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José Mourinho na Europa. 15 anos, 4 títulos. É bom? Não, é Special para One

Mourinho voltou a jogar e ganhar a Liga Europa após o triunfo pelo FC Porto em 2003. Pelo meio, ganhou duas Champions e foi seis vezes às meias. Deram-no como morto, mas ele vive para bater recordes.

A verdade é esta: goste-se ou não, seja mais ou menos brusco ou simpático, o homem sabe o que faz. E mesmo na época em que muitos diziam que estava morto, ele provou que vive para bater recordes. Ele é José Mourinho, o técnico que agarrou este ano no Manchester United. Muitos centram atenções na Premier League e no sexto lugar dos red devils, que até pode ser desapontante. Mas ganhou três troféus: Supertaça, Taça da Liga e Liga Europa. E, através do último sucesso, recolocou o conjunto inglês na Liga dos Campeões. É mau?

Ao todo, este foi o 25.º título da carreira de José Mourinho. Ganhou Campeonato, Taça e Supertaça em Portugal, Inglaterra, Itália e Espanha entre 2003 e 2017, ao serviço de FC Porto, Chelsea, Inter, Real Madrid e Manchester United. Voltou em 2013 à terra de Sua Majestade porque é aí que se sente bem. E que não pára de ganhar. Mas onde se destaca mais é na Europa, onde se tornou o primeiro técnico a ganhar por duas vezes a Liga dos Campeões e a Liga Europa (antiga Taça UEFA). O português dá-se bem nas provas europeias e elas também parecem dar-se bem com ele, numa relação que começou com um teste de fogo pelo FC Porto, frente ao Real, no Santiago Bernabéu.

2001/02, FC Porto. Segunda fase de grupos da Champions

O empate na Grécia com o Panathinaikos e a derrota caseira com o Sparta de Praga deixou o FC Porto numa situação muito complicada na segunda fase de grupos da Liga dos Campeões. A estreia de José Mourinho foi uma espécie de batismo de fogo: em Madrid, frente a um Real que tinha Casillas, Roberto Carlos, Makelele, Figo, Zidane ou McManaman. Mas foi preciso ir buscar ao banco o menos galáctico dos galácticos, Solari, para fazer o 1-0 aos 83’.

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No Porto, os protagonistas mudaram, Del Bosque fez descansar a maioria das estrelas, mas o golo de Capucho foi insuficiente para responder aos tentos madrugadores de Solari e Helguera. O destino dos dragões estava traçado, mas ainda houve mais dois jogos: vitória por 2-1 em casa frente ao Panathinaikos e derrota por 2-0 em Praga diante do Sparta, na despedida da Champions, praticamente anunciada antes de Mourinho substituir Octávio Machado.

Man Utd via Getty Images

2002/03, FC Porto. Vencedor da Taça UEFA

Foram 13 jogos, para azar dos adversários e sorte do FC Porto: 16 anos depois da conquista da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em Viena, os dragões voltavam a celebrar um triunfo europeu após ultrapassarem adversários da Polónia, da Áustria, de França, da Turquia, da Grécia, de Itália e da Escócia.

Até aos quartos-de-final, a história é fácil de contar: quando o FC Porto jogava o primeiro encontro em casa, decidia a eliminatória; quando começava fora, levava uma vantagem prometedora. Foi assim com o Polónia Varsóvia (6-0 e 0-2), com o Lens (3-0 e 0-1) e com o Denizlispor (6-1 e 2-2), no primeiro caso; foi assim com o Áustria de Viena (1-0 e 2-0), no segundo. Até que chegou essa eliminatória que tudo acabaria por decidir, com o Panathinaikos.

O FC Porto perdeu em casa com os gregos por 1-0 e parecia estar arrumado na eliminatória. Mero engano: foi a prolongamento, mas ganhou fora por 2-0 num ambiente extremamente complicado e avançou para as meias-finais com a Lazio de Peruzzi, Mihajlovic, Simeone, Stankovic, Chiesa, Cláudio López e… Fernando Couto. Uma grande exibição nas Antas, que terminou com a vitória por 4-1, foi suficiente para, mesmo sem Mourinho no banco, manter o nulo em Roma e garantir lugar na final de Sevilha, frente ao Celtic.

Foi um jogo de loucos, mas parecia que estava escrito: o FC Porto ia ganhar a Taça UEFA. Derlei marcou em cima do intervalo, Henrik Larsson empatou aos 47’; Alenitchev fez o 2-1 aos 54’, o avançado sueco repôs a igualdade aos 57’. O jogo foi mesmo para prolongamento e, aos 115’, Derlei decidiu a partida.

2003/04, FC Porto. Vencedor da Liga dos Campeões

Depois da Taça UEFA, a Liga dos Campeões. E numa campanha que não começou da melhor forma, na fase de grupos: empate em Belgrado a um com o Partizan, derrota em casa com o Real Madrid por 3-1. As contas estavam a ficar complicadas, mas um dupla vitória com o Marselha, por 3-2 (fora) e 1-0 (casa), e mais um triunfo com o Partizan (2-1) garantiram o apuramento para os oitavos-de-final. Na última jornada, os dragões empataram em Madrid (1-1).

O segundo lugar no grupo F colocava o conjunto azul e branco na rota de alguns tubarões nos oitavos-de-final. Saiu o Manchester United. Na primeira mão, no Porto, um bis de McCarthy deu a vitória por 2-1, ainda assim com uma margem muito curta em Old Trafford. Mas foi aí, no Palco dos Sonhos, que Mourinho teve aquela corrida inesquecível ao longo da linha após o 1-1 marcado por Costinha aos 90 minutos. O técnico sentiu que, mesmo faltando cinco jogos, a vitória na competição estava à mercê. E aconteceu mesmo.

Após eliminar o Lyon (2-0 e 2-2) e o Deportivo da Corunha (0-0 e 1-0, fora, com golo de Derlei), o FC Porto encontro na final o Mónaco de Evra, Giuly, Morientes ou Prso. Era um adversário complicado, mas tudo se tornou fácil numa exibição de gala com golos de Carlos Alberto, Deco e Alenitchev.

2004/05, Chelsea. Meia-final da Liga dos Campeões

Mourinho saiu do FC Porto para o Chelsea mas nem chegou a ter saudades dos dragões, que calharam aos ingleses na fase de grupos. As quatro vitórias dos blues logo a abrir (3-0 com o PSG; 3-1 com o FC Porto; 2-0 e 1-0 com o CSKA Moscovo), seguidas de um nulo diante dos franceses, carimbou a passagem em primeiro lugar. A derrota no Porto, por 2-1, não alterou essas contas.

Os jogos a eliminar começaram e o Chelsea tornou-se uma espécie de alvo a abater pelos principais adversários. O primeiro a tentar foi o Barcelona… mas falhou: à derrota por 2-1 na Catalunha responderam os blues com um 4-2 em Londres num jogo emocionante onde o bis de Ronaldinho foi abafado pelos golos de Gudjohnsen, Lampard, Duff e John Terry. O segundo a tentar foi o Bayern… mas falhou: mesmo com Mourinho castigado, a derrota por 3-2 em Munique não foi suficiente para anular o 4-2 que se tinha verificado em Inglaterra na primeira mão. O terceiro foi o Liverpool… e conseguiu: após o nulo na primeira mão, um golo de Luís Garcia aos 4’ fez toda a diferença.

Getty Images

2005/06, Chelsea. Oitavos-de-final da Liga dos Campeões

Velhos conhecidos, novos costumes. Num cruzamento improvável, Chelsea e Liverpool ficaram no mesmo grupo da Liga dos Campeões e no primeiro jogo entre ambos, no terreno dos reds, voltou a não haver golos. Os blues venceram os dois jogos com o Anderlecht (1-0 em casa, 2-0 fora), ganharam em casa ao Betis por 4-0 mas acabaram por ser surpreendidos em Sevilha, por 1-0. O último encontro decidiria tudo, mas o Liverpool aguentou o 0-0 em Stamford Bridge e relegou o conjunto de José Mourinho para a segunda posição. O que seria fatídico.

Nos oitavos-de-final, o Chelsea reencontrou o Barcelona e perdeu na primeira mão em casa, por 2-1, com Eto’o a carimbar o triunfo aos 80’ após um auto-golo de John Terry. Na Catalunha, Ronaldinho adiantou os blaugrana e o golo aos 90’ de Frank Lampard acabou por ser curto para evitar a eliminação precoce.

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2006/07, Chelsea. Meia-final da Liga dos Campeões

Vira o disco e toca mais ou menos o mesmo: Chelsea e Barcelona defrontaram-se logo na fase de grupos da Liga dos Campeões, num daqueles sorteios em que quando sai a bola que faz cruzar as equipas todos comentam e riem na sala sem ligarem aos restantes encontros. Mas, ao contrário do ano passado, desta feita a vantagem foi para os blues, que venceram em casa por 1-0 e arrancaram, por Drogba, um empate 2-2 em Camp Nou em período de descontos. Face ao duplo triunfo sobre o Levski de Sófia (3-1 fora, 2-0 em casa) e à vitória caseira com o Werder Bremen (2-0), a equipa de José Mourinho deu-se ao luxo de perder na Alemanha sem beliscar a passagem em primeiro lugar.

Nos oitavos-de-final, o Chelsea reencontrou o FC Porto e passou por algumas dificuldades: empatou 1-1 na Invicta e esteve a perder em Stamford Bridge ao intervalo (Quaresma), mas Ballack e Robben deram a vitória por 2-1 e a passagem. Seguiu-se o Valencia, da dupla David Silva-Morientes, que arrancou um empate 1-1 em Londres antes de perder em casa por 2-1 com o golo decisivo dos blues a ser apontado pelo médio Essien aos 90’. Na meia-final, de novo o Liverpool e de novo uma eliminação cruel, desta feita nas grandes penalidades: após vitórias caseiras por 1-0, os reds foram mais fortes no desempate, ganhando por 4-1 e assegurando mais uma final.

ANDY RAIN/EPA

2007/08, Chelsea (saiu a meio da época)

A quarta época nos londrinos não chegou ao fim e, em termos europeus, realizou apenas um encontro, tendo empatado a um golo em casa com o Rosenborg. A equipa chegaria à final, onde perderia com o Manchester United.

2008/09, Inter. Oitavos-de-final da Liga dos Campeões

Os primeiros tempos em Itália não foram fáceis, com a equipa a adaptar-se aos novos processos e sistemas do técnico português. Isso foi visíveis também na Europa, com o Inter a passar no segundo lugar um grupo que estaria, em termos teóricos, completamente à sua mercê: ganhou fora ao Panathinaikos (2-0), empatou em casa com o Werder Bremen (1-1); venceu em casa o Anorthosis (1-0), empatou no Chipre com o Anorthosis (3-3); perdeu em Milão com o Panathinaikos por 1-0, voltou a ser derrotado fora pelo Werder Bremen (2-1).

Nos oitavos-de-final, e após um empate caseiro sem golos, o Manchester United foi mais forte em Old Trafford, ganhando por 2-0 com golos de Vidic e… Cristiano Ronaldo.

AFP/Getty Images

2009/10, Inter. Vencedor da Liga dos Campeões

O Barcelona, outra vez. O Inter começou a fase de grupos com um empate sem golos com os catalães em casa, a que se seguiram mais duas igualdades com Rubin Kazan (1-1, fora) e Dínamo Kiev (2-2, casa). A vitória na Ucrânia por 2-1 ainda reacendeu a esperança no primeiro lugar, mas a derrota por 2-0 em Camp Nou foi fatal, restando apenas o triunfo caseiro com o Rubin Kazan (2-0).

No entanto, na fase a eliminar, tudo foi diferente e a primeira vítima seria mesmo o Chelsea: vitória em Milão por 2-1 e em Londres por 1-0, com Eto’o a fazer a diferença. Seguiu-se o CSKA Moscovo e mais um duplo triunfo, desta vez por 1-0 nas duas partidas. Nas meias-finais, o reencontro com o Barcelona. E desta vez com desfecho distinto: depois do 3-1 em Milão, o Inter aguentou a eliminatória mesmo a jogar com dez desde os 28’ (expulsão de Thiago Motta), saindo com uma derrota por 1-0 que soube a vitória num jogo polémico.

A final com o Bayern realizou-se no Santiago Bernabéu. Muita luta, muita tática mas uma vitória justa dos italianos, que ganharam por 2-0 com um bis de Diego Milito. Foi o último jogo pelo Inter. Assinou… pelo Real Madrid.

https://www.youtube.com/watch?v=zNv_W6lvEZc

2010/11, Real Madrid. Meia-final da Liga dos Campeões

A fase de grupos da Champions no primeiro ano em Madrid foi praticamente perfeita, com cinco vitórias (Ajax, 2-0 e 4-0; Auxerre, 1-0 e 4-0; AC Milan, 2-0) e apenas um empate (2-2 em San Siro, com golo de León nos descontos).

Com a mesma naturalidade com que se apurou para os oitavos-de-final, o Real Madrid atingiu as meias, superando o Lyon (1-1 e 3-0) e o Tottenham (4-0 e 1-0). O problema estaria aí e com um nome bem conhecido dos merengues e do próprio Mourinho: o Barcelona. Dois golos de Messi nos derradeiros 15 minutos no Santiago Bernabéu acabaram por sentenciar praticamente o destino da eliminatória, confirmado com um empate a uma bola no Camp Nou.

Getty Images

2011/12, Real Madrid. Meia-final da Liga dos Campeões

Se na primeira época tinha sido uma fase de grupos quase perfeita, na segunda temporada foi mesmo 100% vitoriosa: o Real Madrid somou seis triunfos, com Dínamo Zagreb (1-0 fora, 6-2 em casa), Ajax (3-0 em casa, 3-0 fora) e Lyon (4-0 em casa, 2-0 fora). Um início fulgurante, que teve continuidade.

O caminho até às meias-finais foi relativamente fácil, com triunfos frente a CSKA Moscovo (1-1 fora, 4-1 em casa) e APOEL (3-0 fora, 5-2 em casa). Aí, o carrasco acabou por ser o Bayern, de forma inglória: depois da derrota em Munique por 2-1, com um golo de Mario Gómez aos 90’, um bis de Ronaldo e um penálti de Robben levaram as decisões para o desempate por grandes penalidades, onde os germânicos foram mais fortes e ganharam por 3-1.

YASSER AL-ZAYYAT/AFP/GettyImages

2012/13, Real Madrid. Meia-final da Liga Europa

O Real Madrid foi integrado naquele que foi descrito como o grupo da morte, com quatro equipas a terem ambições de passar à fase seguinte. A vitória por 3-2 no Bernabéu com o Manchester City, com golos de Benzema (87’) e Ronaldo (90’) mesmo a acabar, e a goleada em Amesterdão frente ao Ajax por 4-1 faziam antever facilidades, que ficaram diluídas no duplo confronto com o B. Dortmund: derrota por 2-1 na Alemanha, empate 2-2 em Espanha. A isso juntou-se ainda uma igualdade em Manchester (1-1), que fez com que a goleada frente ao Ajax por 4-1 não fosse suficiente para evitar o segundo lugar.

Num duelo de colossos, o Real conseguiu carimbar a passagem aos quartos-de-final, após um empate (1-1) na primeira mão, com um triunfo por 2-1 em Old Trafford, frente ao Manchester United. Seguiu-se o Galatasaray (vitória por 3-0 em casa, derrota por 3-2 fora) e o reencontro com o B. Dortmund: com o primeiro encontro na Alemanha, um póquer de Lewandowski destruiu por completo os merengues (4-1), que conseguiram atenuar a diferença no Santiago Bernabéu acabando por morrer na praia após um triunfo por 2-0.

JAVIER SORIANO/AFP/GettyImages

2013/14, Chelsea. Meia-final da Liga dos Campeões

O regresso ao Chelsea não começou da melhor forma a nível europeu, com os blues a perderam em casa com o Basileia por 2-1. Ainda assim, a equipa não vacilou e conseguiu uma série de triunfos com Steaua Bucareste (4-0, fora) e Schalke 04 (3-0 fora, 3-0 em casa). Apesar de mais uma derrota diante dos suíços (1-0), o triunfo por 1-0 em Stamford Bridge com o Steaua Bucareste garantiu o primeiro lugar.

Os comandados de José Mourinho ganharam ao Galatasaray, nos oitavos-de-final (1-1 fora, 2-0 em casa), e conseguiram uma fantástica recuperação frente ao poderoso PSG, ganhando 2-0 em casa a três minutos do fim (Demba Ba) após a derrota por 3-1 em França. Nas meias-finais, e após um nulo no Vicente Calderón, o Chelsea até começou a ganhar ao Atl. Madrid, que daria a volta para o 3-1 final com golos de Adrián, Diego Costa e Arda Turan.

Carmen Jaspersen/EPA

2014/15, Chelsea. Oitavos-de-final da Liga dos Campeões

Os blues tiveram uma fase de grupos tranquila, mesmo empatando (1-1) o primeiro jogo em casa, com o Schalke 04. Seguiram-se vitórias frente a Sporting (1-0 fora, 3-1 em casa), em casa com o Maribor (6-0) e na Alemanha com o Schalke 04 (5-0). Nem o empate na Eslovénia (1-1) retirou o primeiro lugar.

No entanto, numa eliminatória de grande tensão, o PSG conseguiu vingar-se da eliminação do ano anterior, empatando 2-2 no prolongamento em Stamford Bridge com um golo de Thiago Silva a seis minutos do fim depois da igualdade a uma bola que se tinha registado no primeiro encontro em França.

Clive Mason/Getty Images

2015/16, Chelsea (saiu a meio da época)

José Mourinho ainda comandou a equipa até meio de dezembro antes de chegar a acordo para sair, o que foi suficiente para passar aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões no primeiro lugar com quatro vitórias (Maccabi Telavive, em casa e fora, ambos por 4-0; Dínamo Kiev, por 2-1, em casa; e FC Porto, por 2-0, também em Stamford Bridge), um empate (na Ucrânia, 0-0) e uma derrota (2-1 no Porto). O Chelsea seria depois eliminado nos oitavos-de-final de novo pelo PSG, desta vez com duas derrotas por 2-1.

2016/17, Manchester United. Vencedor da Liga Europa

14 anos depois, Mourinho voltou à Liga Europa. E voltou para ganhar, somando a segunda conquista na prova depois do triunfo por 3-2 frente ao Celtic pelo FC Porto na final de Sevilha de 2003. A fase de grupos começou com uma derrota em Roterdão frente ao Feyenoord por 1-0, a que se seguiram triunfos caseiros diante de Zorya (1-0) e Fenerbahçe (4-1). A derrota na Turquia, por 2-1, ainda colocou dificuldades no apuramento, mas as vitórias diante de Feyenoord (4-0, em casa) e Zorya (2-0, na Ucrânia) valeram a passagem à fase a eliminar na segunda posição.

Aí, as etapas começaram com duas vitórias frente ao Saint-Étienne (3-0 e 1-0), seguindo-se a passagem com o Rostov após um empate na Rússia (1-1) e um triunfo em Old Trafford (1-0). Nos quartos-de-final, e depois de mais uma igualdade a um fora, o Manchester United teve de ir a prolongamento para bater o Anderlecht por 2-1 e apurar-se para as meias-finais, onde a vitória por 1-0 em Vigo com um golo de livre direto de Rashord foi fundamental para aceder à final (na segunda mão houve empate, 1-1).

Agora, na final, tudo voltou à fórmula inicial com um adversário holandês. Já depois de opositores turcos, ucranianos, franceses, russos, belgas e espanhóis. O triunfo frente ao Ajax valeu o quarto título europeu a Mourinho entre Liga dos Campeões e Liga Europa (ou Taça UEFA). Dois de cada, algo que mais ninguém conseguiu. Por alguma razão um dia disseram que ele era o Special One.

Michael Regan/Getty Images

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