Novos e menos novos, homens e mulheres, desportistas convictos ou nem por isso. O padel tem esta característica única de atrair pessoas independentemente da idade, género ou condição física, conquistando mesmo quem nunca pegou numa raquete na vida. Isso explica o crescimento acelerado que tem vindo a registar por todo o mundo, e Portugal não é exceção. Segundo a Federação Portuguesa de Padel (FPP), estima-se que existam hoje, no nosso país, cerca de 100 mil praticantes ocasionais e regulares, e mais de 550 campos, sendo muito possível que, entretanto, estes números já tenham aumentado, uma vez que a pandemia acabou por ter o efeito surpreendente de fazer crescer ainda mais a modalidade. Agora, o resultado está à vista, e mesmo quem nunca praticou padel é certo e sabido que conhece alguém que já o fez ou — o que é muito provável — ainda faz. É assim, não é?
O fenómeno é de tal ordem que o mais importante circuito profissional do mundo — o World Padel Tour (WPT) — está entre nós pelo segundo ano, trazendo consigo os nomes mais importantes do ranking mundial. Entre os dias 1 e 5 de setembro, os fãs deste desporto podem ver de perto os seus atletas favoritos nos Jardins do Casino Estoril, onde decorre o Cascais Padel Master 2021. A disputar o título de Master esteve a atleta Sofia Araújo, distinguida em março pelo WPT como a jogadora revelação de 2020, e escolhida pela CUPRA, patrocinadora premium deste evento desportivo, para integrar o grupo de embaixadores da marca.
Requisitos? Apenas ter vontade de jogar e de se divertir
A jogar em casa, Sofia Araújo, 26 anos, não esconde a emoção de ter caras conhecidas nas bancadas a aplaudi-la por estes dias. “O apoio dos nossos amigos, da nossa família, de todo o público português é, sem dúvida, uma motivação extra”, diz-nos a atleta que contactou pela primeira vez com o padel em 2015, quando foi desafiada pela mãe a participar consigo num torneio em Bilbao, Espanha. O “bichinho” ter-se-á instalado logo, mas só mais tarde voltou a prestar-lhe atenção, porque na altura ainda jogava ténis de competição. Pelo meio, acabou a licenciatura em fisioterapia, atividade que nunca chegou a desempenhar, porque agora só tem mãos e braços para o padel.
Quanto ao crescimento exponencial da modalidade, destaca o impacto da pandemia de Covid-19, lembrando que “o padel já estava a ter um crescimento muito grande em anos anteriores, mas a pandemia veio ajudar à evolução, porque foi dos primeiros desportos que se pôde voltar a jogar”. Além disso, sublinha que este “é um desporto que é fácil para se começar, joga-se a pares e num campo mais pequeno, logo, é mais fácil e as pessoas divertem-se imenso”.
Precisamente por isso, “toda a gente que joga pela primeira vez fica viciada, e isso é o que é bom neste desporto”, afirma, lembrando que “há muita gente que nunca fez nenhum tipo de desporto, mas que joga padel todos os dias”. Contribui para isso o facto de não implicar quaisquer requisitos: “O único requisito é ter vontade de jogar e divertir-se.”
Mas para jogar padel a nível profissional, a conversa já é outra. “É, sem dúvida, muito exigente, treinamos muitas horas por dia, fazemos ginásio todos os dias e temos de estar preparados”, refere Sofia Araújo, que no último ano cumpriu a melhor época da sua carreira no WPT, onde atualmente compete em parceria com a também bicampeã nacional Ana Catarina Nogueira.
CUPRA e padel: parceria perfeita
Sofia Araújo foi um dos nomes que, no início desta temporada do WPT, a CUPRA convidou a integrar o seu grupo de embaixadores, do qual constam nomes sonantes do padel mundial, como Alejandro Galán, atual número um do mundo; Fernando Belasteguín, que liderou o ranking mundial durante 16 anos; Ariana Sánchez, número três do ranking feminino; e o brasileiro Pablo Lima, que ocupa o sexto lugar. Para a jogadora, representar a marca espanhola de automóveis desportivos “é um orgulho”. “Temos tudo para dar certo, pois a CUPRA é uma marca recente, com um target elevado e, tal como eu, em franca expansão”, refere, notando o mesmo tipo de paralelismo com o padel, já que a CUPRA apoia o WPT desde 2019: “Acho que esta parceria tem tudo para dar certo.”
Também Pedro Fondevilla, Diretor Geral da SEAT e CUPRA em Portugal, chama a atenção para a coincidência: “O crescimento do padel é inacreditável, tal como o crescimento que estamos a ter nas nossas vendas.” Essa é, aliás, a principal explicação que aponta para o apoio à modalidade: “A marca tem muito em comum com o padel, que é um desporto que está a crescer em muitos países, constituindo uma jovem promessa, tal como a CUPRA, que é uma marca que tem quase quatro anos. Começámos em 2018 e temos vindo a crescer pouco a pouco, mas o último ano foi espetacular depois do lançamento do CUPRA Formentor.”
Desde que a CUPRA começou a patrocinar o WPT, há dois anos, o envolvimento da marca tem evoluído continuamente, apoiando a expansão internacional deste desporto e o seu desenvolvimento profissional. Em 2020, o CUPRA Formentor tornou-se o carro oficial do WPT, sendo este também uma das estrelas do Cascais Padel Master 2021, estando exposto junto ao court central, nos Jardins do Casino Estoril, e disponível para a realização de test drive por quem o desejar.
A eficiência também tem garra
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Design e performance são dimensões cruciais para a marca espanhola de automóveis desportivos, o que é justificado por Pedro Fondevilla, Diretor Geral da SEAT e CUPRA em Portugal, com o facto de pretenderem “construir carros que se liguem às emoções”. Mas àqueles dois pilares junta-se ainda a eficiência, e isso está bem patente nos resultados da empresa: “Para o CUPRA Formentor, temos a gama de híbridos plug-in. Atualmente, mais de 50% das nossas vendas e encomendas são de veículos elétricos, o que é um sucesso inacreditável, que está a marcar o primeiro passo da marca em direção à eletrificação”. O segundo passo está para breve, com o lançamento, no final do ano, do CUPRA Born, o primeiro modelo da marca 100% elétrico, fazendo a simbiose perfeita entre eficiência, desportivismo e performance.
Fácil aprendizagem e evolução rápida
Uma mistura de squash com ténis é o que, frequentemente, se diz do padel para tentar descrever a modalidade. Recorrendo à definição da FPP, trata-se de um desporto jogado a pares, que utiliza raquetes e bolas próprias. Joga-se num campo retangular e totalmente fechado, com 10 metros de largura por 20 de comprimento, dividido por uma rede ao meio. Nos topos e em parte das laterais o recinto apresenta uma superfície em vidro ou alvenaria, sendo que o piso pode ser em relva sintética, alcatifa (estas duas são as mais comuns) ou betão poroso.
Além da capacidade de atrair pessoas com perfis muito diversos e do seu caráter amplamente social (integra famílias e amigos como nenhum outro desporto), a FPP destaca ainda, no seu site, a facilidade de aprendizagem como uma das principais vantagens do padel. Aponta, também, a possibilidade de qualquer pessoa poder disputar pontos desde a primeira experiência, permitindo uma evolução rápida, sobretudo se procurar o apoio de um monitor e praticar, pelo menos, duas vezes por semana.
Do México para o mundo
A origem do padel (inicialmente paddle) remonta a 1962, e a International Padel Federation atribui o feito a Enrique Corcuera, um empresário mexicano que construiu no jardim da sua casa, em Acapulco, México, um campo com as dimensões atualmente utilizadas nos campos de padel e com as mesmas características: paredes de cimento a delimitar o perímetro. A verdade é que estas paredes terão sido originalmente construídas para evitar que, quando jogava ténis com os amigos, as bolas invadissem o quintal do vizinho. Aquilo que acabou por constituir a essência do jogo foi o facto de os jogadores continuarem a jogar sem interrupção, mesmo depois de a bola atravessar as linhas e ricochetear nas paredes. Antes de se chamar padel, este jogo — criado na brincadeira — era designado Paddle Corcuera ou Paddle-Ténis e coube a Virginia Corcuera, mulher de Enrique, coligir as regras da modalidade, oferecendo-as como presente de aniversário ao marido.
Anos depois, em 1974, o espanhol Alfonso de Hohenlohe visitou o amigo Enrique Corcuera e ficou de tal forma entusiasmado com o novo jogo que decidiu levá-lo consigo no regresso a casa, tendo construído os dois primeiros campos em Marbella. Espanha foi um dos principais motores da expansão do padel no mundo, tendo o número de jogadores de padel federados ultrapassado o de jogadores de ténis em 2019 (mais 4 727), o que é significativo, sobretudo se tivermos em conta a larga tradição que o ténis tem no país vizinho. Fenómeno idêntico verifica-se na Argentina, onde o número de jogadores e de campos cresce velozmente, rivalizando com o futebol.
A Portugal, a modalidade chegou nos anos 1990 pela mão de uma empresa espanhola, que construiu o primeiro campo no Lisboa Racket Center e organizou os primeiros torneios internacionais da modalidade. Só mais tarde se começa a registar alguma adesão à modalidade, tendo para tal contribuído, em meados do ano 2000, a construção de dois campos no Clube de Ténis de Vila Real de Santo António e, mais tarde, de três campos na Quinta da Marinha, em Cascais. É também por esta altura que se criam os primeiros circuitos de torneios sociais e competitivos, e Portugal começa a participar nos campeonatos da Europa e do mundo. Daí para cá, o crescimento é o que se tem visto, numa evolução constante e muito rápida, integrando todos os que decidem experimentar. E isto é mesmo verdade: de acordo com a FPP, a taxa de jogadores que continua a jogar depois da primeira vez situa-se entre os 80 a 90%.
Vamos a isso?
Se é das poucas pessoas que ainda não pegou numa raquete de padel, mas está cheio de vontade, o melhor que tem a fazer é procurar grupos de jogadores (nas redes sociais há muitos) e escolher um dos muitos campos existentes em todo o país. Para aperfeiçoar a técnica, é aconselhado procurar o apoio de um monitor ou participar em clínicas de iniciação, que são aulas intensivas em grupo, e não perder a oportunidade de assistir à exibição dos melhores atletas do mundo que, por estes dias, competem no Cascais Padel Master 2021. Vamos?