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Jack Dorsey tem criticado o conceito da Web3 e já partilhou uma visão para a próxima fase - a Web5.
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Jack Dorsey tem criticado o conceito da Web3 e já partilhou uma visão para a próxima fase - a Web5.

Jack Dorsey tem criticado o conceito da Web3 e já partilhou uma visão para a próxima fase - a Web5.

A Web3 ainda não é uma realidade e Jack Dorsey já quer a Web5. Mas com que promessas?

As dúvidas sobre a próxima geração da web estão longe de estar esclarecidas e Jack Dorsey, o antigo CEO do Twitter, já tem planos para a próxima fase, a Web5.

A palavra de ordem é “descentralizada”. É esta a principal característica para descrever a que poderá ser a próxima “fase” da World Wide Web, os três ‘w’ que mudaram o mundo, bem diferente daquela que hoje conhecemos. Se a primeira fase, que pode ser vista como Web1, coincide com os primórdios da web, ainda nos anos 1990, é amplamente aceite que estamos atualmente a “navegar” na fase seguinte, a Web2.

À medida que a tecnologia avançou, a experiência online deixou de ser apenas composta por alguns links, pela leitura de informação ou por partilhas simples. Tornou-se possível fazer cada vez mais coisas online, desde ter um mundo de conhecimento à distância de um clique ou fazer compras em poucos segundos. E a web foi ganhando outros contornos. De simples consumo e leitura, os utilizadores começaram a conseguir fazer cada vez mais. E, de alguma forma, o surgimento de algumas tecnológicas, que nas últimas décadas cresceram a olhos vistos, também contribuiu para esta diferenciação da Web2. Especialmente com o surgimento das redes sociais, o ato de partilhar algo online ganhou outros contornos.

Ou seja, o surgimento de gigantes no setor da tecnologia, as chamadas “big tech”, transformou a forma como olhamos para a web. E é também aí que reside a principal crítica ao atual estado da internet, justamente ligada a nomes como Google, Amazon, Meta ou Microsoft, que concentram uma boa parte da experiência e dos dados online.

Olhando apenas para a experiência de um utilizador comum na internet salta à vista a presença destes grandes “players”. O motor de pesquisa mais usado no mundo é o Google – de acordo com dados da Statcounter, em maio deste ano detinha uma quota de mercado de 92,5%. O segundo “classificado”, o Bing da Microsoft, tinha uma quota de pouco mais de 3%. A presença da gigante da internet não se fica apenas pelos motores de busca – também domina nos serviços de email, com o Gmail a representar 36,5% do total dos clientes de email (dados da Statista), ou ainda na escolha do próprio navegador usado: o Chrome. E se quiser ver um vídeo online? A resposta surge rapidamente – no YouTube, também ele um produto da Google.

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No caso da Meta, também é fácil perceber o seu peso na atual experiência online. A empresa fundada por Mark Zuckerberg, um jovem de 19 anos quando criou o primeiro serviço, o Facebook, tornou-se uma das tecnológicas mais poderosas do mundo. De acordo com os dados mais recentes, partilhados pela empresa na apresentação de resultados do primeiro trimestre, em maio, só o Facebook tinha 2,94 mil milhões de utilizadores ativos mensais. Com números desta ordem, esta é indiscutivelmente a maior rede social do mundo. Uma vez que controla também o Instagram, Messenger e o WhatsApp, os números de utilizadores ativos mensais na “família” de aplicações da companhia são ainda mais expressivos, totalizando 3,64 mil milhões.

Por seu turno, a Amazon contribuiu para a criação de uma expectativa de compras online com acesso a uma enorme variedade de produtos da forma mais rápida possível – daí a expressão “the everything store”, a loja que tem tudo, para designar esta empresa. Mas o poderio da Amazon não se fica por aí. Criou um sistema de entregas rápidas como também fincou pé no mundo dos assistentes digitais, com a amplamente conhecida Alexa. Não só ficou à vista o poder da tecnológica na área da inteligência artificial, como a Alexa dá uma significativa ajuda às compras, ao adicionar produtos a um carrinho de compras virtual – basta usar a voz para pedir. Pelo meio, está também nos serviços de streaming, quer de vídeo quer de música, e nas plataformas de entretenimento, nomeadamente na Twitch, onde milhões de pessoas acompanham outras tantas a jogar online.

Perante este cenário, é fácil compreender como apenas três tecnológicas moldaram uma boa parte da experiência dos utilizadores globais. E, com isso, na Web2, o atual patamar, controlam e concentram boa parte dos dados. Embora alguns dos serviços sejam de uso gratuito, sustentados por anúncios, a forma como os dados dos utilizadores são recolhidos e utilizados contribuiu para fazer perder parte do encanto com esta experiência. Daí a vontade de dar o “salto” para a Web3.

O que é a Web3 e de onde partiu a ideia?

Os planos para a Web3 têm sido descritos como a próxima fase da internet. Se a Web2 já trouxe uma lógica de read/write (leitura e escrita), marcada não só pela visualização de informação mas também pela partilha, vertente que foi ampliada pela chegada das redes sociais, a próxima geração quer juntar o own, a posse, à equação.

Em linhas gerais, a Web3 quer ser uma versão descentralizada da internet, onde se espera que os utilizadores possam interagir, colaborar e também ter algum sentimento de posse relativamente às suas criações. A ideia é que, ao mesmo tempo, consiga responder também a algumas das falhas daquela que se tornará, eventualmente um dia, a sua antecessora. Em vez de haver um reduzido número de companhias a “controlar” a experiência online, na Web3 o objetivo passará por uma descentralização e também um maior controlo por parte dos utilizadores. E, em vez de usarem plataformas de forma gratuita, em troca dos respetivos dados, a promessa é a de os utilizadores ganharem outro tipo de poder, em vez de serem apenas clientes ou o “produto” para estas plataformas.

Em linhas gerais, a Web3 quer ser uma versão descentralizada da internet, onde se espera que os utilizadores possam interagir, colaborar e também ter algum sentimento de posse relativamente às suas criações.

De mãos dadas com todo este tema da Web3 está a tecnologia “blockchain”, também descrita em vários casos como “protocolo de confiança”. Na prática, esta tecnologia funciona como uma base de dados, onde são registados ativos e transações. Estas transações são certificadas, tendo subjacente que esta base de dados não pode ser alterada – daí a lógica da confiança neste protocolo.

Mas de onde partiu o termo Web3? A resposta mais comum aponta para Gavin Wood, fundador da empresa de infraestrutura de “blockchain” Parity Technologies e um dos co-fundadores da plataforma Ethereum, como o autor da expressão, em 2014. Em entrevista à CNBC, em abril deste ano, Wood descreveu a Web3 como “um visão alternativa da web, onde os serviços que usamos não estão alojados numa única empresa sua fornecedora, mas, em vez disso, em sítios puramente algorítmicos que, de alguma forma, são alojados por toda a gente”. Ou seja, a “ideia é a de que todos os participantes possam contribuir com uma pequena fatia para o serviço final”.

Na lógica de Gavin Wood, isso significaria que, em teoria, “ninguém teria vantagem sobre ninguém.” Ou, como explica, “não da mesma forma, pelo menos, como hoje conhecemos quando por exemplo se vai à Amazon, eBay ou Facebook, onde a companhia responsável pelo serviço realmente tem um poder absoluto sobre aquilo que fazem quando disponibilizam o serviço”.

Um dos exemplos dado pelas vozes mais entusiastas da Web3 é a indústria dos jogos. Pegando novamente na ótica de Gavin Wood, se todos os participantes podem contribuir para esta nova web e ter uma ideia geral de posse, também se tornaria possível “investir” num jogo e ter uma palavra a dizer sobre o respetivo funcionamento, por exemplo.

Comparando o projeto da Web3 com o cenário atual, hoje em dia o utilizador tem, de alguma forma, de confiar nas promessas da companhia que lhe está a prestar determinado serviço. Como a Web3 usa a lógica de descentralização, através de tecnologia “blockchain”, dá-se uma mudança na relação entre quem presta o serviço e o utilizador em comparação com a atual fase da internet.

Se se fala em “blockchain”, também as criptomoedas e os “tokens” prometem vir a ter um papel importante a desempenhar nesta nova fase da web. Mas é justamente aí – e na forma como é possível regular este tema – que mora uma das grandes dúvidas desta visão. O debate sobre a regulação das criptomoedas tem sido um tema quente e passível de gerar dúvidas sobre que abordagem é possível usar, tendo em conta as próprias características das criptomoedas. Se se caminha para esta lógica de uma web descentralizada, até Gavin Wood admite, em entrevista à CNBC, a dificuldade de as autoridades regularem sozinhas os serviços da Web3. Em vez disso, apontou, a regulação terá de partir do interesse das próprias aplicações e serviços, defendeu.

Jack Dorsey quer “saltar” a Web3 e já pensa na Web5

Com a Web3 ainda a levantar dúvidas e longe de ser um conceito amplamente familiar e conhecido pelo público, Jack Dorsey, o antigo CEO da rede social Twitter e atual líder da Block (anteriormente conhecida como Square), já está a pensar na próxima fase.

O plano de Jack Dorsey

Pelo menos de acordo com o plano que apresentou para a Web5, aquela que acredita que será a próxima fase de uma web descentralizada, “saltando” logo da Web3 para este novo patamar. Curiosamente, o “manifesto” desta Web5 é partilhado através de uma apresentação no Slides, um serviço disponibilizado pela gigante Google. O plano foi detalhado através da organização TBD, a unidade da Block dedicada à bitcoin, que descreve esta aposta como uma “plataforma web extra descentralizada”, que dá “aos utilizadores o controlo dos seus dados e identidade”. “A identidade e os dados pessoais tornaram-se propriedade de terceiros”, indica a companhia, que quer mudar esse cenário com esta visão.

“Temos dificuldade em proteger os dados pessoais em centenas de contas e as palavras-passe de que não nos conseguimos lembrar."
Apresentação da TBD, a companhia que avançou com a visão da Web5.

Segundo esta apresentação, a web atual democratizou a troca de informação, mas pecou por não introduzir uma “camada-chave: a identidade”. “Temos dificuldade em proteger os dados pessoais em centenas de contas e as palavras-passe de que não nos conseguimos lembrar”, refere o comunicado desta plataforma, que terá uma forte ligação à bitcoin.

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Ainda de acordo com esta espécie de manifesto apoiado por Jack Dorsey, a Web5 vai garantir uma “identidade descentralizada e o armazenamento de dados nas suas aplicações”. E, acredita a empresa, isso “permite que os programadores se foquem na criação de experiências de utilizador apreciáveis, enquanto devolve a posse dos dados e identidade aos indivíduos”, ao garantir que a identidade já está incluído no tema.

Mas, concretamente, como é que se distingue a Web3 deste conceito de Web5 da companhia de Jack Dorsey? “A Web3 nasce com a ideia de haver descentralização, de os dados não ficarem reféns das grandes empresas, é uma internet descentralizada”, explica Jorge Ferreira, CEO da Quantico Solutions. “Um pouco como existe na bitcoin – tenho uma identidade digital, mas não tem de se saber a identidade real. A Web3 traz essa noção de descentralização, uma espécie de pseudónimo.” E dá um exemplo prático de como poderá funcionar esta descentralização. “Por exemplo, ao ter os dados numa carteira, possibilitaria fazer compras na Amazon sem ter necessariamente de me identificar” – e sem a companhia saber a identidade real do utilizador.

Na interpretação de Jorge Ferreira, a partir da ainda escassa informação sobre a visão de Dorsey para a Web5, esta versão da web “é algo que vai mais longe.” “Eu sou dono de toda a minha informação. A Web3 fala muito na descentralização, mas proposta da Web5 vai um bocadinho mais longe” no tema da proteção de dados.

“A informação está toda do meu lado e só a dou quando precisar.” Ou seja, se na Web3 já existe a lógica de descentralização, a Web5 contém essa componente e junta-lhe o foco do controlo dos dados, que ficam sempre do lado do utilizador e não das aplicações. Na análise do CEO da Quantico Solutions, quem quiser fazer compras online só dá autorização de acesso aos dados que estão armazenados na carteira naquele momento e para aquele fim. “Toda a informação que é importante está dentro dessa carteira. E só quando dou autorização é que esses sites têm essa informação. Aprovo que seja cedida essa informação e, nesse momento, o site acede a essa informação.”

Assim, além de ser uma plataforma web descentralizada (em parte, a mesma base da Web3), o plano de Dorsey para a Web5 envolve também conceitos como identificadores descentralizados, credenciais que podem ser verificadas ou ainda “nós” web descentralizados que, nesta visão, permitirão conceber aplicações web descentralizadas. Como nem sempre é fácil deslindar este tipo de conceitos, a própria apresentação da TBD sobre a Web5 é acompanhada por exemplos mais práticos. “A Alice tem uma carteira digital que gere de forma segura a sua identidade, dados e autorizações para aplicações externas e conexões”, exemplifica a apresentação da TBD. “A Alice usa a sua ‘wallet’ para iniciar sessão numa nova aplicação descentralizada de rede social. Como a Alice tem ligada à aplicação a sua identidade descentralizada, não precisa de criar um perfil, já que todas as conexões, relações e publicações que cria através da aplicação estão guardadas no seu ‘nó’ web descentralizado. Agora a Alice pode mudar de aplicação sempre que quiser, levando consigo a ‘persona’ digital.”

Ainda no campo das suposições, Jorge Ferreira reconhece que a ideia da Web5 “é boa” e que o facto de ter um nome como Jack Dorsey a impulsionar a ideia “faz toda a diferença”. “Tendo um paladino como o Jack Dorsey tem tudo para, pelo menos durante uns tempos, causar frenesim. Mas tudo depende de quem desenvolve as aplicações.”

Mas, se a Web3 ainda não passou totalmente da teoria à prática, o que é que motiva Jack Dorsey, um dos nomes que até há bem pouco tempo esteve responsável por uma rede social nascida já na era da chamada Web2, a apostar na próxima fase do “jogo”? Tudo porque Dorsey tem sérias críticas à forma como a Web3 está a ser estruturada. 

Dorsey torce o nariz à Web3. Mas porquê?

Com o tema da Web3 e a respetiva base de entusiasmados apoiantes a ganhar relevância, o antigo “patrão” do Twitter tem vindo, aqui e ali, a demonstrar a falta de apreço pelo panorama atual. E, na maior parte das vezes, o Twitter tem sido a plataforma para partilhar ácidos comentários.

Em dezembro do ano passado, por exemplo, deixou claro que não acredita que um dos princípios base da Web3, a lógica de descentralização e de serem os próprios utilizadores a ter posse, venha a concretizar-se. “Não se é dono da Web3. Os VC [venture capitalists, empresas de capital de risco] e os LP [Limited Partners, os investidores de um fundo] é que são”, escreveu Dorsey no Twitter. “Nunca conseguirá escapar aos seus incentivos. Em última instância, é uma entidade centralizada com uma etiqueta diferente.” E deixou o aviso: “Saibam no que é que se estão a meter…”.

Como seria de esperar, estes comentários deixaram os fãs da próxima geração da web com um “amargo de boca”. Sucederam-se as críticas, que referiam que, uma vez que a Web3 poderá estar associada à plataforma ethereum, o facto de Jack Dorsey ser um sério defensor da bitcoin estaria a pesar nas suas considerações.

A algumas dessas críticas, Jack Dorsey esclareceu que não era anti-ethereum, mas sim “anti-centralização” e de “mentiras controladas por empresas”. “Se o vosso objetivo é contra aquilo que está estabelecido, prometo-vos que isso não é em ethereum. Não acreditem ou confiem em mim. Olhem só para os fundamentos.”

O “atirar” de achas para a fogueira não é feito só para o público geral – em alguns episódios, Dorsey até tem um alvo bem definido, o de Marc Andreessen, co-fundador da empresa de capital de risco Andreessen Horowitz. Por exemplo, quando o antigo CEO do Twitter percebeu que tinha sido bloqueado na rede social por Andreessen, um entusiasta defensor da Web3 que até já terá feito investimentos de mais de três mil milhões de dólares em startups ligadas ao tema, brincou que estaria “oficialmente banido da Web3”.

Ainda na comparação entre bitcoin e ethereum, Jack Dorsey esclareceu que é “crítico que a energia” de quem está a trabalhar nestes ambiciosos planos seja a de “concentrar-se em assegurar tecnologias seguras e resilientes que possam ser detidas pelas massas, não por indivíduos ou instituições”.

O co-fundador do Twitter tem sido claro na vontade de afastar a sua imagem deste fenómeno da Web3. “Não tenho nada a ver com a Web3”, escreveu no Twitter, em dezembro de 2021, a propósito de uma publicação feita pelo Wall Street Journal, onde figurava como rosto desta “revolução” na internet. “O Wall Street Journal e outros precisam de nomes e fotografias para gerar cliques”, escreveu Jack Dorsey no Twitter, após uma publicação do WSJ intitulada “Jack Dorsey e os improváveis revolucionários que querem reiniciar a internet.”

Jack Dorsey está longe de ser o único crítico da Web3. Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, homem mais rico do mundo e o potencial comprador do Twitter, também tem demonstrado algumas dúvidas sobre o assunto. “Alguém já viu a Web3? Não consigo encontrá-la”, ironizou o magnata sul-africano.

Dorsey não é o homem dos sete ofícios – mas anda lá perto

Programador, empreendedor e ainda filantropo. Estas são algumas das principais ocupações de Jack Dorsey, que aos 45 anos, é um dos nomes mais conhecidos do setor da tecnologia.

No arranque do milénio, criou uma empresa em Oakland, quando ainda vivia na Califórnia, para conseguir enviar estafetas, táxis e serviços de emergência para onde fosse necessário, tudo através da web. Em 2000, teve a ideia de criar uma espécie de “diário” em tempo real, onde fosse possível partilhar pensamentos e opiniões. E, contou há alguns anos na plataforma Flickr, era esse o esqueleto da ideia do Twitter.

Mas fazer arrancar a plataforma não foi simples – a ideia andou a maturar durante meia década. “Nos cinco anos seguintes, pensei neste conceito e tentei de forma silenciosa introduzi-lo nos meus vários projetos.” “No sexto ano, a ideia finalmente solidificou-se (graças a um ambiente massivo de criatividade que o meu empregador Odeo disponibiliza) e ganhou uma nova forma”. Primeiro como twttr e só mais tarde como Twitter, com mensagens curtas, de apenas 140 caracteres. Só em 2018 é que a rede social duplicou o número de caracteres permitidos por mensagem, uma das maiores mudanças na empresa.

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Ainda o Twitter era uma jovem empresa quando Dorsey arrancou com um projeto paralelo, na área dos pagamentos móveis, a Square, lançada em maio de 2010. Primeiro, a empresa desenvolveu uma plataforma que aceitava pagamentos com cartões de débito e crédito através de um pequeno dispositivo, com o mesmo nome da companhia. A ideia era que o pequeno leitor de cartões pudesse ser usado com dispositivos móveis para fazer transferências. Mais tarde, a Square evoluiu para outras formas de serviços financeiros até Jack Dorsey decidir mudar o nome da companhia, em dezembro de 2021, para Block, para poder refletir o interesse na tecnologia de “blockchain”.

Desde novembro de 2021 que o norte-americano deixou de fazer malabarismos entre os dois cargos de CEO no Twitter e na Square/Block. Nessa data, anunciou a partida do cargo de CEO do Twitter – pela segunda vez, já que em 2008 passou a pasta a Evan Williams, regressando em 2015 – com efeitos imediatos. Parag Agrawal, o anterior diretor tecnológico do Twitter, assumiu as responsabilidades de CEO da rede social. Resta saber até quando, já que está em curso a compra da empresa por Elon Musk.

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