A 42.ª edição do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême, que tem início esta quinta-feira em França, será marcada por homenagens ao jornal francês Charlie Hebdo, alvo de um ataque terrorista no passado dia 7 de janeiro.

O festival contará com várias exposições, lançamentos editoriais e obras em competição, mas a direção decidiu dedicar parte da programação à liberdade de expressão e ao jornal satírico Charlie Hebdo, pela morte de dez pessoas, entre as quais cartoonistas e jornalistas da publicação.

O Angoulême irá atribuir, a título excecional, um “Grande Prémio” especial ao Charlie Hebdo “pelo conjunto da obra”. Foi também criado o “Prémio Charlie da liberdade de expressão”, para distinguir os autores que lutam “por preservar os valores fundamentais da liberdade de expressão”.

No festival estará patente uma exposição dedicada ao Charlie Hebdo e será lançado o livro La BD est Charlie, que conta com a participação de mais de 150 desenhadores de BD e cartoonistas, entre os quais Milo Manara, Lewis Trondheim, Zep, Robert Crumb, Guy Delisle e Frederik Peteers.

O festival de Angoulême, que conta anualmente com mais de 200 mil visitantes, terá este ano três grandes exposições: uma dedicada ao autor norte-americano Bill Watterson, criador da série Calvin & Hobbes, que recebeu o “Grande Prémio” em 2014, ao japonês Jirô Taniguchi e ao norte-americano Jack Kirby, falecido em 1994. Este ano os finalistas ao “Grande Prémio” do Angoulême são o autor japonês Katsuhiro Otomo, criador da série de BD Akira, o argumentista britânico Alain Moore e o autor belga Hermann.

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