A Twitter anunciou a intenção de dispensar 336 funcionários, o que representa cerca de 8% da sua força de trabalho. A reestruturação da empresa que gere a rede social é uma das primeiras medidas do presidente executivo Jack Dorsey, que foi confirmado no cargo na semana passada.

O regresso do gestor que foi um dos fundadores do Twitter vem com o difícil de encargo de dar a volta à estratégia da empresa que tem vindo a marcar passo face aos seus principais rivais no mundo das redes sociais.

A redução de trabalhadores irá centrar-se nas funções de produto e engenharia da empresa que emprega 4100 funcionários a nível global.

“Temos a convição de que a engenharia se vai mexer muito mais depressa com uma equipa mais pequena e ágil, ainda que mantenha a maior percentagem da nossa força de trabalho”, argumentou Jack Dorsey numa mensagem aos trabalhadores. O resto da organização deverá ser “agilizado” em paralelo, avisou.

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O anúncio foi bem recebido nos mercado, as ações reagiram em alta de 6% no arranque da negociação em Nova Iorque. Mas pode não ser suficiente. Analistas citados pela Bloomberg defendem que a empresa se deve focar também em racionalizar a área de vendas para cumprir as suas metas ao nível de margens.

O analista Shebly Seyrafi, da FBN Securities, manifestou algumas reservas a este anúncio. “A ideia geral é de que a Twitter tem um problema de produto, que é a razão pela qual escolheram Jack para regressar. Quando se tem um problema de produto, a resposta mais usual não é cortar na engenharia”.

A companhia atravessa um impasse estratégico depois de ter anunciado, no segundo trimestre, o crescimento mais lento de novos utilizadores desde que foi para a bolsa em dezembro de 2013, levando ao afastamento do antigo presidente. Dick Costolo foi substituído por Dorsey, um dos fundadores do Twitter, que primeiro exerceu as funções interinamente.