Rio Somme, em França. 15 de setembro de 1916. Os Mark I britânicos avançavam sobre as linhas defensivas alemãs, estacionadas ao longo de 20 quilómetros no norte de França. Estava-se em plena I Guerra Mundial, e morreram ou ficaram feridas mais de um milhão de pessoas — foi uma das batalhas mais mortíferas de sempre. Mas a batalha do Somme ficou para a história porque, pela primeira vez, foram utilizados tanques de guerra. Foi há cem anos.
A utilização dos Mark I, ainda bastante rudimentares, representou uma reviravolta nas técnicas de guerra. Passou-se da estagnação das trincheiras — das quais era demasiado perigoso sair — para os ataques permanentes, com os militares protegidos no interior dos tanques. “Ninguém sabia o que eram. Só que eram nossos”, recorda um soldado inglês, citado pelo El País. Eram “grandes monstros de aço que se aproximavam lentamente, com dificuldade, a abanar, mas sempre a avançar”, lembram. Ao vê-lo, alguém gritou “Vem aí o diabo!”
Durante cem anos, centenas de modelos de tanques foram produzidos por todas as grandes potências mundiais, aumentando cada vez mais o poder destrutivo destes veículos. Foi na I Guerra Mundial que os tanques ganharam importância e se tornaram decisivos no desfecho dos combates. Conheça a história desta arma de guerra centenária, explorando a timeline interativa:
Em Portugal também foram usados, ao longo do último século, vários modelos de tanque de guerra. Veja nesta fotogaleria os modelos, mais ou menos discretos, usados pelo exército português: