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Os Díaz de Luis são sempre bons mas melhoram com Vitinha (a crónica do FC Porto-V. Guimarães)

Este artigo tem mais de 2 anos

V. Guimarães teve uma boa entrada, marcou mas foi a seguir ofuscado pela luz do artista colombiano que empatou e lançou depois o lance da reviravolta do FC Porto com um meio-campo à sua medida (2-1).

Luis Díaz teve o grande momento da noite no golo do empate, menos de dois minutos depois do 1-0 por Marcus Edwards
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Luis Díaz teve o grande momento da noite no golo do empate, menos de dois minutos depois do 1-0 por Marcus Edwards

Octavio Passos

Luis Díaz teve o grande momento da noite no golo do empate, menos de dois minutos depois do 1-0 por Marcus Edwards

Octavio Passos

Pode uma derrota ter alguma coisa de bom? Não. Muito menos para o FC Porto de Sérgio Conceição, que coloca a vitória acima de tudo seja em que competição e em que contexto for. No entanto, até o desaire em Liverpool trouxe os seus aspetos positivos, da forma como a equipa deixou uma imagem diametralmente oposta à que tinha ficado no Dragão à maneira como conseguiu em muitos momentos a dinâmica coletiva de um conjunto entre os melhores da Europa na atualidade. Até aqui tudo certo, com esse bónus de deixar a equipa a depender de si na última jornada da Champions. Ainda assim, sobravam dois “problemas”.

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Problema 1: a falta de eficácia que se voltou a sentir em Anfield e que hipotecou outro resultado no último jogo. “São situações, preocupava-me se equipa que não criasse as situações. A cereja no topo de bolo seria sermos mais eficazes. Temos muitas ocasiões de golo na fase de grupos. Se criamos quatro ou cinco na Champions, no resto das provas criámos o dobro. É, por isso, que sofremos mais golos também. Deixa-me satisfeito o nível ofensivo da equipa. Tem a ver com nuances colocadas em cada jogo. Temos conseguido não ser iguais ao que fomos num passado recente. Estrategicamente, dependendo do jogo, não vou entrar em pormenor sobre o individual”, explicara Sérgio Conceição na antevisão da partida.

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Problema 2: a escassez de opções para o centro da defesa, com as lesões de Marcano (mais grave) e Pepe. “Temos de ser inteligentes e criativos numa posição da equipa onde não se pode inventar muito, na minha opinião. Há jogadores que podem disfarçar a ausência de centrais não sendo a sua posição de raiz mas não é o ideal. Temos dois jogadores lesionados, dois centrais disponíveis e temos de pensar e trabalhar outras situações, para que, se surgir algum imprevisto dentro dessa posição, estarmos preparados para corresponder”, adiantara também o treinador dos azuis e brancos, ciente da batalha que teria pela frente.

“Focamo-nos essencialmente na nossa equipa, no trabalho que temos de desempenhar no jogo. Olhamos para o adversário e a sua valia, o Vitória é um clube histórico no nosso país, tem sempre associado à equipa uma paixão incrível da parte dos adeptos. É sempre uma equipa muito difícil de defrontar, que tem boas individualidades, bons treinadores… É uma equipa competitiva, no fundo. Uns anos mais e outros menos, mas uma equipa competitiva e que exige aos adversários fazer bons jogos para ganhar”, vaticinara, sem deixar com isso de colocar o foco para dentro e para as tais nuances que poderia introduzir no onze e nas dinâmicas de jogo para superar um crónico adversário complicado de superar mas com lacunas.

As dificuldades confirmaram-se e, apesar das declarações de Pepa na véspera dizendo que a equipa se tinha de preocupar com todos e não apenas com Luis Díaz, foi o colombiano que fez pender a balança para o lado portista nos momentos chave da partida, nomeadamente quando fez o empate logo após o golo minhoto e quando começou a jogada de 2-1 pouco depois da expulsão de Mumin. Ainda assim, naquilo que começa a ser um filme habitual esta temporada, a entrada de Vitinha ao intervalo acabou também por melhorar não só o rendimento coletivo como das principais referências da equipa, como é o número 7 sul-americano.

Ficha de jogo

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FC Porto-V. Guimarães, 2-1

12.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: Luís Godinho (AF Évora)

FC Porto: Diogo Costa; João Mário (Wilson Manafá, 76′), Fábio Cardoso, Mbemba, Zaidu (Wendell, 68′); Uribe, Sérgio Oliveira (Vitinha, 46′); Otávio (Corona, 76′), Luis Díaz; Taremi (Fábio Vieira, 90′) e Evanilson

Suplentes não utilizados: Marchesín, Grujic, Pepê e Toni Martinez

Treinador: Sérgio Conceição

V. Guimarães: Bruno Varela, João Ferreira (Sacko, 76′), Amaro, Mumin, Rafa Soares; Tomás Handel (Alfa Semedo, 65′), Janvier (Quaresma, 65′), André Almeida; Marcus Edwards, Rochinha (Rúben Lameiras, 76′) e Bruno Duarte (Jorge Fernandes, 58′)

Suplentes não utilizados: Trmal, Gui, Sílvio e Hélder Sá

Treinador: Pepa

Golos: Marcus Edwards (36′, g.p.), Luis Díaz (38′) e Evanilson (59′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Amaro (11′), Tomás Hander (41′), Mumin (45+3′ e 53′), Sérgio Oliveira (45+4′), Sacho (80′), Wendell (80′) e Alfa Semedo (85′); cartão vermelho por acumulação a Mumin (53′)

O FC Porto teve o condão de gerar o pânico na defesa vimaranense logo a abrir, o que levou Bruno Varela a pedir calma aos seus companheiros recordando o peso que os erros individuais e coletivos do setor recuado tiveram nos jogos iniciais da época com “grandes”, mas a reação não demorou a chegar e Bruno Duarte, sozinho na área, desviou por cima aquela que foi a primeira grande oportunidade do encontro. Os azuis e brancos tinham assumido o comando das operações mas os visitantes mostravam qualidade para saírem em ataques rápidos sempre que os azuis e brancos tinham alguma falha nas transições defensivas.

[Clique nas imagens para ver os melhores momentos do FC Porto-V. Guimarães em vídeo]

Fábio Cardoso, chamado à titularidade por lesão de Pepe depois das duas entradas no decorrer da metade inicial contra o Liverpool (que dificilmente poderiam ser mais complicadas pelo contexto), fazia uma dupla segura com Mbemba mas era pelos corredores laterais que iam surgindo os problemas: logo na resposta a uma chance flagrante para os portistas por Luis Díaz, que aproveitou uma saída mal calculada de Bruno Varela para fazer o chapéu que passou perto do poste (17′), André Almeida conseguiu sair bem de uma zona de pressão, virou para o corredor esquerdo e Rochinha, de fora para dentro, obrigou Diogo Costa a grande defesa para canto (18′). Ato contínuo, Bruno Duarte foi lançado por João Ferreira descaído pela direita mas atirou sem ângulo por cima e Sérgio Oliveira fez a bola rasar a trave num livre direto.

O golo até poderia não aparecer até ao intervalo mas pressentia-se que andava ali ao virar da esquina com o passar dos minutos e foi aqui que entrou também o erro contrário para benefício próprio: Zaidu teve uma entrada atrasada sobre Marcus Edwards, derrubou o inglês na área e permitiu que o esquerdino fizesse o primeiro golo do encontro (36′); logo de seguida, na sequência de uma falta a meio-campo que apanhou a equipa minhota parada sem reação, a bola chegou ao lado esquerdo para Luis Díaz fintar para dentro João Ferreira, ganhar ângulo e rematar para um momento fantástico de futebol que fez o empate (38′). Quando tinha conseguido o mais difícil, o V. Guimarães falhou no mais fácil; quando tinha falhado o mais fácil, o FC Porto marcou o mais difícil. E o intervalo chegou com empate e um grande jogo à mistura.

A atacar para a baliza onde costuma estar apenas na segunda parte, os dragões estiveram ainda perto da reviravolta em duas ocasiões quando Mumin encostou para a própria baliza um remate de Taremi que viria a ser anulado por um fora de jogo de nove centímetros do iraniano quando recebeu o passe de Luis Díaz e quando Bruno Varela evitou com uma defesa espectacular um cabeceamento de Evanilson após livre lateral de Sérgio Oliveira, contando com um corte acrobático de Mumin em cima da linha. O FC Porto acabava melhor mas o resultado era curto, lançando ao intervalo Vitinha para o lugar do amarelado Sérgio Oliveira para encontrar alguém a dar linha de passe no meio-campo e com outra capacidade de construção.

A entrada foi forte, com Evanilson a rematar ao lado após duas fintas na área e Luis Díaz a atirar rasteiro para defesa de Bruno Varela. No entanto, a dinâmica ofensiva dos azuis e brancos tinha até aumentado no segundo tempo, com outra mobilidade a conseguir desposicionar a defesa dos minhotos e a provocar o segundo amarelo a Mumin, numa entrada sobre Taremi que só não trouxe males maiores porque Bruno Varela travou o livre direto de Vitinha (54′). O V. Guimarães até poderia ter entrado com uma disposição diferente a nível de posse e circulação de bola mas a desvantagem numérica condicionou e muito a equipa, que sofreu mesmo o golo da reviravolta num grande lance ofensivo dos dragões que começou em Uribe, passou por Luis Díaz e teve assistência de Otávio para o toque final de Evanilson (59′).

Pepa ainda tentou lançar depois Alfa Semedo e Quaresma (aplaudido de pé no regresso ao Dragão) para os lugares de Tomás Handel e Janvier, recuando um pouco Rochinha no terreno, mas foi o FC Porto que, com Vitinha a dominar a zona de construção, conseguiu construir oportunidades para dilatar o marcador como o lance em que Luis Díaz voltou a assistir para o centro, Taremi tirou a bola a Zaidu mas o remate acabou por ser defendido por Bruno Varela (68′). A parte final da partida ficou sobretudo marcada pelos muitos cartões amarelos, confusões desnecessárias e mais duas bolas com Corona e Wilson Manafá isolados na área a permitirem a defesa a Varela mas o resultado estava feito e mantinha os dragões ainda no primeiro lugar do Campeonato com os mesmos pontos do Sporting e antes do dérbi na Luz.

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