A recém-eleita secretária-geral da Juventude Socialista insiste que é possível construir 600 mil casas nos próximos 10 anos e dá como exemplo a Suécia. Em entrevista à Vichyssoise, da Rádio Observador, Sofia Pereira diz que Pedro Nuno Santos “continua a ser o representante responsável da esquerda que o país precisa”.
Sofia Pereira reitera que a legalização da cannabis é uma “causa estruturante da saúde pública” e revela que já consumiu drogas leves. A líder da JS admite que é um “sintoma de alguma coisa maior” o facto de os socialistas europeus não nomearem mulheres para cargos de topo europeu desde que Federica Mogherini foi nomeada em 2014. Ainda assim, não trocava António Costa por uma mulher no Conselho Europeu.
Sobre as posições de Ricardo Leão e Sónia Sanfona nas respetivas autarquias, Sofia Pereira manifesta-se contra a “tentativa mediática de tentar cancelar pessoas autárquicas por essas questões”. No caso da Interrupção Voluntária da Gravidez, a líder da JS mantém a posição sobre o aumento para as 12 semanas sem período de reflexão, rejeitando a proposta do BE das 14 semanas.
“Pedro Nuno continua a ser o representante responsável da esquerda de que o país precisa”
Pedro Nuno Santos, na sua perspetiva, fez bem em aprovar o Orçamento de Estado da Aliança Democrática, afastando tornando mais difícil um acordo à esquerda?
O Partido Socialista é um partido responsável. Aliás, ao longo de todos estes anos tem habituado os portugueses a ser responsável. E, portanto, apesar de nós sabermos bem que o OE proposto pelo atual Governo não é nem nunca seria nunca o Orçamento do PS, o PS conseguiu demonstrar a sua responsabilidade para não colocar em causa a vida de todos os portugueses, voltando a novas eleições.
Mas isso não caucionou a hipótese de se repetir uma nova geringonça, uma vez que PCP e Bloco de Esquerda parecem menos disponíveis para voltar a entendimentos com o PS?
Sou da opinião que, nas esquerdas em Portugal, é mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa. Aliás, aquilo que aconteceu no passado recente foi uma demonstração de que quando as esquerdas se juntam, o país ganha e, de facto, o país teve bons resultados nesse momento. Mas acho que temos que ter a capacidade de avaliar cada momento e o momento que o país vive em cada contexto atual. Portanto, no momento em que vivíamos, em que vivemos, foi necessária a responsabilidade do PS.
Pedro Nuno Santos era visto às vezes como uma espécie, principalmente pela direita, de uma reencarnação de Karl Marx. Com todos estes atos, ele não está a perder um bocadinho a fama de ser um representante da esquerda e ser alguém da ala esquerda do PS?
O Partido Socialista e Pedro Nuno Santos é um líder, um militante de esquerda que representa a esquerda e a esquerda em que eu pessoalmente acredito. O que acontece é que, ao longo do tempo, também a direita nos veio habituar a que sempre que existe alguma liderança forte no Partido Socialista tentam conectar com algum tipo de nova representação. E certamente foi isso que também tentaram fazer com Pedro Nuno Santos mas Pedro Nuno Santos continua a ser o representante responsável da esquerda de que o país precisa.
Sente-se envergonhada com as declarações e posições públicas de autarcas como por exemplo Ricardo Leão e Sónia Sanfona?
Já tive também a oportunidade de poder dizer noutros fóruns que, de facto, ao contrário do que às vezes alguns querem fazer parecer, o PS não precisa de guias de boas práticas. Toda a gente e todos os eleitos do PS sabem bem quais é que são os valores e os princípios que norteiam a nossa ação política e a forma como nós nos posicionamos. Aquilo que acontece é que eu, pessoalmente, e dentro do Partido Socialista às vezes, não concordo, como não concordei com essas declarações. E dentro do PS são debatidas e existem as devidas, não diria consequências, mas as devidas ilação são retiradas. O que eu não concordo é que, de facto, existe uma tentativa mediática de tentar cancelar pessoas autárquicas por essas questões.
Então não se sente envergonhada que uma autárquica queira tirar apoios a quem exibe sinais exteriores de riqueza ou que as crianças deixem ter acesso a refeições se os pais não pagarem, por exemplo, as rendas municipais?
Como é óbvio, não me representa, não acompanho, mas reitero que o PS e os eleitos não precisam de guias de boas práticas. Sabemos bem para onde é que vamos e como é que queremos ir.
É que a Sofia, se fosse a André Ventura a dizer isto, provavelmente iria combater, sendo eleitos do Partido Socialista já não se sente essa responsabilidade de combater este tipo de declarações e de ações?
Como eu disse, o que nós fazemos dentro do PS e já agora também dentro da JS é que sempre que existe algum tipo de ação, de declaração como as que refere, nós não acompanhamos, eu não acompanho, não me representa, não subscrevo de forma alguma. E aquilo que deve ser feito sempre é essa análise do PS e dos nossos militantes e das nossas lideranças no que diz respeito a essas declarações, que mais uma vez não nos representam.
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“As 600 mil casas não é um número inventado e tirado à sorte”
Vamos avançar um bocadinho. No seu programa defendeu as 600 mil novas casas. Isso foi muito debatido até no espaço público, inclusive no debate da TSF com o Bruno Gonçalves. Depois esclareceu no Twitter, que uma vez que foram construídas quase 24 mil casas em 2023, que em 10 anos daria mais ou menos 240 mil. A minha questão é como é que passa das 240 para 600 mil, mesmo com um ritmo de crescimento maior não consegue admitir agora que está a ser um bocadinho até naïf ao achar que isto é possível?
De todo, aliás, ainda bem que faz essa questão foi amplamente debatido e discutido o tema das 600 mil casas e também digo que muita da narrativa que se criou depois desse debate e dessas contas e alguns números que foram colocados em cima da mesa não sendo corretos. A forma como nós chegamos e na altura a candidatura chegou a este valor, as 600 mil casas não é um número inventado e tirado à sorte, como ainda agora disse, e muito bem. As 600 mil casas correspondem a 10% do parque habitacional, e é esse o valor que nós consideramos que é necessário para darmos resposta à crise da nossa geração. Mas não é utópico, e não acho que seja naïf, por um motivo simples que é. E eu também já tive a oportunidade de o dizer. Até porque não é novidade, tivemos o Million Programe, que de resto aconteceu na Suécia, um país mais pequeno que o nosso, cerca de 8 milhões de pessoas e que construiu um milhão de casas em 10 anos. O que acontece? E aquilo que nós nos baseamos para poder chegar a este valor é porque os dados nos dizem que entre 2000 e 2011 foram construídas 529 mil casas. Entre 1980 e 2000, 1 milhão e 100, que responde a perto das 600 mil casas por década. O que aconteceu foi que entre 2011 e 2021 — fortemente motivado, como sabemos, pela crise imobiliária e pela crise financeira — se construiu pouco mais das 100 mil casas. E, portanto, o que foi anormal foi essa década e não foi o oposto. Obviamente que isto vai necessitar de um esforço enorme do Estado e dos portugueses. Como de resto também aconteceu na década de 70 e 80, como eu também já tive a oportunidade de dizer, para construirmos a escola pública e o Serviço Nacional de Saúde. Mas nós sabemos qual é que é a gravidade deste problema da habitação, que é um problema europeu, mas Portugal tem a condição de ter apenas um parque público de habitação de 2%. E nós temos mesmo é de ter habitação pública em larga escala para poder tornar as nossas respostas mais eficientes e que deem resposta à nossa geração e ao nosso país, aos jovens portugueses e aos portugueses.
Isso é corrigir em parte também o lugar do próprio PS, não é? Porque até Pedro Nuno Santos já admitiu que devia ter começado mais cedo a resolver o problema da habitação.
O problema da habitação é um problema que vem de há muito tempo, como sabemos. E o problema, sim, já deveria ter havido respostas mais concretas ao longo destes últimos anos. Recentemente temos visto as consequências de alguma falta de destaque que foi dado a este problema. E nós o que queremos é poder contribuir num debate sério, ousado e positivo e não naïf, para poder dar resposta a um problema da nossa geração.
Sobre outra proposta que já tem apresentado e das mais mediáticas até, o PS agendou m diploma para janeiro para a interrupção voluntária da gravidez, o prazo passar 10 para 12 semanas. o prazo passar de 10 para 12 semanas. O Bloco de Esquerda propõe alargar o prazo para 14 semanas e terminar com o período de reflexão. Queríamos saber se sente mais próxima da proposta atual do PS ou da do Bloco de Esquerda?
A proposta que nós fizemos não é um número de semanas atiradas ao ar. Achamos genuinamente que está na altura de encararmos que os problemas que e uma mulher tem hoje no acesso à IVG. Ser obrigada a passar pelo período de reflexão é desde logo condescendente e paternalista por parte do Estado estar a dizer que uma mulher precisa de mais 3 dias para decidir sobre o seu próprio corpo. Eu, a JS, vamos reunir com a liderança parlamentar, com a Alexandra Leitão, para garantir que em janeiro estaremos alinhadas no que diz respeito a este diploma.
Só uma questão que existe noutras partes da esquerda, por exemplo no PCP: não teme que abrir o assunto da questão do aborto quando há uma maioria de direita no Parlamento, que até possa levar regressões nestas leis?
Tenho muita dificuldade em acompanhar este argumento de que, por haver uma maioria de direita no Parlamento, não se pode falar de temas que fazem alguma comichão à direita. O que a esquerda responsável tem mesmo é de garantir que estes assuntos estão na ordem do dia. E que não temos medo de um contexto em que a direita tem maioria e se deixem para trás direitos fundamentais das pessoas só porque a direita não vai acompanhar estas nossas propostas. Não podemos silenciar as nossas vozes e as vozes de tantos que sofrem, no que diz respeito ao tema da IVG, só porque há uma maioria direita no Parlamento. Não me parece sequer responsável, não me parece humanista, que é um dos grandes princípios da JS, do Partido Socialista e de qualquer democrata.
Ainda em relação às eleições internas, Bruno Gonçalves, que foi o seu adversário, escreveu depois no Instagram que o Congresso marca o início de um movimento de pessoas corajosas. Está a contar ter oposição interna na JS?
O que eu conto, aliás, depois de domingo, no fim do Congresso Nacional, e tive a oportunidade de o deixar bem claro na minha intervenção, é que, a partir daquele momento, eu sou a secretária-geral de todos os militantes da Juventude Socialista. Todos.
Mas acha que essa atitude existe de outro lado? Eu pergunto porque a publicação de Bruno Gonçalves já foi também depois do Congresso, e ele lançava o início de um movimento a partir dali.
Aquilo que farei é sempre unir a juventude socialista nas nossas ideias plurais, que são democráticas. Aliás, é importante haver este debate de ideias dentro da JS. O que acontecerá é que eu, fazendo este trabalho que eu vou fazer, de unir as ideias da JS, nós, no final do dia, temos todos os mesmos princípios dentro da nossa estrutura. O princípio é de que somos uma estrutura livre em que todos podemos ter as nossas ideias.
Espera, portanto, contar com alguma colaboração de Bruno Gonçalves e dos seus apoiantes. E com o próprio Bruno Gonçalves. Já o convidou para algo no futuro da JS?
Como imaginam, ainda estamos nestes primeiros dias pós-congresso, ainda não tive oportunidade de alinhar esse futuro próximo. Estamos a organizar-nos, a trabalhar para garantir que os próximos dois anos são anos de conquistas dentro da JS. Teremos a oportunidade de conversar.
O seu adversário foi muitas vezes apontado como candidato apoiado de forma oficiosa por Pedro Nuno Santos, sentiu isso de alguma maneira?
Não, o secretário-geral do PS foi, na minha perspetiva, bem neutro. A JS é uma estrutura autónoma e Pedro Nuno Santos já foi, aliás, secretário-geral da juventude socialista e não só reconhece, como respeita muito a autonomia da JS.
Ali no discurso da vitória parecia que tinha sido Bruno Gonçalves a ganhar. Elogiou-p quase mais a ele do que à vencedora.
Não, não fiquei com essa impressão. Acho que foi justo.
Enquanto jovem, vê com bons olhos que os maiores partidos, o PSD, por exemplo, tenha escolhido Sebastião Bugalho com 28 anos para ser cabeça de lista às eleições europeias e que o Bruno Gonçalves com 27 tenha seguido também num bom lugar nessas eleições?
Enquanto jovem acho ótimo. É uma prática que deve ser mais recorrente, que a juventude e os jovens portugueses tenham um papel ativo e preponderante e que os partidos políticos vejam em nós também um motor para ajudarmos a construir o futuro a que nós vamos pertencer. E, portanto, sempre que houver jovens em lugares de destaque, só podem contar com a minha satisfação. Aliás, desde há muitos meses que digo que até no âmbito do próximo ciclo eleitoral, das eleições autárquicas, é um grande desígnio da juventude socialista e vai mesmo ser, termos a maior representação de sempre nas eleições autárquicas, seja em assembleias municipais ou executivos camarários porque só assim é que nós conseguimos que o PS passe aos jovens que estes fazem parte do partido.
Como feminista, defende também uma maior participação das mulheres. Os socialistas europeus nos últimos 10 anos não indicaram uma mulher para um alto cargo europeu, desde Mogherini em 2014. António Costa vai estrear-se esta semana como presidente do Conselho Europeu. Como feminista preferia que tivesse sido indicada uma mulher, por exemplo, para a presidência desse órgão?
A indicação de António Costa muito me orgulha, aliás, todos os portugueses esperam pelo facto de durante muito tempo ter demonstrado o seu compromisso com a causa pública, até sobretudo no período destes oito anos em que foi primeiro-ministro, em que muito ajudou o nosso país e muito foi feito. Agora, digo-lhe que isso é um tema transversal, o facto de muitas vezes não existir a sensibilidade de perceber que não tendo nós mais mulheres em lugares de destaque, a assumir posições de destaque, é um sintoma de alguma coisa maior.
Mas isso acontece nos socialistas, porque no PPE indicaram Ursula von der Leyen, Roberta Metsola, enquanto nos socialistas tem-se Timmermans, Borrell, Sassoli, que infelizmente morreu. Mas só homens. Porque é que isto acontece nos socialistas europeus? O ps muitas vezes aparece como uma autoridade moral e depois, na verdade, quando são os altos cargos indica homens em vez de mulheres, ao contrário da direita. E António Costa é um desses homens.
O Partido Socialista, pelo menos na minha perspetiva, nunca tentou ou teve a vontade de ser autoridade moral sobre o que quer que fosse. O que eu acho é que tem mesmo que fazer essa reflexão onde é que está a falhar. Porque então falha. Seja o Partido Socialista Europeu ou o Partido Socialista não ter mais mulheres ou indicações de mulheres para as lideranças alguma coisa está a falhar. Tem de haver uma reflexão sobre isso e tem que começar a mudar o paradigma para termos consequências, sobretudo com aquilo que dizemos que somos.
Se a JS decidir apoiar António José Seguro, apesar da sua posição pessoal sobre Mário Centeno, que até deu aqui também na Rádio Observador, estaria disponível para fazer campanha para o candidato apoiado pela JS, caso fosse António José Seguro?
Respeitare, como sempre o fiz, as decisões da JS, porque não me acho acima da JS. Nem me acho acima dos militantes da JS. E, portanto, em sede própria, no Secretariado Nacional, em Comissão Nacional, a juventude socialista irá definir qual é que é o entendimento sobre Presidenciais.
Vai dar apoio oficial a um candidato como fará o PS?
A Juventude Socialista fará nestes próximos meses, logicamente, a sua discussão interna sobre o tema e aquilo que resultar da discussão interna com os militantes, assim fará.
Escreveu no Twitter há uns tempos, em outubro, o seguinte: “O ministro Paulo Rangel insulta de burros e camelos, generais e comandantes e Luís Montenegro acha isso normal. Lembro que por causa de uma bicicleta e um computador há um ano queriam mandar um governo abaixo. Ora, resumir este caso das agressões no Ministério a uma bicicleta e um computador, quando quatro mulheres acusam um adjunto, que é homem, de as ter agredido, não é o tipo de desvalorização de queixas de agressões que a Sofia diz combater?
Percebo essa interpretação que lhe dá, mas que eu quis dizer com esse tweet e que foi o tema que realmente estava em discussão foi o facto de que naquele momento o episódio que aconteceu com Paulo Rangel parecer que não teve o espaço de crítica, como de resto, durante o governo socialista, existiu o debate, não só através daquilo que ia acontecendo, mas sobretudo pelo facto de que não há consequências sobre este tipo de atitudes erráticas de membros do atual governo. E aquilo que eu queria dizer, e que acho que ficou claro nesse tweet, é que se calhar é preciso um maior escrutínio, uma maior avaliação àquelas que são as atitudes de membros do atual governo, que foi o que nós sabemos.
Já consumiu drogas leves? “Já”
Em 2022, o seu antecessor defendeu no Congresso que a legalização da cannabis é uma causa estruturante na saúde pública. Concorda com esta afirmação?
Sim, concordo.
E, portanto, assume que a JS vai ter iniciativas também nesse sentido? Ou que vai tentar que o PS também as adote?
Sem dúvida. A JS vai continuar com as nossas causas, com novas causas, com novas propostas, mas não abandonamos as nossas bandeiras de ao longo de muitos anos.
Nós fizemos esta pergunta ao líder da JSD de 14 de junho e ele não quis responder. A Sofia Pereira já consumiu drogas leves?
Já.
Defende o voto aos de 6 anos. Foi PS travou na Comissão de Revisão Constitucional em março de 2023 esta hipótese. Acha que teve influência nisto a direita ter, segundo estudos a que temos acesso em sondagens à boca das urnas, precisamente mais votos entre os mais novos? Acha que a redução da idade de voto não pode, por exemplo, favorecer o Chega?
O que eu acho é que nós temos que criar uma participação, uma vontade de participação ativa cada vez mais cedo nos jovens. Quando nos queixamos que os jovens não se dirigem às urnas e que não querem votar, nós temos que perceber que é através da participação mais alargada que podemos começar a garantir que este exercício democrático é feito e é percebido desde mais cedo.
Vamos passar à fase do Carne ou Peixe. Se Centeno não avançasse para a corrida à Belém, preferia ser mandatária da Juventude de Augusto Santos Silva ou António José Seguro? Os dois, o Partido Socialista tem a sorte de ter dois grandes, dois, esses que me diz, mas como outros grandes quadros a poder ocupar essa função e se preferiria. Se avançassem os dois, para ser mandatária de um ou de outro, na altura teria de refletir e perceber qual é que era a proposta que melhor satisfaria o país.
Preferia fazer campanha em Lisboa ao lado de Mariana Vieira da Silva ou Alexandra Leitão?
A Alexandra Leitão é a nossa líder parlamentar. Mariana Vieira da Silva foi uma excelente ministra. Ficaria muito feliz e realizada fazendo campanha ao lado dessas duas grandes mulheres.
Se tivesse que levar um orador a Lamego para falar sobre política a jovens do seu conselho, levaria António Costa ou Pedro Nuno Santos?
Provavelmente agora iria levar Pedro Nuno Santos que está cá no país e que seria certamente interessante levá-lo ao interior do interior de Portugal. António Costa neste momento está com outras responsabilidades, mas também gostava muito de o receber em Lamego.
É licenciada em Comércio e Relações Económicas Internacionais isto para terminar, se pudesse entrevistar para um podcast da JS um líder mundial, preferia que fosse Donald Trump ou Nicolás Maduro?
Olha, eu vou-lhe dizer, eu sou vegetariana portanto, eu teria de escolher o tofu que seria nenhum.