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No Reino Unido, as vacinas da AstraZeneca e Pfizer/BioNTech (as duas em uso) são dadas com 12 semanas de intervalo

AFP via Getty Images

No Reino Unido, as vacinas da AstraZeneca e Pfizer/BioNTech (as duas em uso) são dadas com 12 semanas de intervalo

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Há risco em adiar a segunda dose da vacina? O que dizem os especialistas e as farmacêuticas e o que se faz noutros países

O coordenador da task force quer mais idosos vacinados. E há especialistas que dizem que adiar seis semanas até é conservador. Mas outros pedem que não se invente. Últimos dados mostram que resulta.

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O adiamento da segunda toma da vacina da Pfizer para os idosos com mais de 80 anos foi colocado em cima da mesa, esta quarta-feira, pelo coordenador da task force do Plano de Vacinação Covid-19. Na Comissão de Saúde da Assembleia da República, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo confirmou que pediu à Direção-Geral da Saúde (DGS) e ao Infarmed para avaliar esta possibilidade de adiar a segunda toma até duas semanas — o que permitiria administrar a primeira dose a mais de 200 mil idosos destas idades até ao final de março.

Da parte da Comissão Técnica de Vacinação contra Covid-19 da DGS, Gouveia e Melo tem garantido um parecer favorável a esse adiamento da segunda toma. E não por uma ou duas semanas, mas até por seis semanas. Manuel Carmo Gomes, epidemiologista e membro da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19, disse ao Observador que a posição da comissão foi tomada há muito tempo, já em janeiro, mantém-se desde aí e foi até reforçada pelos resultados da campanha de vacinação em Inglaterra e Escócia.

“A Comissão fez um apelo para que o parecer fosse divulgado pela DGS”, explica ao Observador Manuel Carmo Gomes. Depois de divulgado o parecer, será mais fácil explicar os motivos subjacentes a essa posição, diz o epidemiologista. “Tem a ver com a eficácia da primeira dose e a razão pela qual se pode adiar a segunda”, adianta.

“Sou muito pragmático: salvar vidas e antecipar a proteção é muito mais importante do que todos os outros compromissos.”
Vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, coordenador da task force do Plano de Vacinação Covid-19

Porque se quer adiar a toma da segunda dose?

Em resumo, porque faltam vacinas para se cumprirem as metas definidas no plano de vacinação.

O coordenador da task force disse, durante a audiência na Comissão da Saúde, que as alterações que quer fazer ao plano inicial servem três grandes objetivos: salvar vidas, proteger a capacidade de resposta do Estado e libertar a população e a economia. Se adiar a segunda dose da vacina lhe permitir ficar mais perto destes objetivos, tal como lhe tem sido dito pelos técnicos da área, o militar não hesitará em tomar essa decisão.

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“Sou muito pragmático: salvar vidas e antecipar a proteção é muito mais importante do que todos os outros compromissos.” Os outros compromissos a que Gouveia e Melo se referia eram, por exemplo, o facto de as pessoas terem atualmente a informação de que as duas doses da vacina são dadas com três semanas de intervalo (no caso da Pfizer, quatro semanas para a Moderna) e agora o prazo poder ser alargado por mais uma ou das semanas.

Para o coordenador da task force, o mais importante é ter as pessoas acima dos 80 anos com, pelo menos, uma dose vacina e algum nível de proteção. O que, com as constantes alterações aos planos de entrega das vacinas por parte das farmacêuticas, que estão consecutivamente a atrasar-se, se tem mostrado mais difícil. Além disso, disse o militar, a vacina da AstraZeneca não está recomendada para pessoas acima dos 65 anos. O Ministério da Saúde e a DGS preveem apenas que possa ser dada a pessoas dessas idade em caso de necessidade (como acontece face à escassez de outras vacinas).

Adiamento da segunda dose permite vacinar mais 200 mil idosos até fim de março

A posição do vice-almirante Gouveia e Melo distancia-se assim da que tomou o anterior coordenador da task force, Francisco Ramos, que disse que ia seguir a recomendação da EMA e o que os outros países estavam a fazer — dar a segunda dose depois de 21 dias para a vacina da Pfizer —, e não o que o parecer da Comissão Técnica sugeria. “A Comissão Técnica recomendou isso, de facto, mas não aceitamos.”

O Observador tentou obter mais esclarecimentos junto da task force, Ministério da Saúde e DGS, mas até ao momento não teve resposta.

A DGS aprova o aumento do intervalo entre as duas doses?

Ainda não houve comunicação oficial sobre o assunto — nem o Observador teve resposta às perguntas colocadas —, mas a Comissão Técnica de Vacinação contra Covid-19 da DGS tem a opinião formada desde janeiro: adiar, sim, e adiar para seis semanas (42 dias). O Infarmed confirma que também está envolvido na análise da possibilidade de adiamento, mas remete todos os esclarecimentos para a DGS.

“Não é independente do facto de que ser importante vacinar o maior número de portugueses, o mais rapidamente possível, especialmente numa altura em que já se começa a falar de desconfinamento”, diz Manuel Carmo Gomes. Por um lado, porque a escassez de vacinas está mais do que identificada e, por outro, porque não há qualquer evidência de uma redução da proteção. Antes pelo contrário, afirma o epidemiologista.

“E seis semanas é uma posição conservadora. Iria até mais longe.” 
Manuel Carmo Gomes, membro da Comissão Técnica de Vacinação contra Covid-19

“As farmacêuticas fizeram os ensaios clínicos em passo acelerado, dado o contexto catastrófico que vivíamos”, diz o professor. As três ou quatro semanas, definidas pela Pfizer e Moderna respetivamente, “eram o intervalo mínimo que podiam fazer”, defende, lembrando que o organismo demora cerca de duas semanas a criar a resposta imunitária. Dar o reforço antes da resposta imunitária estar estabelecida não fazia sentido. Por outro lado, ou faziam um intervalo curto entre doses nos ensaios clínicos, “ou nunca mais tínhamos vacinas”. Daí os prazos de 21 dias recomendados.

Sobre o facto de o coordenador da task force ter sugerido o adiamento especificamente nos idosos com mais de 80 anos — que, à partida, estão a tomar a vacina da Pfizer —, Manuel Carmo Gomes diz que a Comissão defende o adiamento da toma da segunda dose para as duas vacinas, quer a da Pfizer, quer a da Moderna (porque a da AstraZeneca já recomenda 12 semanas de intercalo), e, no mínimo, que este passe para seis semanas. “E seis semanas é uma posição conservadora. Iria até mais longe”, afirma o epidemiologista. Até porque a capacidade do organismo responder à infeção não vai cair a pique a partir da quarta semana, diz.

Que indicações existem de que possa resultar?

A vacina da Pfizer/BioNTech reportou, na revista científica The New England Journal of Medicine, que entre a primeira e a segunda dose da vacina foram registados 39 casos de infeção com SARS-CoV-2 no grupo que levou a vacina e 82 no grupo que tomou uma vacina placebo (sem efeito contra o vírus), “resultando numa eficácia de 52% durante este intervalo e indicando que a vacina confere uma proteção antecipada que começa logo aos 12 dias depois da primeira dose”. O artigo refere, no entanto, que “o estudo não foi desenhado para avaliar a eficácia da vacina num regime de dose única”.

Manuel Carmo Gomes, por sua vez, apoia-se no estudo, desenvolvido por cientistas das universidades de Edimburgo, Strathclyde, Aberdeen, Glasgow e St. Andrews, juntamente com a autoridade de Saúde Pública escocesa, divulgado esta semana, que concluiu que uma dose da vacina reduziu substancialmente o risco de internamentos relacionados com a Covid-19 na Escócia.

Especificamente, o estudo, que ainda não foi revisto por cientistas independentes, concluiu que a primeira dose da vacina da Pfizer/BioNTech estava associada a 85% de eficácia na redução dos internamentos ao fim de 28 a 34 dias após a toma e que a primeira dose da vacina da AstraZeneca estava associada a 94% de eficácia no mesmo período. Em ambos os casos, este período representa o pico de eficácia, sendo que a eficácia da vacina da Pfizer/BioNTech caiu para 66% após o 35.º dia.

Aziz Sheikh, diretor do Instituto Usher da Universidade de Edimburgo, lembra, no entanto, que só analisaram as admissões no hospital e que há outros aspetos que podem ser analisados como internamentos nos cuidados intensivos, doença grave ou morte, incluindo fora dos hospitais. Adicionalmente, os investigadores verificaram que juntando os dados de eficácia das duas vacinas para pessoas com mais de 80 anos o resultado foi de 81%, mas que não é ainda possível fazer a comparação para outras faixas etárias, porque o número de pessoas vacinadas abaixo dos 80 anos ainda é limitado.

Os dados mais recentes de Israel, o país com a maior taxa de vacinação contra a Covid-19 do mundo, também dão apoio às alegações de proteção conferida após a primeira dose da vacina da Pfizer, especificamente entre os dias 14 e 20. Segundo os resultados publicados esta quinta-feira na revista científica The New England Journal of Medicine, registou-se 46% de eficácia na proteção contra a infeção com SARS-CoV-2, 57% de eficácia na prevenção da doença Covid-19 e 62% no caso de doença grave provocado pelo novo cornavírus, 74% de eficácia na prevenção do internamento e 72% de eficácia na prevenção da morte.

Quais são os receios?

A escassez de dados publicados que mostrem que as vacinas da Pfizer e Moderna são eficazes com outro esquema de vacinação faz com que alguns especialistas não se arrisquem a ir mais longe do que aquilo que é o compromisso das empresas.

“Não inventem alternativas”, diz Luís Delgado, professor de Imunologia na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, ao Observador. “Tendo em consideração que é a primeira vez que vacinas baseadas na tecnologia do ARN mensageiro estão a ser usadas em larga escala, só podemos ter a certeza daquilo que foi demonstrado nos ensaios clínicos“, defende. “Qualquer exceção é pura especulação.”

Helena Florindo concorda. A investigadora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa admite que o intervalo entre as duas doses escolhido pelas empresas pode ter sido baseado na urgência — “Não tínhamos tempo para esperar”, afirma ao Observador —, mas diz-se cética na alteração do esquema de vacinação, porque defende que “temos de basear-nos nos ensaios clínicos”.

A investigadora, que também está a desenvolver uma vacina contra a Covid-19, diz que “ainda não sabemos se espaçando a administração das doses se mantém a eficácia ou não”. Luís Delgado acrescenta que anúncios feitos sem publicações científicas rigorosas e sem revisão por cientistas independentes não devem ser usados para suportar resultados que não foram testados nos ensaios clínicos.

“As recomendações sobre esquemas posológicos diferentes dos avaliados nos ensaios clínicos da vacina são da responsabilidade de cada autoridade de saúde.”
Pfizer

Que posição têm as farmacêuticas?

Desde que o Reino Unido e outros países começaram a planear o adiamento da segunda dose que as farmacêuticas Pfizer/BioNTech e Moderna têm afirmado que só podem apoiar aquilo que os ensaios clínicos analisaram, um intervalo de 21 ou 28 dias, respetivamente. A Pfizer/BioNTech, em particular, respondeu ao Observador que “a segurança e eficácia da vacina não foram avaliadas em esquemas posológicos diferentes, uma vez que a maioria dos participantes do ensaio recebeu a segunda dose no intervalo de tempo definido no desenho do estudo [21 dias]”.

Em resposta oficial, a Pfizer e BioNTech mantêm que só podem apoiar os esquemas que foram testados, apesar de reconhecerem “o sentido de urgência para a resolução desta devastadora pandemia”. E acrescentam: “As recomendações sobre esquemas posológicos diferentes dos avaliados nos ensaios clínicos da vacina são da responsabilidade de cada autoridade de saúde e podem incluir recomendações baseadas na realidade epidemiológica e princípios de promoção da saúde pública”.

As empresas reforçam, por isso, que “não há, até ao momento, dados que demonstrem que a proteção após a primeira dose é mantida após 21 dias, sem a administração da segunda dose”.

O que defendem as organizações internacionais?

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) recomendou que a União Europeia concedesse uma autorização de comercialização condicional à vacina da Pfizer/BioNTech, o que veio a acontecer no dia 21 de dezembro. Na altura, a EMA recomendou que a vacina da Pfizer fosse dada em duas doses com, pelo menos, 21 dias de intervalo, mas cerca de um mês depois (a 28 de janeiro) o regulador reviu a orientação e passou a indicar que a segunda toma acontecesse três semanas depois da segunda dose — ou seja, limitando a possibilidade de ser dada depois disso. “Não há, neste momento, dados clínicos sobre a eficácia da vacina quando administrada fora dos intervalos usados nos ensaios clínicos”, lê-se no comunicado da agência.

No documento sobre o produto, é dito que “a análise de eficácia incluiu participantes que receberam a segunda dose 19 a 42 depois da primeira dose” — daí as tais seis semanas de intervalo de que fala e recomenda Manuel Carmo Gomes. Mas os autores acrescentam que “a maioria dos participantes (93,1%) das pessoas tomaram a vacina entre o dia 19 e 23 depois da primeira dose” — argumento que a EMA usa para justificar a revisão da recomendação.

“O trabalho da EMA é olhar para a forma como as coisas foram feitas. Agora, o que os países têm que fazer é avaliar a situação presente e ponderar se o benefício de nos afastarmos um pouco do ideal é ou não superior ao risco. E o risco, em princípio, não é muito grande”, disse Luís Graça, imunologista do Instituto de Medicina Molecular e membro da Comissão Técnica, ao jornal Público, no final de janeiro.

Um grupo de especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) também recomendou que a segunda dose da vacina fosse tomada no prazo de 21 a 28 dias, mas admitiu que, em circunstâncias excecionais, esse intervalo pudesse ser alargado até um máximo de 42 dias (seis semanas). Esse é o limite para o qual existem alguns dados sobre a eficácia da vacina, explicou Joachim Hombach, secretário executivo do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos sobre Imunização (SAGE) da OMS, numa conferência de imprensa.

O que foi feito noutros países?

O Reino Unido foi o primeiro país a permitir que o intervalo entre duas doses chegue às 12 semanas — tal como está indicado, nos outros países, para a vacina da Oxford/AstraZeneca —, ainda que os dados mais recentes da Escócia não deem total apoio a esta estratégia.

Noutros países está em discussão ou em implementação o espaçamento das tomas da vacina até às seis semanas: a Dinamarca já o permite e a Bélgica, a Alemanha, os Estados Unidos e o Canadá são alguns dos que ponderam aumentar este intervalo. O objetivo é permitir que o maior número de pessoas possível seja vacinado com a primeira dose, não se falando ainda na possibilidade de ser dada uma única dose em vez das duas previstas para as três vacinas aprovadas (Pfizer, Moderna e AstraZeneca).

Adiar ou não a toma da segunda dose da vacina? As opiniões dividem-se

A Colúmbia Britânica (Canadá), em particular, que enfrenta os mesmo problemas que outros locais — doses a menos para a quantidade de pessoas que deseja vacinar — também pondera este adiamento da segunda toma: de 21 ou 28 dias (conforme se trate das vacinas da das vacinas da Pfizer/BioNTech ou da Moderna) para 35 dias (cinco semanas). “No geral, apesar dos dados dos ensaios clínicos serem insuficientes, é provável que aumentar o intervalo entre a primeira e a segunda doses de vacinas de ARN contra a Covid-19, da Pfizer/BioNTech e Moderna seja seguro, tanto no período entre as doses, como na eficácia de longo prazo”, escrevem os autores do artigo publicado na revista científica BC Medical Journal.

Os autores citam também dados da comissão nacional de imunização do Canadá, cujos dados não publicados indicam que não foram encontradas diferenças de eficácia da vacina nas pessoas que tomaram a segunda dose ao fim de 19 dias ou ao fim de 42 dias, tanto para a vacina da Pfizer/BioNTech como da Moderna. “Mais importante, não houve uma diminuição da proteção entre a primeira e a segunda dose.”

Os Centros para o Controlo e Prevenção da Doença norte-americanos também admitem que as vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna possam ser dadas com intervalos de 42 dias, se um atraso no esquema normal for inevitável. Mais tempo do que isso, dizem, os dados são ainda limitados. No entanto, afirmam que caso a segunda dose seja dada depois deste limite de seis semanas não há necessidade de recomeçar o processo de vacinação como se se tratasse da primeira dose.

A Sociedade de Imunologia Britânica vai mais longe: “A maior parte dos imunologistas estará de acordo que atrasar a toma da segunda dose [reforço] de uma vacina de antigénio por oito semanas, não terá um efeito negativo na resposta imunitária global depois do reforço”, diz. “Também não esperamos que se verifiquem problemas de segurança para o indivíduo devido ao atraso a segunda dose, além do aumento do potencial risco de doença, ao longo desse período, devido a uma redução na proteção.” A sociedade defende, no entanto, um rigoroso processo de monitorização do programa de vacinação com estes esquemas alternativos.

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