Algumas horas depois de Francisco Guerreiro ter enviado um e-mail a dar conta ao partido que iria continuar o mandato de eurodeputado, mas fora do PAN e na condição de independente, também a sua mulher, Sandra Marques, anuncia — no Facebook— que se desvinculou do partido, renunciando ao mandato de deputada municipal em Cascais e aos lugares na Mesa da Comissão Política Nacional do partido e na Comissão Política Nacional bem como ao de membro na distrital de Lisboa.

Na origem da decisão, segundo Sandra Marques, estiveram “divergências políticas” e o desagrado com aquilo que diz ser “uma centralização do debate e da ação política dentro do PAN”. Sandra Marques diz que o PAN tem “falta de vontade em descentralizar e incluir ideias fora do ‘núcleo duro'”, embora se tenha escusado a partilhar nomes na publicação feita nas redes sociais. Sandra Marques aponta ainda “ausência de debate político”, nomeadamente nas matérias que dizem respeito ao crescimento do PAN em Portugal e no estrangeiro, notando a falta de filiais do partido “no interior do país”.

https://www.facebook.com/sandra.marques.129/posts/2592769664157163

Num comunicado enviado ao “Portal Cascais”, Sandra Marques falou ainda na “falta de estratégia municipal e da comunicação extremada” que o partido tem assumido (algo para que Francisco Guerreiro também apontou, a maior agressividade no discurso do PAN). Sandra Marques fala da “crescente centralização da ação política do partido” que, diz, “vai contra um dos princípios base do PAN que se ancora na descentralização e no debate plural de ideias”.

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Eurodeputado Francisco Guerreiro sai do PAN por “divergências políticas” com direção

A ex-deputada municipal critica ainda a “falta de estratégia autárquica” que acusa de se resumir “a uma secretaria de apoio nacional” e a “falta de orientação política nacional” que, diz, é demonstrada “pela crescente agressividade comunicacional do PAN”.