Os Kraftwerk, para muitos conhecidos como os pais da eletrónica, vão apresentar no Coliseu de Lisboa, a 19 de abril, e no dia seguinte na Casa da Música, no Porto, um espetáculo 3D onde a música e a arte visual se fundem num só. Os bilhetes, entre os 35 e os 42 euros, começam a ser vendidos esta terça-feira, a partir das 15h00, nos locais habituais, anunciou a Everything is New, promotora do evento.

O quarteto alemão foi fundado nos anos 70 por Ralf Hutter e Florian Schneider na cidade alemã de Dusseldorf, cuja cena de arte experimental estava ao rubro no final dos anos 60. O sucesso dos Kraftwerk foi aumentando graças ao uso pioneiro dos computadores na produção das músicas, e a sua influência ainda hoje é reconhecida por músicos dos mais variados géneros, da eletrónica ao hip-hop. Em 2014, os dois fundadores foram galardoados com o Grammy Lifetime Achievement Award.

Nos anos 90, o luso-alemão Fernando Abrantes fez parte do grupo, em substituição de Karl Bartos. Da formação original já só sobra Ralf Hütter, que ao lado de Fritz Hilpert, Henning Schmitz e Falk Grieffenhagen apresentou uma primeira retrospetiva em 2012 no MoMa, Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Seguiram-se apresentações de “The Catalogue – 1 2 3 4 5 6 7 8 9” em museus tão prestigiados como o Kunstsammlung Nordrhein-westfalen de Dusseldorf ou o Tate Modern’s Turbine Hall de Londres. A corrida aos bilhetes foi grande. Todos queriam ver a arte produzida pelos Kraftwerk.

Desde o início que os Kraftwerk consideram que os concertos devem ser eventos audiovisuais completos, conseguindo alargar a sua influência para além do campo musical e estendendo-a à arte visual contemporânea, como uma expressão de um mundo dominado por máquinas e computadores. Na descrição do que vai acontecer em Portugal, a Everything is New promete “arrojados espetáculos 3D”.

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