Trazer à tona novos escritores e ilustradores, assegurar a acessibilidade do livro infantil, fazer com que haja em Portugal um foco sério e de qualidade em prol do gosto pela leitura entre os mais novos. Estes são apenas alguns dos efeitos do Prémio de Literatura Infantil que o Pingo Doce promove há 8 anos. E o alcance dos livros editados por esta empresa pode chegar a números surpreendentes: a sua distribuição é feita em mais de 400 pontos de venda em todo o país, a preços que só o Pingo Doce pode oferecer.

Todos os anos, o Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce revela um novo escritor — uma das condições de participação é não ter obra publicada — e traz à luz um ilustrador até então desconhecido do grande público. Cada um recebe 25 mil euros de prémio pecuniário e a honra de ter a sua obra publicada e, como dizemos acima, amplamente distribuída. “Saber que o meu livro vai estar acessível a milhares de crianças em todo o país é uma honra e uma alegria”, diz Raquel Salgueiro, vencedora da categoria texto da 8.ª edição da iniciativa. “Assim como Tu” é o título do livro que fala das aventuras e peripécias de Antónia, desde o seu nascimento até completar 12 anos, 3 meses e 24 dias. Jorge Margarido, vencedor da categoria ilustração, lembra que quando leu a história, quis criar um traço que não alterasse o sentido nem a sensibilidade das palavras escritas. O resultado é o presente ideal para este Natal, que vai ajudar as crianças de todo o país a descobrirem o mundo que se revela quando abrimos um livro.

A entrega do Prémio ocorreu no passado dia 18 de novembro no anfiteatro do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa. A abrir o evento, Judite Alves, vice-diretora do Museu, referiu o papel daquela instituição enquanto transmissora de conhecimento, e incluiu a leitura entre os meios mais relevantes para o fazer, referindo o Pingo Doce como um dos players principais no nosso país. De forma apaixonada, Maria João Coelho, diretora de Marketing do Pingo Doce, falou sobre a importância que a empresa dedica à literacia infantil e realçou o seu papel na (tão necessária) democratização do livro e nos mais de 450 títulos infanto-juvenis exclusivos que a empresa já publicou — além daqueles que nascem deste Prémio Literário. Ao todo, nas lojas Pingo Doce, já foram vendidos mais de 2 milhões de livros, um êxito de que poucas livrarias se podem orgulhar.

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Livros, escolas e famílias

Para refletir sobre a importância dos livros infantis na relação entre escolas e famílias, do evento fez parte um painel moderado por João Miguel Santos, Host da Rádio Observador, que contou com a troca de ideias de Elsa Conde, subcomissária do Plano Nacional de Leitura (PNL); Eduarda Mota, coordenadora interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares; e Maria Ana Ferro, escritora e blogger. Neste debate, chegou-se à conclusão que a articulação entre escola e família é essencial, e o ideal é que haja um diálogo feliz e informal — a primeira condição para que a leitura se torne um gosto e um hábito de vida. Durante o painel, também houve lugar para enaltecer os papéis dos pais, que, segundo Elsa Conde, durante a pandemia, sustentaram a leitura com as crianças, dedicando-lhe, como sugere o Plano Nacional de Leitura (PNL), dez minutos por dia. Por sua vez, Eduarda Mota referiu o Programa “A Escola a Ler +”, frisando que a Escola tem de ter uma cultura de leitura, e, para isso, a Rede de Bibliotecas Escolares continua a fazer com que ir à biblioteca seja fácil, acessível e divertido. Na qualidade de mãe, Maria Ana Ferro afirmou que ler com os filhos todas as noites é um hábito que faz questão de cultivar na sua família e ao qual deu início assim que os seus filhos nasceram. “Muitas vezes, basta o tom de voz para que as crianças se transportem para outros espaços”, referiu a blogger.

“Assim como tu”

O título da obra premiada nesta 8.ª Edição do Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce traz as aventuras de uma menina chamada Antónia que observa e repara nas pessoas à sua volta, com a abertura de espírito dos nossos dias. A introduzir os presentes no livro, Marina Deus, mediadora de leitura, foi acompanhada pela música dos jovens alunos da Academia de Música de Lisboa enquanto lia excertos de “Assim como tu”, dos vencedores Raquel Salgueiro e Jorge Margarido.

O prémio foi entregue por Isabel Ferreira Pinto e Maria João Coelho, respectivamente CEO e diretora de Marketing do Pingo Doce. Com uma profunda alegria no rosto, os autores manifestaram a sua gratidão pelo reconhecimento e partilharam a sua jornada até àquele dia. “Este livro foi escrito numa praça em Castelo de Vide, onde as palavras cresceram e têm passado, presente e futuro”, contou Raquel Salgueiro. “Obrigado à Raquel, ao Pingo Doce, ao júri e ao André Carrilho, que foi o primeiro a saber que eu tinha ganho”, disse Jorge Margarido. Ambos os vencedores deixaram clara a sua alegria pelo que estavam a viver naquele dia.

Alegria e saudade

Foi também a demonstrar a sua alegria por fazer parte daquele momento que Teresa Calçada, Comissária do Plano Nacional de Leitura (PNL), encerrou a cerimónia. “É muito bom fazer parte deste momento”, referiu a comissária que quis homenagear Leonor Riscado, figura proeminente da promoção da leitura em Portugal, que durante 10 anos fez parte da equipa do PNL e foi membro do júri deste Prémio por três anos, deixando-nos recentemente, vítima de doença oncológica. Após um discurso de grande sensibilidade, Teresa Calçada trouxe, pela voz da jovem Leonor Poejo Fernandes, um dos poemas preferidos de Leonor Riscado: “As Violetas”, de Vergílio Alberto Vieira. Foi uma forma de provar que com palavras, histórias, livros e poemas se marcam vidas e se prova que as empresas, como o Pingo Doce, também fazem parte do desenvolvimento de um país.

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Prémio Literário Infantil