Rangel fez um trabalho de formiga no verão, para poder estar mais descansado nas diretas de inverno. Rio entrou em rutura com algumas das maiores estruturas do PSD, mas acredita que vale por ele, pelas suas ideias e confia no chamado voto livre. “Nem andei a contar”, disse o presidente do PSD esta quarta-feira e acrescentou, de forma enigmática, que mudou o local da apresentação da sua recandidatura de Lisboa para o Porto. Como estão afinal essas contas?

O presidente do PSD diz ser “indiferente” a quem parte em vantagem e sugere a tal liberdade da militância: “A maioria dos militantes são homens e mulheres livres e que vão votar em função do que acham melhor para o país”. A história dá razão a Rio num aspeto: venceu as eleições de 2018 e 2020, em parte, por ter conquistado muitos votos em concelhias e distritos que não o apoiavam. Em locais onde se esperavam derrotas estrondosas foi um segundo classificado difícil e conquistou votos em território inimigo.

Rio ignora, porém, uma equação quase inegável na aritmética laranja: ninguém vence o partido sem ter pelo menos o apoio de duas das quatro maiores distritais. Incluindo o apoio “cacicado” pelas estruturas. E Rio sempre reuniu esse requisito. Desta vez, no entanto, está mais difícil de o conseguir.

Paulo Rangel segue na frente em pelo menos em três das G4 (Porto, Lisboa, Braga ou Aveiro) e disputa uma quarta com Rui Rio. Isto, claro, olhando às estruturas. As tropas de Rio contam ter na mão sete distritais (mais pequenas, algumas até mais pequenas do que as concelhias maiores dos grandes distritos), sonham com a Madeira e acreditam ter garantido os Açores. Tudo somado, tem relevância. Acreditam também que o fator-Rio, para além de qualquer estrutura, ainda conta no Grande Porto. E que isso basta.

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As contas são complexas de fazer, mas fica para já claro que Rangel leva vantagem no aparelho. Isso não desmotiva Rio que mantém apoios importantes e simbólicos e ainda conta virar mais uns quantos. Espera também que os “homens e mulheres livres” caiam maioritariamente para o seu lado. Eis as contas, a um mês e meio das eleições diretas de 4 de dezembro.

O G4 visto à lupa: vantagem para Rangel

Porto: tendência Paulo Rangel

É a grande viragem face à corrida eleitoral de há dois anos: contra Luís Montenegro, Rui Rio conseguiu no distrito do Porto a sua maior diferença face ao challenger de então, com mais de 1700 votos a separar os dois. Para se ter uma noção da importância deste resultado na altura, Rio derrotou Montenegro na segunda volta por pouco mais de 2 mil votos.

Agora, a realidade pode ser muito diferente. Das 19 concelhias que compõem a distrital do Porto, 18 estão com Paulo Rangel. A exceção é a Póvoa de Varzim, que, apesar de ser há muito um bastião do PSD a Norte, é residual para efeitos de contabilidade interna — há dois anos, votaram apenas 170 militantes.

Contas feitas, além de o líder da distrital, Alberto Machado, ter mudado de lado, as maiores concelhias como Gaia (881 votantes), Maia (759), Trofa (510) ou Gondomar (501), que antes tinham estado com Rui Rio, estão agora com Rangel.

Mas há fatores que, ainda assim, não devem ser ignorados: há dois anos, o então líder da concelhia do Porto, Hugo Neto, esteve sempre na oposição a Rio, primeiro com Miguel Pinto Luz, depois com Luís Montenegro. Das duas vezes, no entanto, o antigo presidente da Câmara do Porto conseguiu vencer na concelhia, que vale cerca de 900   votos. Na segunda volta, aliás, fê-lo por números muito expressivos (612 contra os 287 de Montenegro).

O Observador sabe que Rui Rio se vai empenhar pessoalmente em tentar virar o jogo a seu favor. De resto, o primeiro sinal já foi dado: ao contrário do que estava inicialmente previsto, a apresentação da recandidatura não vai ser em Lisboa mas sim na cidade do Porto, uma decisão que o líder social-democrata justificou com as “atuais circunstâncias políticas internas”.

Braga: tendência Paulo Rangel

Há dois anos, foi um dos distritos que mais atenções concentrou na noite eleitoral: quem venceria, Rui Rio ou Luís Montenegro? A vitória acabou por sorrir ao antigo líder parlamentar, mas não por números tão expressivos como gostaria (cerca de 300 de diferença para Rio), resultado que não permitiu anular a supremacia de Rio noutros pontos do país, como no Porto, por exemplo.

A situação é bastante diferente, desta vez. Desde logo, porque os protagonistas mudaram e/ou mudaram de lado. José Manuel Fernandes, então líder da distrital de Braga, estava com Rio e desta vez está com Rangel. É verdade que já não ocupa o cargo na distrital, mas mantém completamente intacta a sua influência, em particular na poderosa concelhia de Vila Verde (749 votantes), maior do que muitas distritais. Mais: a saída de Rangel do palco europeu fará de José Manuel Fernandes o rosto principal do PSD em Bruxelas, o que aumentará ainda mais o seu poder dentro e fora do partido.

Paulo Cunha, o novo líder da distrital, era então presidente da Câmara de Famalicão e o homem forte de Luís Montenegro — para se ter uma ideia, o antigo líder parlamentar conseguiu quase 700 votos de diferença para Rio, a maior vitória relativa de Montenegro em todo o país. Hoje, Paulo Cunha é líder da distrital mas já não é autarca (preferiu não concorrer a um terceiro mandato) e não vai tomar posição nesta corrida.

Segundo apurou o Observador, o sucessor de Paulo Cunha na autarquia de Famalicão, Mário Passos, deverá apoiar Paulo Rangel na corrida contra Rio. O que torna as contas ainda mais difíceis para o líder do PSD: com Vila Verde e Famalicão alinhadas, Rangel pode ter as duas maiores concelhias de Braga (e das maiores do país) do seu lado.

Há atenuantes, claro. Carlos Eduardo Reis, pró-Rio, foi um dos grandes responsáveis pela conquista da Câmara de Barcelos para o PSD e exercerá toda a sua (renovada) influência para fazer mais uma prova de vida . O vice-presidente do PSD, André Coelho Lima, também tentará fazer estragos em Guimarães e zonas circundantes, tal como Rui Morais, vice-presidente da concelhia de Braga.

Somadas, as concelhias de Braga (530), Barcelos (909) e Guimarães (353) valeram quase 1900 votos em urna nas últimas diretas. Caírem todos para o lado de Rio é uma impossibilidade teórica, mas é neste esforço de recuperação da desvantagem que reside grande parte da esperança dos homens de Rio.

Daí que o distrito de Braga, sabe o Observador, seja vista como a grande peça do puzzle que falta encaixar: se virar por números redondos para Rangel, as hipóteses de Rio ficam bem mais reduzidas; se for possível partir Braga ao meio, então será possível continuar a disputar o partido noutros pontos do país.

Lisboa: tendência Paulo Rangel

O distrito de Lisboa será, à partida, para Paulo Rangel, da mesma forma que caiu para Miguel Pinto Luz na primeira volta das últimas diretas e para Luís Montenegro na segunda volta da mesma eleição. Detalhe: Rui Rio teve uma boa votação no voto livre. O atual líder conseguiu cerca de 35% dos quase quatro mil votos. Mesmo na concelhia de Lisboa, Rio conseguiu amealhar 518 votos contra 906 de Montenegro. Só esta concelhia, tendencialmente anti-Rio, deve valer perto de dois mil votos.

Na distrital e nas concelhias a ordem é: ninguém fala até haver eleições para a distrital, que vão ocorrer a 6 de novembro, um mês antes das diretas. Mas no Conselho Nacional, os conselheiros de Lisboa votaram contra Rio na questão do adiamento das diretas.

O líder da distrital, Ângelo Pereira, está em silêncio, mas o lugar natural é no lado oposto ao de Rio. Na concelhia de Lisboa, as fações devem alinhar-se do lado de Rangel (a família Gonçalves, bem como as tropas de Luís Newton) — embora até à data das diretas possam sempre existir surpresas. O voto livre será a força de Rio nesta concelhia, que lhe deu sempre melhores votações que as expectativas.

Na concelhia de Cascais, que pode representar cerca de 800 votos, o eixo Pinto Luz-Carreiras deve ser suficiente para que Rangel vence a concelhia. Rio poderá tentar furar por via do grupo de Ricardo Batista Leite, que é seu vice-presidente da bancada. O atual líder pode ainda tentar equilibrar a mais pequena concelhia de Oeiras (500 votos) com alguns votos de “PSDs Isaltinos” e o apoio de David Justino e Isabel Meirelles. Ainda assim, a única concelhia que pode cair com mais naturalidade para Rio será Mafra, em que o líder dos Autarcas Sociais Democratas, Helder Sousa Silva, deverá posicionar-se ao lado do atual líder.

À partida será um distrito para Paulo Rangel conseguir ganhar vantagem significativa a Rio. Montenegro conseguiu uma vantagem de 1182 votos na segunda volta. Uma vantagem similar pode ser preciosa para o eurodeputado.

Aveiro: tendência Indefinida

Na terra do homem do aparelho de Rio, Salvador Malheiro, as contas estão mais equilibradas no que noutros distritos, mas Rangel deverá ter a vida mais facilitada do que Luís Montenegro teve há dois anos. Há uma grande concelhia, Santa Maria da Feira, que pode ser essencial para vencer uma distritos, uma vez que vale cerca de 900 votos num universo de 4000 votantes do distrito e teve taxas de participação altíssimas nas últimas diretas, que rondou os 88%. Vale cerca um quarto da votação.

Rio conseguiu há dois anos ganhar na Feira, apesar de o presidente da câmara e da concelhia, Emídio Sousa, ter apoiado Luís Montenegro. Emídio Sousa está agora ao lado de Rangel, que deve conseguir conquistar com facilidade a concelhia, já que as tropas de António Topa já não estão a mobilizar para Rui Rio como fizeram há dois anos, motivados por guerras fraticidas de anos e anos contra Montenegro no distrito.

A própria concelhia de Aveiro irá cair para Rangel, já que o líder da concelhia, Vítor Martins está em rutura total com Salvador Malheiro. Chegou a recorrer para o Tribunal Constitucional contra o partido. Aveiro é uma concelhia média, que vale 500 votos e que Rio tentará furar com o apoio do presidente da câmara e antigo secretário geral, Ribau Esteves, que defendeu o atual líder no último Conselho Nacional e está em guerra aberta com Vítor Martins.

Salvador deverá conseguir anular o ganho de Rangel na concelhia de Aveiro a conseguir que os cerca de 450 votos, mais disciplinados, em Ovar, caiam para Rui Rio. Apesar da guerra que Malheiro tem com Pedro Coelho, antigo presidente da concelhia, e com o seu antigo braço-direito, Henrique Araújo, não deve beliscar a vitória esmagadora de Rio na concelhia.

A concelhia de Aveiro emitiu mesmo um comunicado esta quarta-feira a dizer que aprovou por unanimidade o apoio a Paulo Rangel por considerar que terá uma “liderança forte” e critica o PSD de Rio que diz que “parou no tempo”.

Espinho e Vagos são concelhias controladas por montenegristas, como o são o caso do reeleito Silvério Regalado ou as tropas de Pinto Moreira, embora enfraquecido por o seu sucessor não ter conseguido segurar a câmara. As duas concelhias juntas valem quase 600 votos, a dúvida é saber se se mobilizam contra Rio sem ser “para votar no Luís”, que tem sempre uma palavra a dizer no distrito.

As surpresas que podem vir das ilhas

Madeira — Tendência Indefinida

Os “votos da Madeira” foram o psicodrama das diretas de 2020. Em julho de 2019, o Conselho Nacional do PSD aprovou novas regras de pagamento de quotas que excluíam por completo a possibilidade de existirem pagamentos em dinheiro vivo. Quando chegou a altura das direitas, o PSD-Madeira, que tem um estatuto e uma autonomia próprios, comprou um braço de ferro com a sede nacional e decidiu ignorar essas mesmas regras. Resultado: apesar dos mais de 2 mil inscritos para votar, os votos da Madeira foram considerados nulos nessas eleições.

Existe, por isso, uma grande expectativa para saber o que vai acontecer em dezembro e de perceber em que moldes vai decorrer essa votação. O secretário-geral do PSD-Madeira, José Prada, revelou recentemente ao Diário de Notícias da Madeira que já tinha chegado a acordo com o secretário-geral-adjunto Hugo Carneiro para que os militantes com quotas pagas pudessem participar nas próximas diretas. Resta saber para que lado vão cair esses votos.

Neste momento, há ainda uma grande incógnita para perceber como se vão posicionar os diferentes protagonistas. Os homens de Paulo Rangel desconfiam que Rui Rio vai forjar uma aliança com Miguel Albuquerque e Alberto João Jardim, um eixo que, estando oleado, pode infligir uma pesada derrota ao eurodeputado.

Já Rangel vai contar com o apoio de Rui Abreu, ex-secretário-geral do PSD-Madeira, que já tinha estado com Miguel Pinto Luz na primeira volta das diretas de 2019 e que, nessa altura, fez uma expressiva demonstração de força: dos 1.712 militantes que de facto votaram, Pinto Luz teve o voto de 863 votos, mais do que Rio e Montenegro somados.

Açores: tendência Rui Rio

Os homens de Paulo Rangel contavam com a neutralidade de José Manuel Bolieiro, presidente do Governo Regional dos Açores e antigo membro da direção de Rui Rio, mas o mais certo é que a estrutura açoreana venha mesmo a apoiar o presidente do partido nesta recandidatura.

Assim, Rio deve contar com a influência do tridente composto por Bolieiro, pelo deputado açoriano António Ventura e pelo presidente da Câmara de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral para conseguir uma expressiva vitória no arquipélago.

É verdade que, há dois anos, os Açores foram praticamente inexpressivos face à contabilidade nacional do partido, tendo votado menos de 500 militantes. No entanto, a expectativa é a de que, com o PSD de regresso ao poder depois de décadas de governação socialista, esse universo de votantes venha a engordar — e que engorde também as hipóteses de vitória de Rio e a diferença para Rangel.

As sete distritais com que Rio conta

Quanto ao mais, os operacionais estão a contar com a vitória em sete distritais. São elas: Bragança, Vila Real, Viana do Castelo, Guarda, Évora, Beja e Faro. Apesar das convicções das tropas de Rio, nem todos os casos serão tão evidentes — a contagem de espingardas, mesmo por quem a faz no terreno, é sempre um exercício arriscado.

Bragança (1280 votantes) e Vila Real (1209), no entanto, não devem fugir a Rui Rio. Há dois anos, na primeira volta, o líder social-democrata teve vitórias expressivas, sobretudo no último caso, onde Rio conseguiu quase mais 500 votos que Montenegro — os suficientes para anular algumas das maiores estruturas do país.

Viana do Castelo (1155) também deve cair para Rio. A equipa do líder social-democrata conta com a influência de Olegário Gonçalves, líder da distrital e homem forte dos Arcos de Valdevez, e com Eduardo Teixeira, líder da concelhia de Viana do Castelo e candidato à Câmara nas últimas autárquicas.

Na Guarda (1288 votantes), Rio também conseguiu uma importante vitória, com quase mais 400 votos do que Luís Montenegro. A dupla Carlos Condesso e Carlos Peixoto deve continuar alinhada com Rio, ainda que o aparelho local tenha entrado em polvorosa depois da demissão de Sérgio Costa, que se afastou da concelhia em rutura para ser candidato (independente e vitorioso) à autarquia da Guarda.

No braço de ferro entre distrital e concelhia, a direção de Rio esteve com os primeiros. É provável que a distrital esteja também com o líder do PSD.

Évora (305 votos) e Beja (276), estruturas de pequena dimensão, devem manter-se fiéis a Rui Rio. Já Faro (848) é um caso mais bicudo: a estrutura de campanha de Rio admite contar com a distrital e confia que o líder da distrital, David dos Santos, e o presidente da autarquia, Rogério Bacalhau, esteja com Rio.

Há, neste aspeto, mensagens contraditórias. Dois dirigentes locais algarvios — um neutro e outro que apoia Rangel — dizem ao Observador que as concelhias de Faro e Loulé, que representam quase metade do distrito, podem cair para o eurodeputado por desilusão de vários militantes com Rui Rio.

Distritais órfãs de Montenegro mais próximas de Rangel

Paulo Rangel leva vantagem em pelo menos três das principais distritais — essenciais para quem quiser vencer o partido — mas também conta com a vitória em distritos mais pequenos que, todos somados, têm relevância. Setúbal, Santarém, Leiria, Viseu, Portalegre e Coimbra são alguns dos locais em que Rangel amealhou apoios importantes.

O líder da distrital de Coimbra — estrutura que terá à volta de 1200 votantes — já veio “manifestar publicamente” o apoio a Paulo Rangel e até faz parte da direção de campanha do eurodeputado. O líder distrital diz que Rangel “reúne as condições pessoais e políticas para unir, agregar e mobilizar o partido e apresentar um projeto político com visão de futuro que se supere na ambição”.

Na mesma linha de Rangel, Leitão quer contrariar aquilo que considera ser uma “errada” estratégia de Rio de “aguardar pelo natural desgaste da governação, sem qualquer esforço ou intenção de empreender uma real oposição”. Rio terá, principalmente na concelhia de Coimbra, alguns votos garantidos por Maló de Abreu, mas a distrital — que já antes tinha estado com Montenegro — deve alinhar novamente pelos não-Rio.

Rio venceu em Santarém, mas desta vez a distrital deve mesmo cair para Paulo Rangel. Há muito que autarcas do distrito como Ricardo Gonçalves (autarca de Santarém, que se zangou com Rio por Morais Sarmento ter forçado a integração de Duarte Marques nas listas de deputados) ou Vasco Estrela estão afastados de Rio.

O líder distrital, João Moura, nunca foi dado como seguro do lado de Rio. Outras figuras com alguma influência no distrito, como o próprio deputado Duarte Marques, vão posicionar-se naturalmente com Rangel. É certo que Rio terá concelhias como Rio Maior, da sua vice-presidente Isaura Morais, mas não deverá ser suficiente para ganhar o distrito.

No caso de Viseu seria um distrito que cairia, de forma lógica, para Paulo Rangel, mas a experiência das diretas de 2020, mostra que Rio consegue furar com muita eficácia no antigo Cavaquistão. Luís Montenegro, que tinha o apoio da distrital e de Pedro Alves, venceu na segunda volta por apenas quatro votos: 668 contra 664 de Rio. Leiria é outro distrito que vota, tradicionalmente, contra Rio, mas a indefinição é grande.

Em Portalegre, Rio não ganhou nem em 2018, nem em 2020. E agora também não é previsível que consiga vencer o distrito. A atual presidente da câmara de Portalegre e vice-presidente da distrital, Fermelinda Carvalho, era a mandatária de Luís Montenegro nas últimas diretas. O então diretor de campanha de Montenegro, o ex-vice-presidente da JSD Diogo Cúmano, também deverá alinhar no lado oposto ao de Rio.