O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, quer criar um imposto sobre a utilização da internet, mas a medida não foi bem recebida pela população. Este domingo, dezenas de milhares de húngaros reuniram-se em Budapeste para protestar contra o imposto que, dizem, vai restringir a liberdade no acesso à informação, segundo o The Atlantic.

O imposto é uma das medidas que o Governo húngaro incluiu na proposta para o Orçamento do Estado para 2015, e recai sobre as empresas de telecomunicações, que terão de pagar cerca de 61 cêntimos por gigabyte de dados. Com a medida, Viktor Orban prevê obter receitas na ordem dos 414 milhões de euros, montante que servirá para ajudar a Hungria a baixar o défice público para o limite imposto pela União Europeia: 3% do PIB.

Não é de agora que a popularidade de Viktor Orban está a cair. Em julho, o primeiro-ministro afirmou que queria criar um “Estado liberal”, tal como o de Singapura, China ou Rússia, afirmações a que a Comissão Europeia não “terá achado graça”, mas que não quis desafiar.

O imposto sobre a internet está agora no centro das atenções, depois de em junho o Governo ter introduzido um novo imposto progressivo sobre as receitas de publicidade, que tem como alvo a rede independente de televisão RTL Klub, que pertence ao conglomerado alemão Bertelsmann. A publicação refere ainda que o imposto sobre a utilização da internet também tem outra empresa estrangeira na mira, a Magyar Telekom, subsidiária da Deutsche Telekom.

 

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