Belmiro de Azevedo era um jovem estudante quando começou a trabalhar na Empresa Fabril do Norte, a Efanor. Foi o seu primeiro emprego, mas não foi o mais longo. Não demorou muito até seguir para a Sociedade Nacional de Estratificados, vulgo Sonae, nome até hoje ligado à família do empresário, e que já poucos relacionam com o negócio da madeira. No edifício da Efanor, a primeira fábrica têxtil a ter luz eletrificada em Portugal, já não entram operários: entram alunos da creche até ao 12.º ano. Os mais novos ocupam o espaço que resta da fábrica de carrinhos de algodão para coser e bordar, os mais velhos têm construções criadas de raiz na mesma rua da fábrica. Hoje chama-se Colégio Efanor, abriu portas em 2008, nasceu de uma ideia do próprio Belmiro de Azevedo, inspirado pela importância que o seu professor primário teve no seu percurso, e pertence à fundação com o seu nome. Este ano, é a escola onde os alunos tiveram a média mais alta nos exames nacionais: 16,1 valores.
Os bons resultados académicos não são estranhos ao seu diretor João Trigo, que durante anos dirigiu e conduziu ao topo dos rankings o Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto. Agora, passou à frente da escola que fez crescer. Sobre o primeiro lugar do Efanor, não esconde o prazer de receber a notícia, mas diz que essa é apenas uma das muitas dimensões de um colégio onde as propinas mensais passam os 500 euros, mas há bolsas para jovens talentosos que não as possam pagar.
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