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Nunca é cedo para começar a poupar

Este artigo tem mais de 5 anos

É urgente que os portugueses poupem para a reforma e que possam viver o futuro com tranquilidade. Neste artigo descortinamos formas inteligentes de o fazer.

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Getty Images/iStockphoto

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A esperança média de vida em Portugal atingirá, em 2040, os 84,5 anos, o que representa uma subida de quase quatro anos face a 2017, segundo um estudo da Universidade de Washington publicado pela revista “The Lancet”. Com o gradual envelhecimento da população, resultado deste aumento da esperança de vida e da baixa natalidade, o desequilíbrio do sistema público de pensões afigura-se como real. Até 2050 o número de idosos face aos cidadãos em idade ativa irá mais do que duplicar, indicam as previsões para Portugal do relatório “Pensions at a Glance 2017” da OCDE.

Com menos contribuidores e mais beneficiários o défice do sistema de segurança social vai crescer. Para que o sistema público de pensões nacional, que se baseia num sistema de repartição (os atuais trabalhadores estão a contribuir para as pensões dos atuais reformados), seja sustentável são necessários três trabalhadores ativos por cada reformado e, atualmente, existe em Portugal apenas um trabalhador e meio por pensionista.

Face a estes constrangimentos, é previsível que o valor médio das pensões de reforma pago pela Segurança Social continue a descer durante as próximas décadas e a idade de acesso vá aumentando. A projeção do valor da reforma face a um salário de 1.500 euros é de 1.018 euros por mês para uma pessoa que tenha hoje 55 anos, 906 euros para quem tem 40 anos e 843 euros para um jovem de 25 anos, indica o simulador da Segurança Social.

Prevê-se também que os gastos públicos com as pensões venham a subir para 15% do PIB em 2030. A OCDE sublinha que Portugal tem a segunda maior parcela de idosos a receber pensões mínimas em comparação com os outros países da organização. No ano de 2016, 38% das pessoas com mais de 65 anos recebiam pensões mínimas contributivas.

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Portugueses a trabalhar até cada vez mais tarde

O relatório da OCDE permite também chegar a outras conclusões: os jovens com 20 anos que iniciaram a vida ativa em 2016 terão que trabalhar até aos 68 anos, o que significa uma carreira contributiva de 48 anos, para se reformarem com a pensão completa.

Este é o quarto valor mais elevado entre os países da OCDE, ficando atrás dos 74 anos na Dinamarca, 71,2 anos em Itália e 71 anos na Holanda. A idade de acesso à reforma está indexada à evolução da esperança de vida e a idade “normal” para sair da vida ativa tem subido em Portugal cerca de um mês por ano. Neste contexto, em 2019 chegará aos 66 anos e cinco meses. “O aumento expectável da idade da reforma será superado pelo avanço da longevidade, o que significa que o tempo que as pessoas passam na reforma aumentará em relação à duração da sua vida profissional”, alerta a OCDE.

Sem prever esta realidade, muitos jovens esquecem-se de salvaguardar o futuro e os reformados não pouparam o suficiente para financiar os anos extra da esperança média de vida e acabam por sair cada vez mais tarde da vida ativa. Todas estas mudanças têm consequências na estruturação da sociedade e reflexos no mercado de trabalho, bem como na vida financeira dos cidadãos.

O que é...

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  • O que é o IMGA Poupança PPR?
    É um fundo pensado para investidores com pouca tolerância ao risco (liquidez, segurança e estabilidade patrimonial). O objetivo é a canalização das poupanças numa perspetiva de longo prazo para fazer face a despesas de educação ou como complemento de reforma, com o período mínimo de 5 anos, usufruindo de uma atrativa poupança fiscal.
  • O que é o IMGA Investimento PPR?
    É um fundo que se destina a investidores com tolerância para suportar eventuais desvalorizações de capital no curto prazo. O objetivo é a canalização das poupanças numa perspetiva de longo prazo, como complemento de reforma, com um período mínimo de 5 anos, usufruindo de uma atrativa poupança fiscal.

Com as gerações na vida ativa até mais tarde, de forma a suprimir a diferença financeira de rendimento e gerar suplemento financeiro, os jovens têm mais dificuldade de acesso ao mercado de trabalho. O desemprego jovem em Portugal, dos 15 aos 24 anos, fixa-se atualmente acima dos 20%. Sem conseguirem a independência financeira e ficando em casa dos pais até mais tarde, vão adiando o início do processo de poupança. Cria-se um ciclo vicioso de que é difícil sair, a não ser que se comece a tomar medidas desde já.

Como compensar o desequilíbrio do sistema público de pensões?

O ideal para quem está a começar a vida profissional é aderir a um sistema de capitalização (3º pilar) em que cada indivíduo contribuinte acumula para si mesmo, pelo que neste caso as poupanças\contribuições dependem exclusivamente da capacidade de poupança individual ao longo da vida ativa, da evolução financeira e temporal das mesmas. Neste caso existem diferentes soluções no mercado (por exemplo, fundos de investimento ou seguros PPR, ou fundo de pensões individuais) em que as contribuições de cada pessoa possam ser transformadas em prestações futuras como complemento de reforma.
Neste sistema as contribuições são geralmente voluntárias, a cargo do trabalhador ou do empregador, e podem ser periódicas ou pontuais. O acesso às prestações está normalmente condicionado à situação de reforma, mas é possível dispor antecipadamente destas poupanças em determinadas condições legais.

Com estas soluções as pessoas podem rentabilizar o dinheiro o mais cedo possível, para usufruir do efeito da capitalização ou valorização dos mercados, tendo em vista uma meta que é sempre a idade da reforma. A poupança e investimento em produtos complementares de reforma para não perder qualidade de vida quando se deixa a vida ativa é uma forma de viver tranquilo no presente e no futuro.

Os PPR (3º pilar) são uma alternativa adequada para assegurar os níveis de reformada desejados. Para além de beneficiarem de uma fiscalidade mais vantajosa do que outros produtos financeiros, têm flexibilidade para entregas programadas a partir de 25 euros por mês como é o caso do IMGA Poupança PPR e IMGA Investimento PPR (ver caixa).

O esforço de poupança necessário para constituir um complemento de reforma que corresponda a, pelo menos, 80% do último salário torna-se mais sustentável se tiver início nas gerações mais novas que dispõem de mais tempo.

Se começar a poupar para a reforma aos 25 anos tem um horizonte de 41 anos pela frente e conseguirá amealhar uma quantia bem mais elevada quando chegar à idade da reforma do que se decidir pensar no seu futuro como reformado aos 40 anos. No primeiro caso, poderá fazê-lo com um esforço mais repartido pelo tempo, ou seja, com quantias mais baixas. É sempre positivo poupar e quanto mais cedo melhor. Afinal o tempo é o melhor ativo de que dispomos e o nosso maior aliado.

(*) 2º Pilar da segurança social é normalmente consubstanciado pela constituição de fundos de Pensões de regime de capitalização com carácter obrigatório, promovidos pelas empresas empregadoras (públicas ou privadas).

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