A agência de rating S&P, que já tem um rating de lixo para a Caixa Geral de Depósitos (CGD), diz que a demissão de António Domingues não afeta, à partida, a sua opinião de que a recapitalização em curso será boa para o banco. Contudo, perante as notícias recentes, diz que vai “seguir de perto” este processo para certificar de que não existem “alterações estratégicas ou mudanças no plano de recapitalização”.

Contudo, avisa a agência, mesmo que não haja alterações ao plano, a S&P estará atenta a “quanto tempo ele demorará a materializar-se”.

Os comentários da agência são especialmente importantes porque o plano de recapitalização prevê a emissão de dívida subordinada nos mercados, no valor de mil milhões de euros.

A informação surge num comunicado difundido esta quarta-feira pelos investidores. A S&P tinha colocado o rating da CGD em vigilância de pendor positivo, ou seja, com maior possibilidade de sair de lixo se o plano de recapitalização fosse concluído com sucesso.

Depois da demissão de António Domingues e dos outros administradores, “a nossa perceção é que o plano continua em curso, e que o governo está a trabalhar para encontrar um substituto”. Para já, portanto, tudo na mesma. Mas a S&P quer ver resultados “em tempo oportuno”.

Na véspera, a agência canadiana DBRS — essa, sim, com rating acima de lixoameaçou cortar esse rating, o que poderia tornar a emissão de dívida no mercado ainda mais difícil.

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