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"Antes ouviu-se pior de outro sítio. Mas faço mea culpa". Amorim assume erro mas critica "dualidade de critérios"

Este artigo tem mais de 4 anos

Amorim foi expulso, saiu do relvado a falar em "vergonha" mas fez "mea culpa" no final. Palhinha garante que Sporting pode surpreender, Ferro diz que surpresa é só para quem não está no grupo.

O técnico leonino foi expulso no final da primeira parte, na sequência do lance entre Zaidu e Pedro Gonçalves
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O técnico leonino foi expulso no final da primeira parte, na sequência do lance entre Zaidu e Pedro Gonçalves

NurPhoto via Getty Images

O técnico leonino foi expulso no final da primeira parte, na sequência do lance entre Zaidu e Pedro Gonçalves

NurPhoto via Getty Images

“Isto é uma vergonha, vocês são uma vergonha”. Enquanto caminhava para a zona exterior ao relvado, logo depois de ver o cartão vermelho na mão de Luís Godinho e de perceber que tinha sido expulso, Rúben Amorim exclamou a frase anterior para a atmosfera, ainda que os destinatários estivessem subentendidos.

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O treinador leonino subiu para a bancada, perto da zona da imprensa, e foi ali que viu toda a segunda parte do primeiro Clássico da época — e onde orquestrou as entradas de Vietto, Tiago Tomás, Plata, João Mário e Sporar, onde pensou a alteração tática que levou Nuno Mendes para o trio defensivo e onde assistiu ao golo que acabou por valer o empate aos leões. Certo é que, e apesar de não ter conseguido vencer, Amorim mantém-se invicto no Campeonato esta temporada, tem os mesmos pontos que o FC Porto com menos um jogo e existe cada vez mais a ideia, dentro do grupo, de que esta época do Sporting pode acabar por surpreender.

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Emanuel Ferro, em representação de Amorim na flash interview, foi a confirmação disso mesmo. “Alguns podiam não acreditar, mas nós e os jogadores acreditamos sempre, foram atrás do que queríamos que era ganhar. Perdemos dois pontos porque quem mostra esta ambição só pode assumir que perdeu dois pontos. Fica a exibição de grande vontade”, disse o adjunto leonino, que comentou depois a afirmação de João Palhinha no final do jogo, que garantiu precisamente que o Sporting pode surpreender esta época. “A surpresa pode ser para quem está de fora e não com a equipa todos os dias. Temos de fazer o nosso trabalho, é uma equipa para crescer, tem-no feito todos os dias. Agora, não basta isso. Temos de perceber o que melhorar e chegar a cada jogo com ambição desmedida para ganhar”, atirou Ferro.

“Houve contingências que obrigaram a fazer substituições, jogadores adaptaram-se, estão identificados. Alguns jogadores a jogar o primeiro Clássico, há pouco tempo, mas todos com a mesma vontade e ligados. Fica um ponto, mas sentimos mais que perdemos dois (…) Faltam detalhes, sabemos que é preciso tempo, mas enquanto formos jogando com esta ambição as coisas vão acontecendo naturalmente”, terminou o adjunto de Rúben Amorim.

Já na sala de imprensa, o treinador criticou a “dualidade de critérios” da arbitragem. “Faço mea culpa, pois não devia ter dito o que disse. Mas oiço aquilo todas as semanas e momentos antes ouviu-se pior de outro sítio. Mas os treinadores não podem dizer estas coisas. Aceito qualquer punição e castigo, já estou habituado… O que me revoltou foi a dualidade. Mas estamos sempre a aprender e crescer”, explicou o técnico leonino.

“Tirando alguns minutos da segunda parte, o Sporting foi a melhor equipa. Fizemos um bom jogo, tivemos oportunidade para marcar cara do guarda-redes, não soubemos perceber onde estava o espaço, mas faz parte do crescimento. Se tivéssemos perdido, diria a mesma coisa. Temos que ser leões para semana. Ao empatar com o FC Porto, perdemos dois pontos”, acrescentou Amorim, que sublinhou que “a arbitragem teve influência no resultado”. “Temos tido azar com o VAR. No ano passado, em Moreira de Cónegos, um jogador nosso foi agarrado e não houve nada. Hoje igual. A arbitragem teve influência no marcador, mas não no decorrer do jogo. Esse foi sempre nosso. Os jogadores estão de parabéns”, concluiu.

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