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Mais reportagem de André Dias Nobre, Carolina Branco, Diogo Ventura, João Porfírio, Kimmy Simões, Luís Vaz Fernandes e Ricardo Conceição
Na praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, um dos 25 locais em que a PSP esperava protestos dos “coletes amarelos” esta manhã, um dos manifestante lamenta-se ao Observador. São 8h45: “Isto é um fiasco”. Ouvindo a palavra “fiasco”, e apesar de já passar mais de uma hora e meia do início da ação, a organizadora Luísa Patrão contesta: “Não é, não. Não queremos violência. E isto também ainda é cedo”. O manifestante insiste: “É um fiasco, é! Pensava que vinham milhares de pessoas”. Por essa altura, não havia mais de 60.
Em Alverca, junto às portagens da A1 — outra das zonas que fazia parte do mapa dos protestos –, nem isso. Pouco depois das 7h aparece o primeiro e solitário manifestante, vestido com o respetivo colete, onde se podem ler inscrições como “PPP” e “BES”. Diz que se chama Ricardo: “Vou para Lisboa, para o Marquês, nem que seja sozinho”, garante. Para além da boina do exército que traz na cabeça, tem presa na mota uma bandeira portuguesa de dimensões consideráveis. É abordado por um elemento da GNR — afinal, é preciso recordar que a A1 não era um dos locais autorizados para a realização do protesto. Ricardo troca algumas, poucas, palavras com o guarda e segue caminho.
[“O povo unido é isto, não há muita organização”. O filme de um protesto sem relevo:]
Os minutos passam e a única coisa que atrapalha a circulação na A1 é mesmo o intenso nevoeiro que teima em não se dissipar com a chegada do dia. Com cerca de dez minutos a separá-los, chegam à zona das portagens outros dois “coletes amarelos”. Olham um para o outro e abrem os braços, numa espécie de incredulidade com o facto de serem os únicos representantes do protesto no local. Não se conhecem. Trocam breves palavras e encostam-se aos carros, cada um ao seu, agarrados ao telemóvel. Garantem que não têm nada para dizer e ali ficam durante cerca de 45 minutos, até perceberem que, provavelmente, estão à espera de algo que não vai chegar.
As duas motas da GNR deixam por várias vezes o local e regressam 20 a 30 minutos depois: realizam o troço da A1 antes das portagens, no sentido Norte-Sul, para averiguar se existe algum grupo em marcha lenta a caminho de Alverca. Regressam sempre com sorrisos cúmplices que desvendam rapidamente o que encontraram — ou melhor, o que não encontraram. “Isto não é França, pá. Como é que é? Vamos beber café?”, perguntam aos elementos da GNR que continuam junto aos veículos das autoridades. Com o avançar da manhã, alguns carros acabam mesmo por desmobilizar. Os agentes da Força de Intervenção Rápida não chegam sequer a sair da carrinha.
O quarto “colete amarelo” a surgir junto às portagens de Alverca parece, à partida, o mais decidido: entra na zona de estacionamento a alta velocidade, estaciona de forma apressada e sai imediatamente do carro, vestindo o colete amarelo de maneira atabalhoada. “É uma vergonha não estar aqui ninguém! Num sítio tão importante!”, atira para o ar. Fala com um ou dois jornalistas, olha em volta durante dez minutos e abandona o local. Logo de seguida, surge um novo carro apressadamente. Quando os elementos da GNR já olhavam atentamente para aquele que parecia ser outro manifestante, o condutor do veículo levanta o capô e deixa claro que a única coisa que o preocupa é o nível de óleo do carro.
Em Alverca, mais do que em qualquer outro sítio, o protesto dos “coletes amarelos” não passou de uma hipótese teórica. O forte dispositivo policial de nada mais serviu do que para acautelar eventuais desacatos e dispersar os pouquíssimos protestantes que por ali surgiram.
A verdade é que a PSP estava em alerta. Esta semana, à medida que ficava claro qual ia ser o mapa dos protestos, a direção nacional da PSP emitiu um comunicado a dizer que estava a preparar um “dispositivo de segurança adequado” para responder à situação. Uma das medidas passava, inclusive, por suspender as folgas de todos os efetivos (compensando-os depois), para garantir que não iria haver falta de pessoal. Segundo o porta-voz da direção nacional da PSP, o intendente Alexandre Coimbra, em declarações à agência Lusa, a maior preocupação dos agentes era mesmo a dimensão do evento e não tanto a informação sobre eventuais confrontos.
Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mostrou preocupação com o tema tendo-se reunidos com os camionistas Motoristas do Asfalto para apaziguar as reivindicações. Há cerca de um mês que a classe de trabalhadores camionistas portugueses ameaçava replicar o movimento dos coletes amarelos em Portugal, caso o Governo não desse uma resposta positiva às suas reivindicações. Marcelo almoçou com eles esta semana e fez até um passeio de camião, ao mesmo tempo que pediu uma manifestação “pacífica”.
Apesar de alguns focos de tensão em Braga (onde mais de meia centena de “coletes amarelos”, sem resposta da polícia, bloquearam as entradas norte da cidade, na rotunda das Ínfias, durante algumas horas), no Porto e mais tarde também no Marquês de Pombal, em Lisboa, onde o trânsito esteve cortado por pouco tempo e três pessoas foram detidas, os “coletes amarelos” falharam a promessa de parar o país — muito menos deixaram Lisboa e Porto “a arder”, como alguns manifestantes desejavam. O escasso número de “coletes amarelos” desiludiu mesmo muitos apoiantes do protesto. No Marquês, como pode ver no vídeo abaixo, a optimista Luísa Patrão discursou frente a um grupo tão reduzido que, para ser ouvida, não seria necessário o megafone que segurava na mão.
Coletes amarelos. Ouvem-se as primeiras vozes no Marquês de Pombal. Tudo calmo. @observadorpt pic.twitter.com/cYTHaAmIIU
— Luís Vaz Fernandes (@LuisEVFernandes) December 21, 2018
“Aqui está às moscas”, “Estou sozinho”, “Não se passa nada”
A desilusão nos grupos de Facebook dos “coletes amarelos” foi grande entre as 7h30 e as 9h — antes, portanto, dos focos de tensão no Marquês de Pombal, em Lisboa. Houve muitas queixas de falta de adesão. Um elemento de Setúbal lamentava-se: “Os coletes amarelos na rotunda dos golfinhos???????? Só vejo polícia!”. A missiva terminava com três emojis de fúria e, na caixa de comentários, havia quem desse a resposta: “Estive lá desde as 6h30 e só apareceram 7 pessoas incluindo eu. Quem organizou o movimento anda aonde?”. Respondia outro: “Bazaram todos e bazei tb [sic]. Eu borrava a cara com m**** se organizasse um movimento destes para uma determinada hora e não estivesse lá meia hora antes pelo menos”. “Quem organiza é só para se armar em lindo, depois na hora não aparece”, lia-se ainda.
Apesar de incentivados por alguns manifestantes (“Venham para a rua c******”, “não desistam camaradas”), o desânimo ia-se instalando. “Na ponte da Chamusca não há coletes amarelos”, apontava um. “Nacional 109 entre Vagos e Mira não fazem nada?! É uma estrada movimentada por camiões principalmente”, inquietava-se outro.
Havia também quem se entristecesse com o que via na praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, ao início da manhã: “Fdxxx [sic] aqui a Rotunda do Marquês está às moscas, há mais agentes e curiosos do que manifestantes”. Outro reforçava: “Estou no Marquês, meia dúzia de gatos e montes de polícia, nada de medos, venham para a rua porra”. Apesar de tudo, havia quem fotografasse a praça lisboeta e dissesse que “o número não interessa”, o que interessa é “a intenção”.
Humor não faltava: “Mas afinal são os policiais que estão se manifestando [sic]? Estão em maior número”, escrevia um utilizador brasileiro, acompanhando a piada com um emoji de riso. A uma publicação em que um “colete amarelo” pedia aos restantes que “não desistissem”, respondeu outro, insatisfeito: “Ohhh amigo sinceramente acho que isto vai ser um fiasco, eles brincam porque sabem que o povo português não paralisa mesmo o país, eles sabem que isto nunca vai ser igual à França”.
Mesmo assim, alguns “coletes amarelos” acreditavam que o melhor ainda estava para vir. “Hoje è [sic] o primeiro dia, em França foi crescendo dia a dia”. Impedida de participar na manifestação, por não poder “faltar ao trabalho”, uma utilizadora mostrava uma fotografia de um colete amarelo no seu carro e prometia uma luta diferente: “Não vou consumir bens taxados”.
No Porto, um utilizador lançava o apelo: “Alguém pela zona do aeroporto para bloquear a nacional? Estou sozinho”. No Funchal a situação também não era encorajadora. “Só para avisar, com muita pena minha, no Funchal não se passa nada“, escrevia uma madeirense. Em Viseu, de manhã, uma fotógrafa registou a paragem de coletes amarelos “na passadeira”.
“Ainda não perceberam que em França as revoluções não foram feitas com flores! Nós somos civilizados demais para os copiar”, queixava-se um elemento ligado ao protesto. Concluía outro manifestante: “A organização deste evento deveria ter sido feita para sábado. É claro que 99% do pessoal gostaria de participar. O pessoal do salário mínimo, o pessoal da corda na garganta, está a trabalhar. As coisas tendo sido organizadas para sábado teriam tido muito maior aderência e esta teria crescido com o passar do fim de semana. Enfim”.
No Marquês houve empurrões, detenções e manifestantes confusos. “Estamos todos desunidos”
O protesto estava agendado para as 7h e às 7h30 surgiam pequenos grupos de pessoas no Marquês, em Lisboa, que se tornaram três a cinco dezenas a partir das 8h. Primeiro, os manifestantes juntaram-se num único grupo para ir bloqueando, à vez, diferentes acessos à rotunda da praça lisboeta. A polícia acabou por permitir esses bloqueios e cortou o acesso à circulação no interior da rotunda. Os carros, contudo, continuavam a passar em volta, sem grandes problemas.
Nesta fase inicial, os “coletes amarelos” colaboravam com a polícia e um dos poucos episódios que saiu do controlo aconteceu quando um automobilista que chegava à rotunda vindo de Picoas decidiu parar do carro e sair do veículo, de colete amarelo vestido. Olhou para os automobilistas atrás e encolheu os ombros, como quem diz “paciência que isto vai parar”. E parou mesmo, por pouco tempo.
Por volta das 9h20, Luísa Patrão, uma das organizadoras, anunciou: “Vamos descer a Avenida da Liberdade. Quem quer descer, desce, quem quer ficar, fica”. Pouca gente saiu e depois começaram os atritos entre manifestantes e polícia: os “coletes amarelos” tentaram quebrar a barreira policial e decidiram sentar-se na estrada, no primeiro momento de ligeira subida da tensão. A desorientação instalou-se e os manifestantes ficaram momentaneamente sem saber para onde ir. Um deles queixou-se: “Estamos todos desunidos”. Luísa Patrão, de colete vestido, expressou a frustração: “Sabem o que me apetece dizer agora? Fodei-vos”.
Confronto entre a polícia e alguns manifestantes. Apanhado pela Kimmy Simões. @observadorpt pic.twitter.com/rGgS5APlRO
— Luís Vaz Fernandes (@LuisEVFernandes) December 21, 2018
Ao fim de vários minutos, retomaram a intenção de descer a Avenida da Liberdade. Já mais descontraída, Luísa Patrão pedia, com humor: “Ó pessoal da frente, o melhor é meterem aí a velhinha para marcar o passo”. E acrescentava, gritando: “A malta aqui é alentejana. Tem que se andar devagar”.
Mas não foi desta. A desorientação ia-se instalando, ninguém sabia qual o destino final dos manifestantes — nem os próprios estavam certos do rumo da marcha, porque alguns queriam ir para a Assembleia da República mas outros queriam ficar no Marquês de Pombal. Houve tensão e pequenos choques e empurrões da polícia, que levaram os manifestantes a sentar-se de novo por alguns momentos. Mais tarde, registaram-se mesmo empurrões e três detenções. No Marquês de Pombal estiveram elementos ligados ao partido de extrema-direita PNR, incluindo o líder, José Pinto Coelho. O grupo de “coletes amarelos” que se encontrava nesta praça acabou por se dividir em três grupos diferentes, supostamente em direção à Assembleia da República.
[Veja a fotogaleria dos protestos no Marquês de Pombal e das detenções]
Ponte de 25 de Abril: “Estão ali dois coletes amarelos. A trocar um pneu”
Durante a semana, falou-se muito nas redes sociais sobre a importância de usar a ponte 25 de Abril para “bloquear as entradas na cidade” de Lisboa. Mas não aconteceu nada. O trânsito esteve um pouco intenso nas primeiras horas da manhã, mas a polícia no local garantiu ao Observador que era “normal”. Em parte, aliás, deveu-se a um “acidente na ponte”.
Apesar de o protesto estar marcado para as 7h, pouco se viu no local até às 9h. Perto das portagens, apareceram apenas três carros a agitar quatro coletes amarelos pela janela. Nenhum condutor tentou parar, todos seguiram caminho. Como precaução, em cada ponto de passagem das portagens estava um polícia.
[Veja a fotogaleria da manhã na ponte 25 de Abril]
Ainda houve quem tentasse ensaiar uma buzinadela coletiva, mas muito timidamente. Desorganizados os “coletes amarelos” iam buzinando de forma solitária, à vez: primeiro uma mota, depois silêncio; a seguir um pequeno grupo de carros, de seguida o silêncio outra vez.
A dada altura, a polícia presente na Ponte 25 de Abril já falava da situação caricata com humor: “Estão ali dois coletes amarelos. A trocar um pneu”. De mota, um manifestante passou pelos jornalistas e gritou, desconsolado: “Não há nada, não há nada, não há nada”.
Em Loures: manifestantes ou trânsito?
O início da paralisação em Loures também estava agendado para as 7h. Mas a essa hora só havia nevoeiro e frio — e a polícia a postos e preparada para receber o protesto que entretanto, ainda que atrasado, já tinha saído de Torres Vedras. Mas manifestantes, nem vê-los.
O primeiro percalço surgiu quando o grupo de manifestantes que se concentrava na Malveira da Serra dificultou o acesso à A8. Uma mulher tinha entrado em trabalho de parto mas não conseguia aceder à autoestrada devido ao trânsito que os “coletes amarelos” iam provocando. Dois batedores da PSP acabaram por escoltar a viatura e abrir caminho para o hospital. À passagem pelas portagens, chegou a pensar-se que as luzes da polícia seriam o indicador de que o protesto estaria a chegar. Mas não: “Lá vai a grávida”, explicou uma agente da GNR.
Os polícias, encostados aos seus veículos, iam conversando entre si, animados. Interrompiam as conversas de forma pontual para ficarem a par do ponto da situação. A marcha lenta aproximava-se de Loures mas o grupo era pequeno. O relógio marcava as 8h12 quando a polícia começou a colocar-se nos pontos estratégicos já definidos. “Estão a chegar.”
Não pela dificuldade de avistar o que quer que fosse a mais de 100 metros de distância, mas porque eram poucos, foi difícil perceber exatamente quantos veículos das dezenas que compunham a mancha de trânsito junto das portagens de Loures pertenciam ao protesto. Não seriam muitos.
Menos ainda eram os que tentavam estacionar para sair do carro em protesto. Todos os que se encostaram à berma foram impedidos pela polícia de parar o carro e foram obrigados a seguir caminho. Quando se aproximou um grupo de jornalistas da zona em que os automóveis tentavam parar, um agente da PSP comentou ironicamente com um colega: “Olha, cuidado que com estes isto ainda chega à meia dúzia”.
Apenas um carro conseguiu parar. Quatro pessoas, vestidas com coletes amarelos, saíram da viatura mas rapidamente voltaram a entrar. Pelo meio deixaram apenas uma indicação: seguiriam para o Marquês de Pombal.
A partir desse momento, não se observou nenhuma pista que ajudasse a perceber se no trânsito cada vez menos congestionado ainda haveria resquícios de um protesto que quase não o foi. Antes de a polícia começar a desmobilizar, houve apenas um episódio, já perto das 9h30. Um carro apetrechado com umas colunas no tejadilho reproduziu o hino nacional e o hino francês durante a chegada à portagem. Na janela, tinha um colete amarelo.
Ouve-se o hino francês nas portagens da A8. Carro com coletes amarelos que transporta potentes colunas de som no tejadilho já tinha reproduzido o hino nacional. @observadorpt pic.twitter.com/875JX1xYPM
— José Pedro Mozos (@zpmozos) December 21, 2018
No IC19, nada; no Porto, “vivas”
Ao longo do IC19, em Sintra, nas primeiras horas da manhã, avistou-se apenas um colete amarelo — parado numa berma de estrada, junto ao Estado Maior Da Força Aérea, perto de Alfragide. Na área de serviço do Cacém, onde se encontravam dois polícias de mota, não houve concentração à hora do protesto. Por alguns viadutos viam-se parelhas de polícia e na saída para a IC17 – CRIL (Circular Regional Interior de Lisboa), sentido Lisboa-Sintra, estavam quatro carrinhas da PSP. De concentrações de “coletes amarelos”, contudo, nem sinal.
No Porto, a rotunda do Nó de Francos foi um dos pontos centrais do protesto: foi ali que se registou a maior concentração de manifestantes na segunda maior cidade do país. Ainda assim, mesmo no período de maior adesão, não estiveram mais de centena e meia de manifestantes. Por volta das 9h45 o número tinha diminuído, registando-se a presença de apenas 60 a 70 “coletes amarelos”.
Na rotunda formou-se uma espécie de pacto entre polícias e “coletes amarelos”: as autoridades permitiam que os manifestantes condicionassem o trânsito e parassem os veículos, nomeadamente na saída para a Avenida do Bessa; no entanto, sempre que as autoridades pediam uma clareira ou abertura para os acessos, os manifestantes respeitavam.
https://twitter.com/goncalobcorreia/status/1076028335174676481
Um manifestante chegou mesmo a deitar-se em cima de um carro que não pertencia à manifestação, à saída da Avenida do Bessa. Quando algum condutor saía do seu automóvel ou vestia um colete amarelo, ouviam-se palmas, gritos e vivas. Por ali, avistava-se uma tarja que pedia “basta de corrupção, não confiamos na banca”. A primeira faixa a ser colocada em Francos foi posta antes das 7h: “Acabou-se a brincadeira”.
Mas pouco depois surgiu o desânimo. Quando paravam os carros na rotunda, os “coletes amarelos” dirigiam-se aos condutores quase magoados: “ganham mais do que nós” e “não se juntam ao protesto, vão para os seus trabalhos”.
Um grupo de manifestantes deixou o Nó de Francos e foi para a Avenida dos Aliados, onde chegou pelas 12h30. Ainda antes das 13h, já tinham desmobilizado. Mas não todos: sete “coletes amarelos” ficaram ainda para trás. A conversar. Uns com os outros.