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O novo coronavírus “não tem contemplações”. É “injusto, cruel, implacável e vai atacar, seja Natal ou não”. É por isso que, em entrevista ao Observador, Rui Nogueira, médico de saúde geral e familiar, considera que as medidas do Governo para o Natal (tal como as do Ano Novo o foram) deveriam ser revistas, são “demasiado permissivas” e “desadequadas” à realidade epidemiológica da Covid-19 em Portugal.

Neste momento, os números de novos casos de infeção pelo novo coronavírus continuam com tendência decrescente, mas a um ritmo inferior ao que tinha vindo a ocorrer antes de 1 de dezembro. As limitações impostas nos primeiros dois fins de semana prolongados deste mês, devido aos feriados de 1 e 8, que envolveram, entram várias outras medidas, o recolhimento obrigatório às 13h00 e a proibição da circulação entre concelhos, tiveram um impacto menos forte do que se julgava: a pandemia no país está agora num planalto, mas inclinado.

A comparação parte de Carlos Antunes, professor e investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, cujas contas em dezenas de folhas de Excel — tantas que o programa começa até a dar sinais de exaustão — servem de apoio ao Governo para delinear as medidas de combate à epidemia de Covid-19. Até ao início do mês, a incidência de contágios diminuía 2% diariamente. Agora, decresce 1,3%.

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