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Ilustração de Luis Grañena
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Campanha nos EUA. Trump ataca Fauci em telefonema, Biden resguarda-se para preparar o debate

Tudo o que tem de saber sobre o que se passa na campanha dos EUA. Trump ataca Fauci em telefonema interno, Joe Biden prepara-se para debate (que vai ter microfones desligados para evitar atropelos).

Todos os dias fazemos-lhe um resumo do que se está a passar na campanha eleitoral nos Estados Unidos: as principais histórias do dia, as frases descodificadas, fact checks e recomendações de leitura para estar sempre bem informado até à eleição do próximo Presidente.

O que se passa na campanha

Na campanha republicana, Trump multiplica-se em comícios, mas foi um telefonema interno da campanha que marcou o dia de segunda-feira. Do lado democrata, Joe Biden está a resguardar-se para o debate de quinta-feira com uma agenda praticamente inexistente. É Kamala Harris, a candidata a vice-presidente, que anda nas ruas a pedir votos aos eleitores que estão a votar antecipadamente.

1Trump em telefonema: “As pessoas estão fartas de ouvir o Fauci e esses idiotas”

Depois de um fim-de-semana agitado, com uma mão cheia de comícios em cinco estados, Donald Trump dedicou a segunda-feira de campanha exclusivamente ao Arizona, um estado que em 2016 ganhou com margem estreita (48,1% dos votos contra 44,6% para Hillary Clinton) e que este ano, de acordo com as previsões mais recentes, poderá mudar de cor: Joe Biden lidera nas sondagens com 49,3% das intenções de voto contra 45,4% para Trump. Decidido a inverter a tendência, o Presidente norte-americano organizou não um, mas dois comícios naquele estado: um durante a tarde, em Prescott, e outro à noite, em Tucson.

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Ainda assim, a principal notícia do dia na campanha norte-americana, numa altura em que faltam duas semanas para o dia da eleição (embora cerca de 28 milhões de eleitores já tenham aproveitado a possibilidade de voto antecipado e para entregar o seu boletim preenchido), não foi um comício, mas um telefonema.

Atrás de Joe Biden nas sondagens nacionais (por uns consideráveis 10 pontos percentuais), Trump procurou na segunda-feira elevar a moral da sua equipa de campanha com uma chamada telefónica coletiva com os membros do seu staff, que alguns jornalistas foram convidados a ouvir. De acordo com o The Washington Post, o Presidente não poupou nas palavras para atacar Anthony Fauci, o principal especialista dos EUA em doenças infecciosas e diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas.

Trump e Fauci estão em rota de colisão desde, praticamente, o início da pandemia. No início, Fauci ficou conhecido do grande público por desautorizar Trump em direto na televisão, numa altura em que o médico destacava a importância do uso de máscara e o Presidente desvalorizava a eficácia da proteção individual — e da doença em termos genéricos.

Este fim-de-semana, Fauci deu uma entrevista ao programa “60 Minutos”, da CBS, na qual disse não ter ficado surpreendido quando soube que Donald Trump havia contraído o coronavírus. “Fiquei preocupado e achei que ele iria ficar doente quando o vi numa situação completamente precária, no meio de uma multidão, sem separação entre as pessoas, quase ninguém a usar máscara”, disse Fauci. “Quando vi aquilo na televisão, pensei ‘oh meu Deus, nada de bom vai sair dali, aquilo vai ser um problema’. Depois, com certeza, acabou por ser um acontecimento supertransmissor.”

As regras de segurança necessárias para a prevenção da Covid-19 não têm sido seguidas com rigor na campanha de Donald Trump

Getty Images

O médico, que é um dos imunologistas mais respeitados a nível global, foi um dos principais alvos de Donald Trump na chamada telefónica com a sua equipa. “As pessoas estão fartas de ouvir o Fauci e esses idiotas”, disse o Presidente, classificando o médico como “um desastre” e acrescentando que “ele vai todos os dias à televisão e há sempre uma bomba”. “Ainda assim, continuamos com ele”, afirmou Trump, sublinhando que despedi-lo seria “uma bomba maior”. “Ele anda por aí há 500 anos”, troçou o Presidente.

Além de ataques a Anthony Fauci, o telefonema de Trump incluiu ainda ataques diretos à imprensa norte-americana e às sondagens, que estão a dar vantagem ao seu oponente — e chegou até a ameaçar mover processos na justiça contra as sondagens —, e ao próprio coronavírus: “As pessoas estão fartas da Covid. Eu tenho os maiores comícios que alguma vez tive e temos a Covid. As pessoas dizem ‘tudo bem, deixem-nos em paz’”.

Trump atirou também a Joe Biden e gozou com o oponente democrata por ter comícios com menos público. “Eu vou a um comício e tenho 25 mil pessoas. Ele vai a um comício e tem quatro pessoas”, disse Trump. Ambos os números apresentados pelo Presidente Trump são exageros flagrantes.

2Biden descansa para o debate, Kamala Harris assume campanha democrata

Com efeito, Trump tem razão quando diz que atrai mais multidões do que Biden. O Presidente norte-americano tem feito um número consideravelmente maior de comícios do que o candidato democrata — dois, às vezes três, por dia, contra comícios esporádicos de Joe Biden. Ainda que sejam tidos alguns cuidados (todos os participantes recebem uma máscara e gel desinfetante à entrada e têm a sua temperatura medida), várias centenas de pessoas têm assistido aos comícios de Trump sem qualquer distanciamento e segurança e muitas vezes com a máscara fora da cara. Joe Biden, por seu turno, tem optado por uma campanha essencialmente à distância (eventos virtuais e anúncios televisivos em maior número que Trump) e por comícios “drive-in” em parques de estacionamento, com os apoiantes dentro do carro.

A agenda mais relaxada de Joe Biden tem sido notada pela imprensa. “A campanha do Presidente Donald Trump chegou a um ritmo frenético desde que saiu do hospital na semana passada. Joe Biden, em contraste, não tem eventos públicos no seu calendário”, escreveu na BBC o correspondente Anthony Zurcher. “Isto também está relacionado com as diferentes estratégias de preparação para o debate. A campanha de Biden quer o candidato descansado e focado, mesmo que os conservadores o acusem de se esconder do público.”

O segundo debate entre Trump e Biden está marcado para a próxima quinta-feira, dia 22, às 21h (serão 2h da manhã em Lisboa). De acordo com a comissão independente que o está a organizar, uma regra vai mudar neste debate, depois de o primeiro ter sido marcado por uma discussão caótica entre os dois candidatos: em alguns momentos, só um dos candidatos terá o seu microfone ligado. O debate vai ser composto por seis segmentos de 15 minutos, um por cada tema. No início de cada segmento, cada candidato terá direito a dois minutos de declarações sem interrupções. Nesse momento, o microfone do oponente estará desligado.

Do lado democrata foi a candidata à vice-presidência, a senadora Kamala Harris, quem esta segunda-feira andou na rua. Harris foi à Flórida, um estado crucial para a corrida à Casa Branca e onde esta segunda-feira começou o período de votação antecipada. Em 2016, Donald Trump ganhou a Flórida com uma margem muito curta (48,6% dos votos contra 47,4% para Hillary Clinton). Este ano, as sondagens estão a colocar Joe Biden à frente de Trump — com 49% para o democrata contra 45,2% para o atual Presidente. A curta margem e o grande número de votos no colégio eleitoral (29) fazem com que a Flórida seja um dos estados em que mais atenções estão centradas.

Depois de ter parado a campanha durante quatro dias à espera de um teste à Covid-19 (dois funcionários da campanha foram diagnosticados com o vírus), Kamala Harris visitou as cidades de Orlando e Jacksonville para acompanhar o primeiro dia de voto antecipado e fazer dois discursos — um no modelo comício “drive-in”, outro numa biblioteca pública. Em ambos repetiu o mesmo apelo aos eleitores da Flórida, que “muito provavelmente vão determinar o resultado desta eleição”.

Na mira de Harris esteve sobretudo a forma como Donald Trump geriu a resposta norte-americana à pandemia da Covid-19. “Em janeiro, o atual ocupante da Casa Branca sabia que tinha informações privilegiadas. Sabia que este vírus era cinco vezes mais mortífero do que a gripe. Sabia que teria um impacto nas crianças americanas. Sabia que se transmitia pelo ar. E o que é que ele fez? Guardou a informação para ele próprio. Para mim, é um encobrimento”, disse a senadora democrata.

“Conseguem imaginar se todos vocês soubessem, se nós soubéssemos no dia 28 de janeiro o que ele sabia? Conseguem imaginar o que os pais e as famílias de cada um de nós poderiam ter sido capazes de fazer para se prepararem para isto?”, continuou Kamala Harris.

Grande parte da passagem da senadora democrata pela Flórida concentrou-se nos locais de voto antecipado. De acordo com os relatos da imprensa local, Harris abordou diretamente os eleitores para lhes agradecer. “É muito importante. Obrigado por votarem antecipadamente”, disse a candidata à vice-presidência a muitos dos que encontrou nas filas para votar.

Nas entrelinhas

“Entendemos que Joe Biden está desesperado por evitar conversas sobre o seu próprio currículo de política externa, especialmente desde que o Presidente Trump assegurou acordos de paz históricos entre Israel, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrain”
— Bill Stepien, diretor de campanha de Donald Trump, em carta à comissão que organiza os debates presidenciais

A três dias do próximo debate presidencial, a campanha de Donald Trump quer mudar os temas que vão estar em discussão e anunciou-o numa carta, assinada pelo diretor de campanha, repleta de diretas e indiretas a Biden e à própria comissão independente que organiza os debates presidenciais. Para a campanha de Trump, o debate devia ser sobre assuntos de política externa, mas a comissão mudou de ideias só para proteger Biden.

A comissão anunciou na semana passada os seis tópicos que a moderadora, a jornalista da NBC Kristen Welker, selecionou para o debate de quinta-feira entre Trump e Biden: a luta contra a Covid-19, as famílias americanas, a questão racial, as alterações climáticas, a segurança nacional e a liderança.

Porém, a três dias do debate, a campanha de Donald Trump enviou uma carta à comissão a pedir a alteração dos temas que vão estar em discussão, apelando a que o debate se foque na política externa norte-americana — e acusando a comissão de pretender favorecer Joe Biden ao retirar os assuntos externos da discussão, numa altura em que a campanha de Trump tem usado uma notícia do New York Post (cuja veracidade está a ser posta em causa dentro do próprio jornal), sobre o alegado favorecimento de Biden a negócios do seu filho Hunter que envolvem uma empresa energética ligada à China, para atacar o democrata. “Se o candidato de um dos maiores partidos à Presidência dos EUA está comprometido pelo Partido Comunista Chinês, é algo que sobre o qual os americanos merecem ouvir falar, mas não é surpreendente que Biden o queira evitar. É completamente irresponsável a Comissão alterar o foco do debate final a poucos dias do evento, apenas para isolar Biden da sua própria história.”

Os tópicos escolhidos “são sérios e merecedores de discussão, mas só alguns se aproximam sequer da política externa”, lamenta a campanha de Trump. “Na verdade, quase todos eles foram discutidos longamente durante o primeiro debate, que o Presidente Trump ganhou ao moderador Chris Wallace e ao candidato Joe Biden”, lê-se na carta, assinada pelo diretor de campanha, Bill Stepien.

“Entendemos que Joe Biden está desesperado por evitar conversas sobre o seu próprio currículo de política externa, especialmente desde que o Presidente Trump assegurou acordos de paz históricos entre Israel, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrain”, continua a carta, que o diretor de campanha divulgou no Twitter com a descrição “a nossa carta à BDC (Biden Debate Commission)”.

“Para bem da integridade da campanha, e para benefício dos americanos, pedimos que repensem e voltem a divulgar um conjunto de tópicos para o debate de dia 22 de outubro, com ênfase na política externa. Foi com isto que as campanhas concordaram e tem sido essa a tradição em campanhas anteriores”, lê-se na missiva, que termina: “Além disso, não há razão para consultarem a campanha de Biden antes de responderem, porque todos sabemos o que eles pensam”.

Fact-check

50 mil boletins de voto apareceram num rio, como disse Trump?

A alegada fraude eleitoral tem sido um dos argumentos mais frequentes do Presidente Trump para justificar os números das sondagens e atacar, à partida, os resultados do próximo dia 3 de novembro (o que deixa antever já uma possível batalha legal a propósito dos resultados eleitorais e explica a importância da nomeação de uma nova juíza para o Supremo Tribunal nesta altura).

Trump tem usado e abusado deste argumento, quase sempre sem qualquer base factual. Num comício no Michigan no domingo, Trump afirmou que 50 mil boletins de voto tinham sido encontrados num rio. Porém, além das próprias palavras de Trump, não há um único indício de que tenham sido encontrados boletins de votos em rios, muito menos 50 mil de uma vez.

O Presidente já tinha usado o argumento do rio antes — e, apesar de já ter sido desmontado várias vezes por diferentes meios de comunicação, voltou a referir-se a ele neste fim-de-semana.

Importa notar que há um caso em investigação que poderá assemelhar-se remotamente ao que Trump afirma: numa pequena vila do estado do Wisconsin, uma caixa do serviço postal norte-americano com alguns boletins que serviriam para o voto antecipado foi encontrada na beira de uma estrada. Os correios americanos anunciaram de imediato uma investigação para perceber o que tinha acontecido naquele caso.

Ao mesmo tempo, todos os especialistas têm concordado que a fraude eleitoral nos Estados Unidos é um fenómeno extremamente raro, apesar das alegações de Donald Trump.

Conclusão: errado. Não há qualquer indício de que tenham sido encontrados 50 mil boletins de voto num rio. Trump foi, aliás, o único a referir esse facto, que nunca foi noticiado.

Os EUA estão a “dar a volta” à pandemia, como disse Trump?

Num comício na Flórida durante o fim-de-semana, Donald Trump repetiu os rasgados auto-elogios à forma como tem gerido a resposta norte-americana à pandemia da Covid-19 e afirmou que os Estados Unidos estão a “dar a volta”.

“Mesmo sem uma vacina, a pandemia vai acabar. Vai acabar o seu caminho e vai acabar”, disse Trump, antes de aproveitar o momento para atacar a comunicação social: “Vão ficar doidos. Ele disse ‘sem uma vacina’. Vejam, vai ser título amanhã. Estas pessoas são doidas. Não. A pandemia está a fazer o seu caminho. Estamos a dar a volta. Olhem para os números, estamos a dar a volta”.

Na verdade, olhando para os números, o país está a fazer o oposto de dar a volta. Os Estados Unidos encaminham-se para um terceiro pico da pandemia e, depois de no final do verão ter registado uma média em torno dos 35 mil novos casos diários, verificou-se nas últimas semanas um aumento de cerca de 30%. Atualmente, os EUA estão a diagnosticar cerca de 56 mil novos casos por dia e a tendência é de crescimento.

Já o número de mortes diárias estabilizou nas últimas semanas em torno das 700-750 (depois de um pico acima das 2.600 por dia na fase inicial), mas não dá sinais de descer. Por outro lado, o que tem vindo a descer é o número de testes realizados por dia. Depois de um aumento significativo do número de testes, ultrapassando este mês o milhão de testes por dia, registou-se uma redução considerável. De acordo com os últimos números, os EUA estavam a fazer cerca de 825 mil testes por dia.

Conclusão: errado. De acordo com os números oficiais, os EUA estão numa fase ascendente da pandemia, com o número de novos casos a aumentar todos os dias e o número de mortes a não diminuir. Por isso, não é verdade que o país esteja a “dar a volta”.

A foto

Vice Presidential Nominee Kamala Harris Campaigns In Florida

Kamala Harris assume as rédeas da campanha democrata num comício em Orlando, na Flórida, enquanto Joe Biden se prepara para o debate de quinta-feira

Getty Images

A opinião

No The Washington Post, o antigo chefe de gabinete da Casa Branca de Obama, Rahm Emanuel, alerta para o que considera ser uma estratégia errada da parte dos democratas. Joe Biden já disse que se deverá pronunciar em breve sobre a possibilidade de recorrer ao “court-packing”, ou ao aumento do número de juízes do Supremo Tribunal, para contrariar a jogada de Donald Trump ao nomear uma nova juíza conservadora a um mês das eleições, reforçando a maioria conservadora. Porém, Rahm Emanuel, que já foi presidente da câmara de Chicago e membro da Câmara dos Representantes, defende que é no Congresso e não nos tribunais que deve estar a resposta democrata:

With health care, climate change and tax reform all on their to-do list, Democrats shouldn’t waste political capital attempting a political maneuver — court-packing — that not even Franklin Roosevelt could pull off at the height of the New Deal. Rather than expand the court, Democrats should expand the playing field. With the filibuster curtailed, they will be equipped to establish a new national voting rights regime that addresses not only the legacy of bigotry in the South but also conservative efforts to disenfranchise people of color across the country.

No The Wall Street Journal, o colunista republicano William McGurn, antigo redator de discursos do Presidente George W. Bush, explica a contradição entre o Joe Biden de Washington e o Joe Biden que tenta apelar aos eleitores do estado da Pensilvânia, fundamental para o rumo da eleição de 2020, e estabelece um paralelismo entre Biden e Conor Lamb, congressista democrata que em 2018 conseguiu inverter os resultados na Pensilvânia e ser eleito para o Congresso. Segundo McGurn, Biden enfrenta o desafio de ser um progressista em Washington e ter de se apresentar aos eleitores da Pensilvânia como um moderado — um equilíbrio difícil de gerir:

Mr. Biden and Mr. Lamb are trying to have it both ways. Mr. Biden, for example, is running on policies that would make his administration far more progressive than Barack Obama’s—while insisting to Pennsylvania voters he’s a moderate.

Messrs. Lamb and Biden are both desperate to prove their moderate bona fides on fracking, which provides thousands of jobs in western Pennsylvania. After several contradictory statements, Mr. Biden now says categorically he opposes a ban on fracking and would ban only new oil-and-gas permits on federal lands. But that’s a minority view in his own party, with his running mate Kamala Harris on record as favoring a full ban.

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