O Governo acredita que o país pode “descer um nível” no grau de proteção e desenhou três fases progressivas para o desconfinamento. A primeira inicia-se já esta segunda-feira, 4 de maio. Há duas semanas de intervalo entre cada período e o plano está dependente da evolução dos indicadores diários. As decisões serão reavaliadas a cada 15 dias.
Há regras transversais para todas as fases. Será obrigatório manter normas de higienização e de uso de máscaras em espaços fechados, nomeadamente escolas e transportes públicos. Haverá também restrições à lotação em espaços fechados, como lojas, restaurantes e serviços públicos, por exemplo.
Fora deste plano, para já, ficam espaços como bares e discotecas, ginásios ou praias. Para esses ainda não há data de reabertura, nem planos de como poderá ser feita.
O primeiro-ministro avisou, contudo, que pode haver recuos caso esta reabertura gradual resulte num agravamento da situação. António Costa diz que “há várias linhas vermelhas” para voltar para trás: o “famoso R”, já que “é um fator muito sensível a focos que podem ser muito concentrados”.
Fundamental, diz, é avaliar a “evolução do número de novos casos” e, entre estes, “o número de casos que pressionam mais o Serviço Nacional de Saúde”. Afirma ainda que a “diminuição consistente de internados e de internados em cuidados intensivos” e com “estabilização de número de óbitos” são dados fundamentais. E são estes que vão ser seguidos. E assegura que, “se houver inversão”, será preciso recuar. Se não houver, então haverá “confiança” para que continue a reabrir espaços e a economia possa funcionar.
António Costa volta a sublinhar que “esta evolução é precária e a situação pode ser alterada a qualquer momento”, pelo que apela ao “comportamento coletivo”.
Quem não usar máscaras nos transportes públicos pode ser multado até 350 euros
“Enquanto houver Covid, não há vida normal”, afirmou António Costa já no final da conferência de imprensa de apresentação do plano de desconfinamento, reforçando que esta “transição” não é “o fim da emergência sanitária” e aconselhando “o maior recolhimento possível, as regras e a disciplina de higienização das mãos e de etiqueta respiratória”.