Lisboa está na corrida para acolher a edição de 2016 de um dos eventos mais importantes de empreendedorismo, inovação e tecnologia da Europa – a Web Summit -, que decorre em Dublin, na Irlanda, desde 2010. A organização esteve em Portugal em agosto reunido com o vice-primeiro-ministro, mas o veredicto só sai em outubro. Até lá, há quem esteja determinado em convencer os organizadores que Lisboa é a cidade ideal para receber o evento.

O movimento “Let’s bring the Web Summit 2016 to Lisbon” (Vamos trazer a Web Summit 2016 para Lisboa) está lançado e em cerca de 3 horas, o grupo do Facebook atingiu mais de 400 pessoas. Na organização, está a Ship, publicação digital lançada em fevereiro para difundir conteúdos sobre o ecossistema de empreendedorismo português no mundo.

A hashtag está lançada – #LXwebsummit16 – e qualquer pessoa pode fazer parte deste movimento através das redes sociais, Facebook ou Twitter.

“Estamos a organizar o movimento, mas queremos que seja de toda a comunidade de tecnologia e de startups. Queremos provar que é suficientemente grande para receber um evento como o Web Summit”, explicou ao Observador Maria Almeida, uma das fundadoras do Ship.

A iniciativa começou com um texto que descreve as sete razões que fazem de Lisboa a cidade ideal para receber o evento, como o o facto de a portuguesa Codacy, liderada por Jaime Jorge, ter vencido a Web Summit 2014, em Dublin. Na altura, Jaime Jorge disse ao Observador que ” a Web Summit é quase como se fosse os óscares das startups na Europa”.

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“Fizemos um artigo como ponto de partida, mas a ideia é as pessoas acrescentarem razões. No grupo do Facebook, já há pessoas a comentar onde é que o evento pode ser, por exemplo”, acrescenta Maria Almeida.

Para a edição de 2015, ainda em Dublin, a organização fala em receber 30 mil participantes e 800 oradores, como Sean Rad,  fundador da aplicação Tinder, Ed Catmull, presidente dos estúdios de animação Pixar e Mike Schroepfer, diretor de tecnologia do Facebook.

O secretário de Estado da Economia, Leonardo Mathias, está a conduzir o processo de candidatura de Lisboa e disse ao Público que a avaliação das propostas inclui o número de camas em hotéis de cada cidade, os voos disponíveis e as “ligações das cidades a empresários, startups e empreendedores”. O evento tem a duração de três dias e oito palcos.

“Nós estamos a enviar as propostas à organização do Web Summit, mas a ideia é que isto chegue organicamente, porque a comunidade de startups em Lisboa é muito forte. Temos estado a falar com todos os players”, explica Maria Almeida.

Apesar da concorrência de cidades como Amesterdão, Maria Almeida acha que “há uma grande possibilidade” de o evento acontecer em Lisboa. “Eles gostam de marcar as tendências e Lisboa vai sendo conhecida, mas ainda não é [o ecossistema] mais conhecido”, afirmou.