As 34 buscas desencadeadas ontem pelo Ministério Público a vários organismos do Estado, incluindo ao Ministério das Finanças e ao dos Negócios Estrangeiros, podem ter tido origem em três escutas telefónicas que envolveram o ex-ministro da Administração Interna, diz esta manhã o DN.

Em causa, segundo o mesmo jornal, poderão estar suspeitas de que Miguel Macedo tenha favorecido em sede de IVA a empresa ILS (Inteligent Life Solutions), detida por um antigo quadro do INEM e gerida por Lallanda de Castro, atual arguido no caso Sócrates. E terá a ver com um contrato assinado entre esta empresa e o Ministério da Saúde da Líbia, para transporte de feridos de guerra naquele país que foram tratados em Portugal.

A empresa diz ter sido pedido um parecer à Autoridade Tributária sobre o IVA a pagar – embora o Ministério das Finanças nada tenha acrescentado sobre o assunto.

Também esta quinta-feira, o Correio da Manhã diz que foi Paulo Núncio, atual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, a assinar o despacho que isentou de IVA a ILS. O jornal diz que as escutas do processo dos vistos Gold identificaram um responsável da empresa a meter uma ‘cunha’ a um funcionário do gabinete de Núncio.

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