O número de mortos causados pelo sismo de quinta-feira à noite no México subiu para 64, quando as autoridades dão por terminadas as operações de buscas.
O estado de Oaxaca foi onde houve mais mortos — 45 -, enquanto o estado fronteiriço de Chiapas registou 15 vítimas mortais, além de outras quatro em Tabasco. Em Chiapas, mil casas foram destruídas e cerca de cinco mil ficaram danificadas.
Durante toda a noite, e apesar das réplicas constantes, socorristas, militares e polícias reviraram as ruínas de Juchitan (sul), a comuna mais atingida pelo sismo, com magnitude de 8,2 na escala de Richter, o mais forte no México no último século.
“Já não há ninguém sob os escombros. A maioria [dos sobreviventes] foi socorrida quase imediatamente pelas famílias e vizinhos”, disse aos jornalistas o coordenador de uma equipa de socorro, Roberto Alonso.
Este tremor de terra, o mais forte do último século no país e que atingiu em particular o sul do México, fez ainda 200 feridos. O Presidente do México, Enrique Peña Nieto, declarou três dias de luto nacional pelas vítimas do sismo.
Segundo cálculos preliminares, cerca de 50 milhões de pessoas foram expostas ao sismo no México, cujo epicentro foi registado no sudeste do estado de Chiapas (sul).
Na vizinha Guatemala, o abalo afetou mais de 4.700 pessoas e causou quatro feridos, além de provocar danos em cerca de 200 habitações. Afetou também infraestruturas, como dezenas de escolas e uma ponte. No México, a passagem do furacão Irma causou ainda dois mortos.
Em setembro de 1985, um sismo de magnitude 8,1 devastou grande parte da capital, Cidade do México, e fez mais de dez mil mortos.