Seis autores nacionais foram distinguidos com os Prémios P.E.N. Clube Português, entre eles, Mário de Carvalho e Paulo Varela Gomes, anunciou esta terça-feira a instituição.
Mário de Carvalho venceu o Prémio (Poetas, Ensaístas, Novelistas)/Ensaio pela obra Quem disser o contrário é porque tem razão, publicada em novembro do ano passado pela Porto Editora. Um guia sobre a escrita de ficção, escrito por um dos maiores ficcionistas portugueses.
O júri desta categoria foi constituído por Ricardo Gil Soeiro, José Pedro Serra e Paula Cristina Costa. É a segunda vez que Mário de Carvalho é distinguido, depois de em 2013 ter recebido o Prémio P.E.N./Narrativa pelo romance Fantasia para dois coronéis e uma piscina.
O júri do Prémio P.E.N./Narrativa, formado por Rita Taborda Duarte, Paula Morão e Francisco Belard, escolheu o romance Hotel, de Paulo Varela Gomes. Editado pela Tinta da China, o romance decorre praticamente todo no interior de uma grande casa, que o seu proprietário, Joaquim Heliodoro, adquiriu e converteu em hotel depois de ter ganho o Euromilhõs, contou António Araújo, que apresentou a obra, e que sobre ela faz uma recensão no seu blogue.
Na categoria Poesia foram distinguidos ‘ex-aequo’ Isabel Mendes Ferreira, pela obra O tempo é renda, de Luís Quintais, por O vidro. Luís Quintais já tinha recebido o mesmo prémio há 10 anos, por Duelo. Nesta categoria o júri foi formado por Victor Oliveira Mateus, Casimiro de Brito e Paula Mendes Coelho.
Membros de três júris escolheram a Primeira Obra, tendo sido distinguidos em ‘ex-aequo’ Gabriela Ruivo Trindade pela obra Uma outra voz, em Narrativa, e Susana João Carvalho por António Lobo Antunes: A desordem natural do olhar, em Ensaio.
O P.E.N. Clube foi constituído legalmente em Portugal em 1979, fazendo parte do P.E.N Club Internacional, a maior e a mais antiga organização de escritores do mundo, que foi criada em 1921, por escritores ingleses e o seu primeiro presidente foi John Galsworthy, Prémio Nobel em 1932.
A nomeação anual do candidato português ao Prémio Nobel na área da Literatura é feita pelo P.E.N. Clube Português, em escrutínio secreto, por votação de todos os seus sócios.
No ano passado, os vencedores do Prémio P.E.N. Clube 2014, nas diferentes categorias, foram Gastão Cruz, com a obra Fogo, ex-aequo com Golgona Anghel, pelo livro Como uma flor de plástico na montra de um talho, ambos publicados na (Assírio & Alvim), Diogo Ramada Curto venceu na categoria de Ensaio com a obra Para que serve a História, publicada pela Tinta da China, e em Narrativa venceram ex-aequo Ana Luísa Amaral, com Ara, título editado pela Sextante, e Bruno Vieira Amaral, com a obra de estreia As primeiras coisas, com a chancela da Quetzal, que no ano passado venceu também o Prémio Fernando Namora.
A data de entrega dos prémios “ainda está a ser estudada”, disse à Lusa fonte do P.E.N. Clube. Cada categoria tem o valor pecuniário de cinco mil euros, enquanto a referente à de Primeira Obra, é de 2.500 euros
Esta terça-feira foi também anunciado o Prémio Leya 2015. O vencedor foi António Tavares, pelo romance O Coro dos Defuntos. Nos prémios internacionais, à noite vai ser conhecido o vencedor do Man Booker Prize.
No dia 20 de outubro vai ser anunciado o vencedor do Prémio José Saramago, que distingue autores com menos de 35 anos.
