Foi um gesto quase por instinto de Pedro Porro, foi um gesto evitável na ótica do técnico Rúben Amorim – na medida em que o Sporting ficou reduzido a dez e sofreu na mesma o 2-0 que praticamente sentenciou o clássico. Apesar de estar apenas na terceira época em Portugal (agora como jogador dos leões, nas duas primeiras emprestado pelo Manchester City), o lateral espanhol tornou-se um dos jogadores com mais do que uma expulsão em clássicos, numa lista que tem Rodolfo Reis como “líder” (três) seguido de outros nomes dos dois conjuntos como Frasco, Jaime Magalhães, Fernando, Peixe, Caneira ou Anderson Polga.

Afinal, foi o Diogo que os deixou feitos num 8 (a crónica do FC Porto-Sporting)

No plano individual, e por mais razões além da expulsão, o internacional foi um dos pontos negativos do clássico no Dragão, que terminou com a vitória por 3-0 do FC Porto – o maior triunfo dos azuis e brancos desde 2015, aumentando a série de 12 encontros consecutivos sem vitórias dos leões no Campeonato. No entanto, e no plano coletivo, o cenário não é melhor apesar de estarmos apenas na terceira jornada.

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É preciso recuar à temporada de 2012/13 (a pior de sempre, num ano que levou de novo o clube para eleições antecipadas até a um sétimo lugar no final) para se encontrar um arranque com tão poucos pontos, apenas quatro, com um empate em Braga, uma vitória com o Rio Ave e uma derrota com o FC Porto. Em paralelo, o Sporting quebrou uma série de 24 encontros consecutivos sempre a marcar fora para a Primeira Liga, numa série que teve início depois do (importante) nulo frente aos dragões na época de 2020/21.

Ao mesmo tempo, e depois de dois anos em que foi a defesa menos batida ou lutou por esse objetivo até às últimas rondas da prova, o Sporting leva já seis golos sofridos apenas em três jornadas, naquele que é o pior registo desde a época de 2003/04 quando Fernando Santos era treinador e os leões tiveram também uma deslocação ao reduto dos azuis e brancos logo na terceira ronda do Campeonato.

“Eles marcaram as oportunidades que tiveram, creio que a diferença esteve nos pequenos detalhes. Se tivéssemos conseguido empatar ainda podíamos ter pensado no 2-1 e podia ter sido diferente. A diferença foi essa, eles aproveitaram as oportunidades. Erros da defesa? Quando estávamos a defender bem era toda a equipa e isso continua assim. Somos um grande grupo que não funcionou neste jogo e temos de mudar, obviamente”, comentou o capitão Coates na zona de entrevistas rápidas da SportTV.

“Influência da saída do Matheus Nunes? Não se pode pensar em quem foi embora. Temos um grupo humilde e agora é preciso pensar em dar a volta. O FC Porto agora tem uma vantagem de cinco pontos, mas falta muito Campeonato”, acrescentou ainda o central uruguaio na flash interview.