ensino politécnico evolui favoravelmente”, confirmou ao Observador o Ministério da Ciência e do Ensino Superior, revelando que 14.188 alunos colocaram uma destas instituições politécnicas em primeira opção, mais 3% do que no ano passado. Em termos de colocações, aumentaram 3,9% face a 2015, para as 15.922. No ensino público universitário a evolução foi menos pronunciada (1,1%), para os 27.036 colocados.

Com estes indicadores facilmente se conclui que cada vez mais estudantes depositam a sua confiança nas nossas instituições, e que, por outro lado, a oferta está mais bem ajustada à procura”, destaca, em comunicado, Joaquim Mourato, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).

Médias a medicina baixaram

Vale a pena olhar para aquilo que mais conta na hora de aceder ao ensino superior: as notas de entrada. Analisando o conjunto das notas dos últimos candidatos a entrarem nos diversos cursos, a primeira conclusão que salta aos olhos é que Medicina, na Faculdade de Medicina, da Universidade do Porto, perdeu o primeiro lugar para Engenharia Aeroespacial, no Instituto Superior Técnico, na Universidade de Lisboa. E a última nota de entrada mais alta também baixou de 186,7 para 185,3 (numa escala de 0 a 200).

A disputar o primeiro lugar com Engenharia Aeroespacial surge Engenharia Física e Tecnológica, também no Técnico, que subiu da quinta posição.

Só na quarta posição surge um curso de Medicina, o da Faculdade de Medicina, da Universidade do Porto, com uma nota mínima de entrada de 184 valores, 2,7 valores abaixo da nota do ano passado (186,7). Aliás, as notas dos últimos candidatos nos cursos de medicina caíram todas, à exceção do curso na Universidade Nova de Lisboa que se manteve nos 179,2 valores. A explicar esta quebra poderão ter estado os piores resultados nos exames de 12.º ano de biologia e geologia, que servem de acesso a estes cursos.

Curioso é ver que os cursos com as médias mais altas ficaram todos ocupados já na primeira fase, e muitos deles com muitas vagas abertas, como o curso de Medicina na Faculdade de Medicina do Porto (245 vagas) ou em Coimbra (255 vagas). Já muitos dos 35 cursos com notas mínimas abaixo dos 10, mas sempre acima dos 9,5, — como, por exemplo, educação social na Escola Superior de Bragança ou engenharia eletrotécnica no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa — deixaram vagas livres.

Engenharias, ciências empresariais e saúde estão na moda

Em termos de áreas de estudos, a grande aposta dos alunos continua a ser a mesma dos últimos anos. Mais de 8.400 alunos colocaram como 1.ª opção um curso na área das engenharias e técnicas afins; quase 7.900 escolheram em primeiro lugar um curso de ciências empresariais e perto de 7.500 deram prioridade à saúde. Cursos da área das ciências sociais surgem em quarto lugar no topo das áreas favoritas (hipótese colocada em primeiro lugar por 5.040 alunos).

Essas são também as áreas em que as instituições e o Ministério do Ensino Superior têm apostado mais nos últimos anos. Concentram nelas mais de metade das vagas (53,8%), num total de 27.256. Já ficaram preenchidas 23.701: 7.148 colocados em engenharias; 6.474 colocados em ciências empresariais; 6.302 em cursos de saúde e 3.777 em ciências sociais.

Por outro lado, há áreas de estudo pouco atrativas para os estudantes. Serviços de segurança, proteção de ambiente, serviços de transporte e agricultura estão entre as áreas menos procuradas.

Apesar de serem pouco procurados, como também disponibilizam menos vagas, os cursos dos serviços de transporte já ficaram preenchidos e os cursos de serviço de segurança só deixam 39 vagas livres. De mais difícil acesso, em termos de quantidade de lugares vagos, ficaram ainda cursos das áreas de jornalismo (quatro vagas apenas), de matemática e estatística (22) e de direito (50).

635 cursos, duas universidades e três politécnicos já estão cheios. Sobram 8.022 vagas.

Para quem ficou a fazer melhoria de notas nos exames e para os 6.514 que não conseguiram colocação nesta 1.ª fase e vão ter de concorrer à segunda fase, importa dizer que as áreas com mais vagas disponíveis neste momento são as engenharias (1.960 vagas), as ciências empresariais (1.085) e arquitetura (772 vagas).

Feitas as contas, das 50.688 vagas abertas inicialmente pelas instituições (a que se somaram mais 292 para desempates) sobram 8.022, que transitam para as duas fases que se seguem, sendo que a 2ª fase do concurso arranca já esta segunda-feira, dia 12 de setembro, e prolonga-se até dia 23 deste mês.

Mas há opções que já ficam já riscadas por terem lotação esgotada: 635 cursos (59,9% do total) já encheram as salas, restando 425 espalhados pelas mais diferentes áreas e zonas do país.

Em termos de instituições também as hipóteses reduziram. No que toca ao ensino universitário, o ISCTE e a Universidade Nova de Lisboa, esta última uma novidade, ficaram já repletos.

E no que toca ao ensino politécnico, apesar de reunir o maior número de lugares disponível para as fases que se seguem, também há três escolas — as superiores de enfermagem — sem vagas. Mas muitos ficaram a meio gás, como pode ver no próximo quadro, pelo número de vagas que sobraram. Refira-se que, tanto o ministro, como o representante dos politécnicos, fizeram questão de reiterar que estes resultados são apenas uma das fatias do bolo e que no final de todas as colocações, os politécnicos ficam cheios.

Veja aqui se conseguiu entrar no curso que pretendia. Basta rolar na tabela ou utilizar o campo da pesquisa para descobrir mais rápido a última nota de entrada no curso que escolheu. Se é um dos alunos que se vai candidatar na segunda fase pode consultar aqui as vagas que sobraram e as notas de entrada.

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