6,5

Rui Patrício

Ao terceiro minuto provocou um cabeceamento defeituoso de um adversário com uma imitação improvisada da Vénus de Milo. No início da 2ª parte fez uma defesa enorme a um remate de longe. Duas breves interrupções num jogo que lhe serviu sobretudo para reflectir sobre a contemporaneidade em todas as suas facetas.

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Shaun Botterill/Getty Images

5,5

Vieirinha

O destino decidiu proporcionar-lhe uma oportunidade de reviver o seu maior pesadelo aos 40 minutos, quando um adversário lhe fugiu pelas costas. O corte que conseguiu, em cima da linha de golo, pareceu violar alguns princípios básicos da Física e da Geometria, mas a partir daí respeitou sempre a Ciência.

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6,5

Pepe

Numa reedição da saga islandesa, estreou-se no jogo com um atraso comprometedor aos dois minutos, e acumulou alguns lances aéreos perdidos dentro da área, mas foi talvez quem mais subiu de rendimento na 2ª parte. Uma entrada de génio sobre Alaba ter-lhe-ia acertado mesmo se Alaba tivesse quatro pernas, ou nenhuma.

AFP/Getty Images

6,5

Ricardo Carvalho

Menos impressionante que no primeiro jogo, mas continua a parecer o tipo de defesa-central imaginado por uma criança de seis anos. Anda por ali com o seu rosto simpático, a fazer as coisas com asseio e boa educação, e a zelar pela manutenção da justiça (que, no caso em questão, significava não sofrer golos).

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7

Raphael Guerreiro

Manteve o nível do primeiro jogo, naquele estilo eléctrico que por vezes parece seguir um cronómetro diferente dos colegas. Três boas incursões no ataque, uma das quais deu origem ao penalty. Precisa de mais jogos assim para perder a inocência e compreender que são outras pessoas quem marcam livres directos.

Clive Brunskill/Getty Images

7

William Carvalho

Exemplar na 1ª parte, tanto no passe curto como nas bolas longas, e mostrando a espaços aquela capacidade para rodopiar lentamente sobre si mesmo e transformar as pessoas que ali andam à sua volta em vagos satélites. A construção de jogo deixou de passar tanto por ele depois do intervalo e a equipa ressentiu-se.

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4,5

João Moutinho

Jogou como se Fernando Santos lhe tivesse confiado um importantíssimo segredo diplomático, que devia proteger a qualquer custo. Como um espião de primeira categoria, evitou partilhá-lo com toda a gente, incluindo os próprios colegas. Cumpriu os 90 minutos e foi para o balneário a saber algo que mais ninguém sabe.

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5

André Gomes

Não terá sido a melhor ideia correr uma meia maratona na manhã do jogo e chegar ao estádio depois de percorrer o Sena a nado. Dois factos que explicam a exaustão – física e mental – que revelou do primeiro ao último minuto, com interrupções (demasiado) esporádicas, onde tentou alguns soturnos transportes de bola.

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6

Ricardo Quaresma

Dois bons cantos logo a abrir pareciam prometer mais, mas passou grande parte do jogo acometido por dúvidas. Que horas são? Que estádio é este? Qual o futuro da União Europeia? Aos 59 minutos, sentou o melhor lateral da liga inglesa, depois de o obrigar amavelmente a executar alguns exercícios aeróbicos.

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6,5

Nani

Cumpriu mais uma etapa da sua transformação, continuando a aparecer na pequena área a finalizar lances de cabeça. É tão insólito como teria sido ver Paulo Alves no Euro 96 a fintar pessoas perto da linha. Quando recuou, fez uma boa tabela com Raphael e também o único bom cruzamento por alto no jogo inteiro.

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5,5

Cristiano Ronaldo

É inegável que a articulação entre ideia, músculo e movimento está mais lenta do que nos habituou. Tentou uma finta na 1ª parte, ao longo da qual João Tordo poderia ter escrito um romance. Ainda teve dois grandes remates na 2ª parte, para duas grandes defesas. Com o penalty, conseguiu evitar nova grande defesa.

PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP/Getty Images

4

João Mário

Entrou na fase em que o resto da equipa deixou de fazer coisas, e não teve bola suficiente para tentar fazer coisas por eles. Não ter jogado de início, no entanto, é um dado interessantíssimo. Interessantíssimo.

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5

Rafa Silva

Entrou a dois minutos do fim. Na sua primeira intervenção decidiu efectuar uma brusca mudança de paradigma, usando o método revolucionário de correr muito depressa com a bola controlada na direcção da área adversária. Foi extremamente bem pensado.

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3

Eder

Entrou em campo e esteve lá dentro. É isso que o registo histórico mostra e não vale a pena andarmos aqui a defender o contrário, não somos estalinistas.

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