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epa11629050 A handout picture made available by the Ukraine Presidential Press Service shows Ukrainian President Volodymyr Zelensky (L) and Republican presidential candidate Donald J. Trump (R), during their meeting in the Trump Tower in New York, USA, 27 September 2024. Ukrainian President Volodymyr Zelensky arrived in the USA on 22 September 2024 to meet with top officials and present his plan to stop the war with Russia.  EPA/UKRAINE PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / HANDOUT  HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES
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Ainda não é certo o que Donald Trump vá fazer e se vai manter a promessa de terminar com o conflito em apenas "24 horas".

UKRAINE PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / HANDOUT/EPA

Ainda não é certo o que Donald Trump vá fazer e se vai manter a promessa de terminar com o conflito em apenas "24 horas".

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Guerra na Ucrânia vai acabar? Zelensky corteja Trump e Rússia avisa que o conflito não vai terminar "do dia para a noite"

Foi uma das promessas de Trump na campanha: o fim da guerra num dia. Zelensky usa tom amigável com o magnata e não quer assinar acordo de paz contrariado. Mas Putin também não está disposto a ceder.

Foi uma promessa mantida ao longo da campanha. Em vários comícios e eventos partidários, o Presidente eleito dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, garantiu que ia acabar com a guerra na Ucrânia em “apenas 24 horas”. O republicano nunca explicou de que maneira é que ia pôr fim ao conflito entre Kiev e Moscovo, que dura há dois anos e meio, mas já deixou no ar que pondera terminar com o apoio militar e financeiro norte-americano que tem sustentado o esforço de guerra ucraniano.

entourage e os apoiantes mais à direita de Donald Trump defendem abertamente o fim do apoio à Ucrânia. Uma das principais vozes, que admitiu que “não quer saber da Ucrânia”, é a do vice-presidente eleito, JD Vance. O republicano até já apresentou um plano que prevê que a Ucrânia ceda alguns dos territórios atualmente controlados pela Rússia, em troca da garantia de que o Presidente russo, Vladimir Putin, mantenha a “independência e neutralidade” do restante território ucraniano. Zelensky, por outro lado, tem insistido sempre que a paz não pode ser conseguida à custa da perda de territórios pela Ucrânia.

Ainda não é certo o que Donald Trump vai fazer e se vai manter a promessa de terminar com o conflito em apenas “24 horas”. Em setembro de 2024, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, encontrou-se com o republicano. O magnata até disse que “mantinha uma relação muito boa” com o Chefe de Estado ucraniano, mas também ressalvou que se dá bem com o Presidente russo. “Se ganhar, vamos resolver isto muito rapidamente”, prometeu o republicano após a reunião.

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Reunião de Trump e Zelensky em setembro de 2024 em Nova Iorque

Getty Images

Diplomaticamente, Volodymyr Zelensky está empenhado numa ofensiva para que o apoio norte-americano não termine de um momento para o outro. Na noite desta quarta-feira, o Presidente ucraniano escreveu nas redes sociais, em tom elogioso, que manteve uma “excelente conversa ao telefone” com Donald Trump. “Dei-lhe os parabéns por uma vitória esmagadora e pela sua tremenda campanha”, saudou o Chefe de Estado. “Concordámos em manter um diálogo próximo e avançar com a cooperação. Uma liderança forte dos Estados Unidos é vital para o mundo e para uma paz justa.”

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Numa relação mais complexa com os Estados Unidos, a Europa olha para a resolução da guerra em 24 horas com muita apreensão. A cedência de territórios ucranianos à Rússia seria encarado como um presente para Vladimir Putin e é algo a que os países europeus, principalmente aqueles que partilham fronteira com território russo, se opõem liminarmente, temendo que a solução possa incentivar a Rússia a atacar um país europeu.

Na ressaca da vitória de Donald Trump, o eixo franco-alemão já reagiu e marcou uma reunião entre os ministros da Defesa dos dois países para os próximos dias. O secretário-geral da NATO, o neerlandês Mark Rutte, escreveu um editorial no Politico a lembrar que os apoios fornecidos à Ucrânia são um “pequeno preço a pagar pela paz”. Os próximos tempos são de incerteza para a relação transatlântica e para um tópico que até agora unia Washington e as capitais europeias: o apoio a Kiev.

Próximos tempos são de incerteza para a relação transatlântica e para um tópico que até agora unia Washington às capitais europeias: o apoio a Kiev

Getty Images

Zelensky felicita e negoceia com Trump. Europa prepara-se para embate

Pouco após Donald Trump terminar de discursar e declarar vitória, o Presidente ucraniano recorria às redes sociais para congratular a “vitória eleitoral impressionante” republicana. Volodymyr Zelensky recordou a “reunião fantástica” com o republicano em setembro, sinalizando que aprecia “o compromisso do Presidente Trump da ‘paz através da força’ nas relações internacionais”. “Este é exatamente o princípio que pode tornar a paz mais próxima da Ucrânia.”

O tom das publicações de Volodymyr Zelensky nas redes sociais é conciliatório e amigável, tentando evitar qualquer tensão com o republicano, reconhecido apreciador de manifestações de cortejo que lhe sejam dirigidas. As mensagens do líder ucraniano denotam até o que pode ser interpretado como uma certa bajulação de Kiev: “Esperamos ansiosamente por uma nova era dos Estados Unidos da América sob a liderança decisiva do Presidente Trump.”

Volodymyr Zelensky recordou também o magnata de que há fações dentro do Partido Republicano que apoiam o esforço de guerra ucraniano. Por exemplo, a antiga candidata nas primárias republicanas, Nikki Haley, advogava que os Estados Unidos deviam continuar a apoiar a Ucrânia. “Continuamos a contar com um forte apoio bipartidário dos Estados Unidos à Ucrânia. Estamos interessados em desenvolver uma cooperação mutuamente benéfica em termos económicos e políticos que vá beneficiar ambos os países”, acrescentou o Chefe de Estado ucraniano.

Além disso, o Presidente ucraniano realçou que “a Ucrânia, como uma potência militar, está comprometida a garantir paz e a segurança a longo prazo à Europa e à comunidade transatlântica”. Esta ideia deve ser explorada por Volodymyr Zelensky nos próximos tempos — e pode servir como uma moeda de troca para tentar moderar Donald Trump em eventuais negociações com a Rússia: substituir contingentes norte-americanos por ucranianos na Europa.

Este é, aliás, um dos pontos do plano da vitória da presidência ucraniana que Volodymry Zelensky tornou público quando o apresentou perante o parlamento do país. “Após esta guerra, a Ucrânia vai ter um dos maiores e mais experientes contingentes militares. Essas pessoas, pessoas reais, os nossos militares, terão experiência real num cenário de guerra moderna, vão saber usar armas ocidentais e já interagiram com as tropas da NATO. A experiência ucraniana deve ser usada para fortalecer a defesa de toda a aliança assegurar a segurança na Europa.”

Destacando esta medida na mensagem em que congratulava Donald Trump pela vitória nas eleições de 5 de novembro, o Presidente ucraniano está a tentar usar a máxima ‘paz através da força’ — e já a negociar com o magnata, que ganhou a fama de gerir o país como se fosse uma empresa. Volodymyr Zelensky está consciente de que o apoio norte-americano é vital para a Ucrânia — e espera que o magnata reconsidere as suas posições e adopte uma linha mais moderada. “Trump fala muito, mas eu ainda não o ouvi dizer que ele ia reduzir o apoio à Ucrânia”, comentou o líder ucraniano a 29 de outubro, numa visita à Islândia.

"Trump fala muito, mas eu não o ouvi dizer que ele ia reduzir o apoio à Ucrânia"
Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia

O foco da Ucrânia passará, igualmente, por explorar uma boa relação entre os dois Presidentes. Por exemplo, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiha, frisou que os dois líderes têm um “diálogo que se prolonga no tempo, construtivo e orientado para resultados”. “Vamos trabalhar em conjunto para fortalecer a parceria estratégia entre os EUA e a Ucrânia e trazer uma paz justa, duradoura e extensa. Contamos com a liderança decisiva norte-americana.”

Ao jornal Le Monde, o antigo diplomata norte-americano e deputado ucraniano Bohdan Iaremenko projeta que os próximos tempos serão de “crise” nas relações entre Washington e Kiev. No entanto, numa nota mais positiva, o parlamentar assinala que “o Presidente Trump é bem capaz de mudar de ideias sob pressão dos seus conselheiros e sob pressão da opinião pública”.

Bohdan Iaremenko apontou também que a Ucrânia se foi preparando diplomaticamente para a vitória dos republicanos. O plano da vitória e a preparação de uma nova cimeira de paz que conte com a participação da Rússia foram formas de “criar um contexto político ou um momento que não permita que as partes em questão mudem radicalmente a sua posição após as eleições presidenciais”. Segundo explica ainda o parlamentar, a liderança ucraniana tem tido alguns “sinais contraditórios” sobre o futuro, mas alguns são mesmo considerados “positivos”.

Trump é "imprevisível" e pode mudar a opinião sobre a Ucrânia, acredita Bohdan Iaremenko

Alex Wong/Getty Images

Ainda que Donald Trump exerça uma forte influência no Partido Republicano, a Ucrânia também terá de convencer a ala MAGA (Make America Great Again, o slogan usado pelos membros mais à direita), abertamente contra o apoio à Ucrânia, sendo JD Vance um dos rostos dessa linha. O vice-presidente eleito detalhou, em entrevista ao New York Times, que pretende “congelar as linhas territoriais” em alguns locais, em troca de a Ucrânia se manter neutral, impossibilitando, por exemplo, a entrada de Kiev na NATO

“Não sou ingénuo. Penso que os russos pediram muitas coisas de forma desonesta, mas a neutralidade é claramente algo que eles veem como primordial”, prosseguiu JD Vance, que admitiu que, contrariamente ao que vários membros MAGA defendem, “vai continuar a haver alguma assistência securitária de longo prazo” à Ucrânia. Na mesma entrevista, o vice-presidente eleito deixou ainda a garantia: “Não temos interesse em que a Rússia controle o resto da Ucrânia.”

Putin não deverá congratular diretamente Trump, mas aliados não escondem satisfação com derrota de Kamala

Do Kremlin, em concreto, não surgiu qualquer sinal oficial de entusiasmo à vitória de Donald Trump. O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, disse que não está a par de “nenhum plano” de Vladimir Putin para congratular pessoalmente o republicano. “Não nos esqueçamos de que estamos a falar de um país hostil que está direta ou indiretamente envolvido numa guerra contra o nosso Estado.”

"Não nos esqueçamos de que estamos a falar de um país hostil que está direta ou indiretamente envolvido numa guerra contra o nosso Estado"
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, sobre os Estados Unidos

Donald Trump nunca escondeu que mantém uma “muito boa relação” com o Presidente russo, mas Vladimir Putin é bastante mais parco em elogios. Por agora, o Kremlin sublinhou que quer “avaliar Donald Trump por atos concretos”, recordando que as relações russas e norte-americanas estão no “ponto mais baixo de sempre”. “Veremos o que acontece em janeiro”, deixou no ar Dmitry Peskov.

Contudo, o porta-voz do Kremlin mandou um recado a Donald Trump. O conflito na Ucrânia não pode terminar “de um dia para o outro”, parecendo criticar a promessa do republicano de terminar a guerra em apenas 24 horas. “Temos afirmado repetidamente que os Estados Unidos estão em posição de pôr fim a este conflito. Uma vez que os Estados Unidos estão a alimentar este conflito e estão diretamente envolvidos nele, acredito que os Estados Unidos podem mudar o rumo da política externa que adotaram”, afirmou.

Num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo publicado esta quarta-feira, há um certo elogio tímido a Donald Trump. A campanha republicana “mostrou os assuntos que são do interesse do eleitorado, nomeadamente a economia e a imigração ilegal, como contrapeso ao percurso globalista da Casa Branca”. A diplomacia russa enfatiza, contudo, que não tem qualquer “ilusão sobre o Presidente eleito”, colocando também na mira as “elites que governam os Estados Unidos”: “Aderem a princípios anti-russos e alinham na política de conter Moscovo.”

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Putin não deverá congratular publicamente Donald Trump pela vitórias nas eleições

POOL/AFP via Getty Images

“Essa linha não depende de mudanças no barómetro da política interna norte-americana, independentemente de se for Trump ou os seus apoiantes” a ocupar a Casa Branca, vincou o ministério, acrescentando que a Rússia vai interagir com a nova administração, sempre tendo em conta os “interesses nacionais da Rússia, e trabalhar para alcançar todos os objetivos da operação militar especial” — como a desmilitarização ou desnazificação da Ucrânia. “As nossas condições não mudaram e Washington está bem consciente disso.”

Entre os aliados de Vladimir Putin, houve quem comemorasse com mais euforia. O atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, saudou que Kamala Harris tivesse perdido as eleições. No X, o ex-Presidente russo declarou ainda que os “objetivos da operação militar especial mantêm-se inalterados e serão atingidos”.

Nos corredores do Kremlin, em privado, as reações à vitória de Donald Trump são mistas. Segundo apurou o jornal independente Meduza junto de uma fonte próxima da presidência, a elite política russa não vê com maus olhos o republicano, esperando que termine com o apoio norte-americano à Ucrânia. “Ele fala sobre o conservadorismo, é rico, tem sucesso e não insulta a Rússia. É um tipo decente. Trump é como se fosse ‘do nosso tipo’ — no sentido em que ele é como nós”, salientou a mesma fonte, contrapondo que a perceção sobre Kamala Harris é bastante mais negativa: “Era alguém completamente incompreensível.”

Ao Meduza, outra fonte próxima do governo mostra-se mais cética. “Trump é uma pessoa impulsiva — faz o que quer. Talvez até tenha algum impacto na Ucrânia, mas um acordo significa fazer cedências, incluindo por parte da Rússia. E, até agora, não parece que o Presidente [Putin] esteja disposto a fazer concessões”, considera, recordando que Vladimir Putin tem-se empenhado na missão de “construir uma coligação” contra o Ocidente, incluindo com países que o Chefe de Estado eleito vê como inimigos — como a China ou o Irão.

As mensagens que os líderes russos têm difundido mostram que Vladimir Putin não está disposto a fazer cedências nas negociações relativamente à Ucrânia. E tudo parece indicar que ou Presidente eleito norte-americano aceita os termos de um acordo elaborado exclusivamente pela Rússia (em que sai por cima e a Ucrânia acaba humilhada) ou, então, o conflito não será resolvido na mesa das negociações.

Europa começa a agir com o eixo franco-alemão coordenado

A poeira ainda nem tinha assentado quando a diplomacia alemã e francesa anunciaram, na manhã desta quarta-feira, que já se tinham reunido para debater o “novo contexto” que decorre da eleição de Donald Trump para a Casa Branca. O chanceler alemão, Olaf Scholz, assumiu que a União Europeia deve “manter-se ligada e agir de uma forma unida” em relação a vários tópicos — incluindo o da Ucrânia.

“Mais do que nunca, os europeus estão sozinhos.” Trump na Casa Branca pode ditar o fim da NATO?

No mesmo sentido, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, acredita que os Estados Unidos vão manter-se como um aliado da Europa, mas prevê que a “Ucrânia vá precisar do apoio ilimitado da Europa”. Ao mesmo tempo, o governante defendeu que os países europeus “reforcem a soberania, estejam suficientemente unidos e deixem os egoísmos para trás”.

Esta quinta-feira, já será possível perceber os primeiros sinais sobre quão forte é a unidade europeia relativamente à eleição de Donald Trump. Em Budapeste, na Hungria, vai organizar-se uma cimeira da Comunidade Política Europeia, que reunirá os 27 Estados-membros e líderes de outros vinte países europeus. Entre os convidados está Volodymyr Zelensky, que já confirmou a presença no encontro. A guerra na Ucrânia será inevitavelmente um dos temas em destaque.

Apesar dos apelos à união, há um líder europeu, anfitrião da Comunidade Política Europeia desta quinta-feira, que destoa da ideia de continuar a apoiar a Ucrânia. O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, prevê que, com a vitória de Donald Trump, a Europa não pode continuar a assumir um posicionamento “pró-guerra”: “A Europa não pode suportar o fardo [da guerra] sozinha. Se os norte-americanos escolherem a paz, então teremos de nos adaptar”. “É isso que vamos discutir em Budapeste”, adiantou.

epa11473669 A handout photo made available bythe Hungarian PM’s Press Office shows Hungarian Prime Minister Viktor Orban (L) and former US president and Republican presidential candidate Donald Trump (R) posing for photographs during their meeting in Trump's Mar-a-Lago estate in Palm Beach, Florida, USA, 11 July 2024.  EPA/Zoltan Fischer HANDOUT HUNGARY OUTHANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES

Viktor Orbán e Donald Trump têm posições semelhantes no que toca à Ucrânia

Zoltan Fischer HANDOUT/EPA

Sem o apoio norte-americano em termos de armamento, será mais difícil para os militares ucranianos sustentarem a atual ofensiva russa no Donbass e outras partes do território. A Europa sente que, por uma questão estratégica, não deve deixar cair a Ucrânia; mas surgem dúvidas sobre se o continente europeu terá capacidades militares e financeiras para o fazer.

No mesmo sentido, Volodymyr Zelensky já garantiu que não vai aceitar quaisquer cedências territoriais e espera que Donald Trump reconsidere algumas das suas posições, não permitindo que a Ucrânia assine a contragosto um acordo de paz com a Rússia, que também não está disposta a fazer concessões. Mesmo que até não o admita, o republicano terá a tarefa difícil de construir pontes entre duas partes que estão muito distantes. Em alternativa, pode dar a vitória a Moscovo — e abrir uma caixa de pandora na comunidade internacional, incentivando outras potências a seguir políticas expansionistas.

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