A deputada do PS, Maria de Belém Roseira, considera “muito interessante” a recente sondagem que lhe deu 25% de preferências à esquerda como candidata presidencial. “Acho que é uma sondagem interessante uma vez que eu não me afirmei como candidata. O resultado é interessante. Mas isso não altera a minha resposta de que agora é o tempo das legislativas e haverá um momento para as presidenciais”, disse no programa “Falar Claro”, na Rádio Renascença, sobre a sondagem da SIC/Expresso, que dá ao já candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa 33,3%.

“Não posso esconder que tem havido muitas pessoas que, cruzando-se comigo ou enviando e-mails, colocam essa questão [candidatura presidencial]. E agora alguém entendeu colocar o meu nome nas sondagens, tendo aparecido essa percentagem tão elevada”, contou, explicando que tipo de incentivo mais preza. “É muito mais interessante aquilo que as pessoas que não conheço de lado nenhum, e que vêm ter comigo, me dizem. Diria que [estas opiniões] não são contaminadas”, explicou.

Sobre a concretização dessa candidatura presidencial, a deputada e ex-ministra da Saúde disse apenas que “há tempo para ponderar e tempo para decidir”.

Esta quarta-feira, o candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa apresenta a sua comissão de honra, de que fazem parte os três ex-Presidentes da República, que já lhe deram apoio público (Soares, Sampaio e Eanes) e, segundo o DN, vários socialistas como os ex-ministros Augusto Santos Silva, Correia de Campos, Elisa Ferreira, o líder da UGT, Carlos Silva, ou o líder da JS, João Torres.

Numa altura em que a candidatura de Maria de Belém Roseira ameaça dividir o PS, Sampaio da Nóvoa aproveita para sedimentar apoios entre os socialistas.

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