A frase/missão que recebe os visitantes no site da Herdade do Esporão não deixa margem para dúvidas quanto ao compromisso da marca com a sustentabilidade e respeito pelo ecossistema local: “Fazer os melhores produtos que a Natureza proporciona.”
É certo que muitas empresas e marcas falam de sustentabilidade, mas poucas praticam, realmente, o que pregam. Não é, contudo, o caso da Herdade do Esporão, já que as suas palavras e conceito de comunicação têm encontrado extensão em ações bem concretas: por exemplo, desde 2019 que todos os seus vinhos têm certificação biológica.
Os primeiros vinhos do Esporão a apresentarem essa certificação foram os da gama Colheita, em 2015. E são esses que agora dão novo passo na afirmação do compromisso ambiental da marca, trazendo a natureza para primeiro plano. Afinal, e como afirmam, estes são “vinhos feitos ao ritmo da natureza”.
A nova colheita trouxe, assim, uma nova imagem para os vinhos Colheita: mais fresca, direta e vibrante, como os próprios vinhos, cujo perfil tem vindo a ser aprimorado nesse sentido, com estágio em cubas de betão em forma de tulipa, sem contacto com madeira. Mas também, e aqui é que reside a novidade, com muito menos impacto ambiental.
Em primeiro lugar, estes vinhos deixaram de incluir a tradicional cápsula que envolve o gargalo, o que permitiu uma redução na ordem das 5 toneladas de alumínio. Note-se que a sua eliminação não causa qualquer impacto na qualidade dos vinhos, já que atualmente, com o rigor de higiene presente nas adegas, as cápsulas servem apenas como elemento decorativo ou de b.
Outro elemento que também foi eliminado destas garrafas foi o estampado – que era dourado no caso dos brancos e vermelho no dos tintos. À conta disto, utilizaram-se menos 26 quilómetros de película de papel, composta por alumínio e plástico. Para se ter uma ideia, trata-se sensivelmente da distância que separa Lisboa de Cascais.
Os novos rótulos dos vinhos Colheita, apesar de minimalistas, têm o condão de realçar o papel decisivo da fauna e flora local na produção dos vinhos e no equilíbrio do ecossistema, que é, aliás, essencial para uma produção biológica bem-sucedida.
Assim, o Colheita Tinto destaca a festuca, uma gramínea incluída nas sementeiras dos enrelvamentos da vinha que ajuda a fixar predadores de pragas, a diminuir a erosão do solo e que facilita a circulação de máquinas. Já o Colheita Branco celebra a crisopa, inseto predador auxiliar que é um grande aliado no combate às pragas na vinha.
A partir de agora, o objetivo da marca é, em cada um destes rótulos, contar uma história sem artifícios desnecessários. Assim, nos vinhos Colheita do próximo ano serão destacados outros elementos essenciais à produção deste vinho. Ou não fosse ele um dos melhores produtos que a Natureza ali proporciona.