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Eunice Muñoz (1928-2021)
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Eunice Muñoz (1928-2021)

Miguel A.Lopes/LUSA

Eunice Muñoz (1928-2021)

Miguel A.Lopes/LUSA

"Não me saí mal.” Eunice Muñoz em 30 frases marcantes

Em inúmeras entrevistas ao longo das décadas, Eunice Munõz, que morreu esta sexta-feira, falou da vida pessoal, das personagens memoráveis e daquilo que aprendeu no teatro.

Nascida a 30 de julho de 1928 em casa dos avós paternos na Amareleja (Baixo Alentejo), Eunice do Carmo Muñoz , que morreu esta sexta-feira aos 93 anos, tornou-se no símbolo maior do teatro de texto e de um modo intenso e rigoroso de representar. De “excecionais qualidades” como atriz, “conquistou o reconhecimento caloroso e a incontestável admiração de gerações de espectadores”, refere uma nota biográfica no arquivo do Teatro Nacional D. Maria II — onde se estreou, aos 13 anos, na peça Vendaval, de Virgínia Vitorino, ao lado de João Villaret, Palmira Bastos, Amélia Rey Colaço e Raul de Carvalho.

Morreu Eunice Muñoz. A estrela maior do teatro português tinha 93 anos

“Chamem-me Eunice.” A vida da incansável rainha do teatro português

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"Creio que até aos meus 20 e poucos anos fazia teatro porque toda a gente na família era de teatro, porque as coisas tinham acontecido por si e me tinham tratado bem. Mas era muito indisciplinada, desde miúda. Depois estive quatro anos parada e só a partir dos 26 é que comecei a tomar a sério uma carreira teatral, mas não antes disso."
Expresso, 24 de setembro de 1988
"Prefiro sempre as peças onde a verdade esteja mais perto das personagens. Possivelmente por isso a minha preferência vá para o drama e para a alta comédia. Preciso de acreditar que sou eu realmente a personagem que encarno. Só assim sei trabalhar."
Século Ilustrado, 1949
"Aprendi muito quando representava com Maria Matos, com Alves da Cunha, com Assis Pacheco, com Amélia Rey Colaço, com Palmira Bastos. Aprendi muito e sempre com elas e com eles. Toda a minha base como atriz foi-me dada por eles."
RTP, 16 de novembro de 1972
“Fiz grandes papéis, uns melhores do que os outros. Não me saí mal. Faço o melhor que posso e sei.”
TVI24 , 27 de novembro de 2016
“Tenho o demónio do teatro metido em mim. Só no palco é que me sinto totalmente realizada.”
Alta Definição, SIC, 14 de fevereiro de 2011
“Tenho uma profunda e apaixonante ligação com o meu trabalho.”
Alô Portugal, SIC, 6 de janeiro de 2012
“Sou muito bem tratada pelo público. Há uma ternura, uma estima e até um afeto que me deixa sem palavras.”
Rádio Renascença, 3 de fevereiro de 2012
“Não há ninguém que não fique contente quando o seu trabalho é reconhecido.”
LX Jovem, 29 de novembro 2011
“Trabalhei muito toda a vida e durante um determinado período foi tudo difícil. Quando finalmente somos reconhecidos, as coisas começam a melhorar, começamos a ter a possibilidade de interpretar grandes personagens e poder mostrar aquilo que valemos.”
Portugal no Coração, RTP, 13 de fevereiro de 2012
“Acho muito interessante que as pessoas não me conhecem só das novelas mas também do teatro. Fico especialmente enternecida.” 
Jornal da Noite, SIC, 20 de julho de 2008
“Temos, felizmente, cada vez mais salas de espetáculos com boa qualidade e com boas condições para trabalhar, por esse país fora. A melhor sala em que já estive, por uma questão afetiva, foi o Teatro Nacional D. Maria II.”
Expresso, 26 de fevereiro de 2011
"Sempre me interessou mais o lado artístico do que o material. Queria interpretar bons textos. Ainda hoje não consigo dizer que não a um bom texto."
Diário de Notícias, 19 de fevereiro de 2011
“Senti-me honrada com as condecorações, tudo isso me toca, mas toca-me sempre com olhos abertos. Já dei muito ao meu país, dei-lhe a minha vida”. 
Jornal Sol, 19 de fevereiro de 2012
“O teatro é a primeira razão da minha vida.”
Antena 2, 8 de fevereiro de 2012
“Se fosse em Inglaterra, o Ruy de Carvalho já teria o título de Sir e eu de Lady. Cá, despedem-nos.”
Jornal de Notícias, 13 de fevereiro de 2011
“Foi uma emoção e um susto, de uma miúda que se estreou num modesto teatro com modestos artistas e que agora estava no primeiro teatro do país. Era uma coisa muito assustadora, mas assim foi, assim fiz e assim continuei.”
Jornal i, 15 de dezembro de 2016
“Todos os prémios são importantes porque são um reconhecimento daquilo que nós valemos.”
Querida Júlia, SIC, 27 de maio de 2011
“Jamais terei pena de mim.”
Público, 20 de fevereiro de 2011
“Os meus filhos e o teatro foram o melhor que fiz na vida.”
Caras, 18 de dezembro de 2014
“A minha filosofia é pretender ser cada vez mais simples.”
Querida Júlia, SIC, 26 de abril de 2011
“Não fiz tudo o que queria, de modo nenhum, porque tive um fantasma em cima da minha geração que foi a censura. A censura impediu-me de fazer muita coisa.”
Jornal das 8, TVI, 1 de dezembro de 2011
“Os meus filhos são o meu grande abraço. Devo-lhes muito.”
Querida Júlia, SIC, 26 de abril de 2011
"Não tenho tendência para dramatizar, mas com a minha idade há sempre a emoção especial de não saber quando vai ser a última peça."
Diário de Notícias, 19 de fevereiro de 2011
"A intuição facilitava muito a minha vida profissional. Havia uma coisa que me preocupava, porque se dizia que eu, logo nos primeiros ensaios, começava a descobrir o personagem por via dessa intuição. Achei sempre que devia contrariar isso, porque era uma facilidade que me podia trazer uma repetição no meu trabalho e isso eu não queria."
Observador, 20 de abril de 2021
"Sou uma mãe de muitos filhos. Acho muito importante. Devo-lhes muito. Na minha carreira, eles tiveram sempre uma enorme importância e não me sentiria realizada, como me sinto, se não os tivesse."
RTP, 16 de novembro de 1972
"Joana d'Arc [1955, Teatro Avenida, Lisboa] foi uma grande alegria, um profundo prazer. Marcou a minha carreira definitivamente. Houve uma mensagem assinada por todos os intelectuais portugueses, que guardo com muito carinho."
RTP, 16 de novembro de 1972
"A influência que o público nos pode transmitir é o seu silêncio atento. Porque há mais do que um tipo de silêncio: há um silêncio atento e um silêncio distraído."
TV Guia, 2 de Março de 1996
"Os atores são pessoas um bocado esquisitas, capazes de usar nas personagens muita coisa da sua vida, do seu passado. Somos uma espécie de vampiros."
RTP, 13 de fevereiro de 2011
"Gosto muito do meu país. Sem nenhuma espécie de vaidade: se tivesse partido para o estrangeiro, com idade suficiente para fazer uma carreira lá fora, penso que teria feito. Não era preciso ir muito longe, bastava ir para Espanha. Nunca quis porque nunca fui capaz."
Antena 2, 25 de abril de 1991
"Penso muitas vezes na morte. A partir dos 30 anos comecei a ter a noção de que sou mortal." 
RTP, 13 de novembro de 1991
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