Durante mais de 300 anos, pensou-se que o original de Clavis Prophetarum, um texto em latim de Padre António Vieira, se tinha perdido. Conheciam-se várias cópias, uma delas produzidas pouco tempo após a morte do jesuíta português, no Brasil, mas nada que apontasse para a existência do original. Até que, no verão de 2019, a investigadora Ana Valdez deparou-se com um manuscrito que, ao que tudo indicava, seria a primeira versão do texto apocalíptico de Vieira. O documento está há várias décadas no arquivo histórico da Universidade Gregoriana, em Roma, mas tinha sido descartado como uma cópia de má qualidade. De tal forma, que poucas vezes tinha sido levado para a sala de leitura. A investigadora e professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que sempre tinha ouvido dizer que o original da Clavis se tinha perdido, duvidou das suas próprias certezas. Como é que um manuscrito que todos diziam que não existia, afinal, existia? De regresso a Lisboa, expôs o caso ao também investigador Arnaldo do Espírito Santo, professor catedrático emérito na mesma faculdade e especialista em Padre António Vieira. O professor achou o caso estranho. “O melhor é lá irmos.” E foram.
Assim começou uma grande aventura que dura há mais de dois anos e que envolve atualmente outros especialistas em Itália, que têm trabalhado conjuntamente com os investigadores da Faculdade de Letras de Lisboa na análise do manuscrito 1165/1, da Pontifícia Universidade Gregoriana, que se confirmou ser de facto o original da Clavis Prophetarum. Considerado a grande obra do autor português, trata-se de um texto de interpretação dos livros de Daniel e do Apocalipse, da Bíblia, que ocupou vários anos da vida de Vieira. O documento não tem apenas importância por ser o original. Permite conhecer pela primeira vez o texto completo e até a sua primeira versão, escondida atrás de folhas coladas. “Durante décadas trabalhámos com a assunção de que só tínhamos cópias”, disse Ana Valdez, historiadora especializada em literatura apocalíptica, em entrevista ao Observador. “Conhecia-se o texto, mas não na íntegra. A organização às vezes é diferente, o conteúdo também. Depende da cópia.”
Um acontecimento para o estudo da obra de Padre António Vieira, a descoberta do manuscrito será apresentada publicamente esta segunda-feira, pelas 16h30, na Faculdade de Letras de Lisboa. O evento irá reunir todos os especialistas, de lá e de cá, e irá desvendar os mistérios da “chave dos profetas”. Em antecipação da apresentação, o Observador conversou, em Lisboa, com os investigadores Ana Valdez e Arnaldo do Espírito Santo, que relataram a extraordinária descoberta e a importância do texto maior de um dos grandes nomes da literatura em língua portuguesa.
A descoberta do manuscrito impossível
Até à descoberta do original, a cópia mais antiga que se conhecia da Clavis Prophetarum era a que tinha sido pedida um ano depois da morte de Padre António Vieira pelo superior geral da Companhia de Jesus para que fosse entregue à Inquisição em Roma. A cópia, conhecida como MS. Casanatense 706, foi feita em 1698 pela mão do último secretário de Vieira, António Maria Bonnucci, também um jesuíta, que se encontrava ainda no Brasil, onde o português tinha morrido, na Baía. Para produzir o documento, Bonnucci teve de abrir a caixa com duas fechaduras onde tinham sido encerrados todos os papéis de Vieira após a sua morte, em 1697. Não se sabe porque é que os manuscritos do autor foram encerrados num baú. “Se calhar tinha coisas mais ou menos heréticas, coisas mais suspeitas”, sugeriu Arnaldo do Espírito Santo. “Ou então não, eram simplesmente os papéis de um grande homem.”
O documento chegou à Europa em 1699, tendo sido entregue à Inquisição em Roma, que queria tomar uma decisão sobre a sua publicação, e mais tarde ao convento dominicano de Santa Maria sopra Minerva, na mesma cidade. Nas mãos dos inquisidores romanos, a cópia foi riscada, rasurada e cortada, tendo-se perdido parte substancial do texto. “Com o protesto de alguns dos revisores”, apontou o mesmo investigador. “Alguns dos revisores escreveram uma anti-censura a dizer que não estavam de acordo e que não havia heresia. Dentro da Inquisição, pelo menos em Roma, já havia opiniões diferentes.” “A decisão não foi unânime e transparece”, comentou Ana Valdez. “Estamos a pensar num Vieira que tinha sido condenado [em 1667] pela Inquisição portuguesa [por proposições heréticas, temerárias, mal soantes e escandalosas] e que teve de ir a Roma pedir uma escusa. Era uma personagem polémica.”
Em 1713, quando o secretário de Vieira já tinha regressado à Europa, foi pedido que a caixa com os manuscritos do padre jesuíta fosse enviada para Portugal e entregue ao provincial. Uma vez em Lisboa, foi parar às mãos do inquisidor-mor, cardeal D. Nuno da Cunha, que ordenou a sua avaliação. Esta foi feita por um jesuíta italiano, Carolo António Casnedi, que disse “maravilhas da Clavis”. “Disse que era a melhor obra que havia, que tinha sido feita com inteligência, com luz, por uma pessoa com uma cultura enorme, que não havia nenhum erro”. A única imperfeição era a sua desorganização. “Os primeiros cadernos estão bem e isso é muito interessante — estão ordenados e os outros estão uma confusão”, explicou Arnaldo do Espírito Santo.
Depois da chegada a Lisboa e da avaliação de Casnedi, o rasto da cópia original da Clavis Prophetarum perde-se. Sabe-se que foi enviada para Roma, onde se encontra, mas desconhece-se em que circunstâncias. Existe apenas o registo da sua entrada no arquivo histórico da Pontifícia Universidade Gregoriana, em 1949. Antes disso, terá estado emparedado juntamente com os volumes que pertenciam aos censores do Colégio Maior dos Jesuítas numa sala de leitura da Biblioteca Nacional de Roma, durante o período da Segunda Guerra Mundial. Quando entrou para a Gregoriana, o manuscrito foi catalogado corretamente como sendo de Padre António Vieira, mas, durante décadas, ninguém lhe prestou atenção. “O espantoso é que ninguém teve curiosidade em olhar para aquilo. Até que a Ana chegou a Roma, olhou e disse: ‘Mas que coisa estranha! Tantas folhas desencontradas”, comentou o professor catedrático. Os investigadores sempre mostraram preferência por outros manuscritos da Clavis, alguns deles também no espólio da universidade romana. “Passou ao lado porque tinha tão mau aspeto… Acho que deve ter sido por causa disso, porque nem o traziam à leitura.”
Ana Valdez foi a primeira a prestar atenção ao MS. 1165/1. A investigadora e professora estava em Roma para participar no encontro internacional da Society of Biblical Literature, de que é sócia. “Cheguei a Roma a 1 de julho de 2019. Era uma semana de conferência. Somos sempre muitos — a conferência internacional junta dez mil pessoas”, contou ao Observador. “Só quando estava em Roma é que me apercebi que o reitor da Universidade Gregoriana é um português [o jesuíta Nuno da Silva Gonçalves]. Costumo ser a única portuguesa que é sócia daquela associação. Estava a sair da Gregoriana com um colega brasileiro e, de repente, vejo entrar o reitor. Pensei: ‘É uma questão de educação, vou-me apresentar’. Ele fez-me uma pergunta que acho que é a pergunta mágica: ‘O que é que eu posso fazer por si?’. Ingenuamente, disse-lhe: ‘Por acaso, não me lembrei em Lisboa de pedir acesso ao 354 e ao 359’, que são outras duas cópias da Clavis, com quais trabalhei durante muitos anos com fotocópias. Não as conhecia fisicamente, era a minha primeira visita a Roma. ‘Claro, porque não? Vamos a isso’.”
De repente, todas as portas se abriram. Nuno da Silva Gonçalves falou com o diretor do arquivo, o padre Martín Morales, que, antes de permitir que Ana Valdez acedesse aos manuscritos, decidiu pôr a investigadora à prova. “Resolveu fazer uma coisa que me fez sentir que estava na Faculdade de Direito: fez-me uma oral. Queria saber quem eu era, com quem trabalhava, o que pensava sobre os diferentes assuntos. A certa altura disse, ‘ok, tudo bem. Vou mandar vir os manuscritos. Pode ir para a sala de leitura’. Estava à espera que viesse um carrinho com duas coisas e veio um carrinho com quatro: o 354, o 359, o 1165/2 e o 1165/1.”
Ana Valdez começou por olhar para os dois primeiros, porque eram os que mais lhe interessavam, passando depois para o manuscrito 1165/2, que percebeu ser uma cópia mais moderna e, por isso, menos relevante. Depois de almoço, pegou no 1165/1. “De facto tinha um aspeto miserável”, confirmou. “Comecei a folhear e a perceber que tinha papel de tamanhos diferentes, com texturas diferentes. O que me chamou a atenção foram duas adendas que estão inseridas no primeiro fólio, que são uma tentativa de organização do conteúdo do livro [Casnedi tentou estruturar os cadernos de Vieira e resumir o seu conteúdo]. Depois vi o texto que diz que é a cópia mandada vir pelo D. Nuno da Cunha, o inquisidor-mor português. Isso fez-me parar.”
A investigadora abriu no computador um documento com a descrição das várias cópias da Clavis Prophetarum e começou a tirar notas. Depois, pediu para falar com o diretor do arquivo. “Quando veio, faz-me outra daquelas perguntas que só as pessoas muito sábias fazem: ‘Mas porque é que não há-de ser aquilo que estás a pensar que é? Obrigou-me a fazer a contra-argumentação teórica toda”, confessou a também professora universitária. “Sou provavelmente a mais nova destas gerações todas. Represento a última geração [de investigadores que estudaram a Clavis]. Há um grande historial para trás. Senti-me uma criança de colégio a olhar para um livro. Aquilo era aquilo, mas toda a gente antes de mim disse que não era. Quem era eu para dizer que…? Senti aquele friozinho na barriga.”
Ana Valdez e o padre Martín Morales passaram aquela tarde de terça-feira em volta do manuscrito. “Eu a arranjar razões para que não fosse [o original] e ele a arranjar razões para estar errada. Tinha imensa vontade de estar certa, mas tanta gente disse que não era, que não podia ser.” Ainda cheia de dúvidas, a investigadora regressou ao arquivo histórico da Universidade Gregoriana na tarde do dia seguinte. As sessões da conferência da Society of Biblical Literature ocupavam-lhe as manhãs, de modo que só tinha as tardes livres. Para que pudesse continuar o trabalho, abriram-lhe o arquivo fora de horas. “Continuei a trabalhar naquele quadro comparativo e a ver quais eram os pontos de encontro e de desencontro [com outras versões]. Se os capítulos batiam, se tinha o mesmo número de fólios, de secções, mas com o bichinho de que o que tinha era uma coisa para a qual ninguém tinha olhado.”
Na sexta-feira, quatro dias após ter chegado a Roma, Ana Valdez regressou a Portugal. O tempo passou, as aulas começaram, e a investigadora só conseguiu falar com Arnaldo do Espírito Santo em novembro. Quando abordou o professor catedrático, este pensou que era tudo “um bocado estranho”. “Mas é isso mesmo? O melhor é lá irmos.” E foram. Embarcaram a 12 de janeiro de 2020. Sem conseguirem chegar a uma conclusão definitiva, voltaram cerca de um mês depois, a 17 de fevereiro, depois de terem sido informados de que o manuscrito seria submetido a testes laboratoriais. Quando a técnica chegou ao arquivo da Universidade Gregoriana, os investigadores já tinham chegado a uma conclusão. “Está descoberto”, anunciaram. Ana Valdez e Arnaldo do Espírito Santo tinham conseguido identificar no documento uma frase indicada por Casnedi. “A frase estava lá [no fólio indicado]. Depois descobrimos outras coisas”, disse o professor catedrático. Foi a avaliação do jesuíta que permitiu aos investigadores terem a certeza absoluta de que se trata do mesmo manuscrito, porque a descrição feita por Casnedi corresponde ao que Ana Valdez encontrou na Gregoriana.
“Daí para cá tem sido um trabalho imenso”, confessou Arnaldo do Espírito Santo. Os investigadores têm estado a trabalhar na transcrição do manuscrito, um trabalho exigente e moroso, que culminará na publicação de uma edição bilingue, no latim original e em inglês. “Começámos logo que se fez a primeira digitalização, antes do restauro”, custeado pela Faculdade de Letras de Lisboa. “Ela a trabalhar em casa dela e eu na minha, por Zoom. Uma coisa positiva da Covid é que nos habituámos a trabalhar assim”, constatou o professor. “Temos estado a trabalhar na leitura, que é muito complexa. Há muitas notas marginais, muitas inserções. Isso tudo desapareceu. Ou foi integrado nas cópias ou esqueceram-se [de as incluir quando copiaram o texto].” “Alguns fólios estão cobertos”, apontou Ana Valdez. “O que é que está por baixo? A primeira versão do texto. Agora vamos compará-la numa edição crítica”, disse Arnaldo do Espírito Santo. “É na diferença que está a importância do manuscrito. É uma peça diferente. Estamos convencidos que vai dar muito para falar.”
Ana Valdez e Arnaldo do Espírito Santo não são os únicos investigadores envolvidos no estudo da Clavis Prophetarum. Especialistas de várias ciências e disciplinas estão também a olhar para o manuscrito de Padre António Vieira. “Neste momento, temos um classicista, um historiador, um paleógrafo, dois restauradores, dois físicos e uma pessoa que trabalha com teologia. Temos uma panóplia de disciplinas”, disse Ana Valdez, acrescentando que está a ser escrito um artigo para a revista científica Nature. “Os testes que foram feitos permitem isso.” A análise possibilitou, por exemplo, perceber que foram usados dois tipos de cola, a de trigo e a de mandioca, que era feita no Brasil. “Neste momento estão a analisar a salinidade da água. Pela humidade, conseguem perceber se o manuscrito andou muito tempo embarcado. Outra coisa divertidíssima são os testes à tinta.” Ana Valdez acredita que a forma como o manuscrito da Clavis Prophetarum está a ser analisado “permite pensar que este estudo vai acabar por ser um protótipo para o futuro na forma como vamos olhar para estes objetos desta altura”. “Deixou de ser apenas um manuscrito. Passou a ser um objeto de ciência, no mais lato senso da coisa.”
Clavis Prophetarum: uma mensagem de esperança para o futuro
A Clavis Prophetarum pertence ao género da apocalíptica, a que Vieira dedicou algumas obras. Contrariamente ao que muitas vezes se julga, o apocalipse não prevê a destruição do mundo, mas o aparecimento de um novo, mais perfeito. “Pensa que o mundo entrou em degeneração e, como não há remédio a dar, tem mesmo de acabar para aparecer um novo mundo perfeito”, explicou Ana Valdez, que se especializou em literatura apocalíptica. “O apocalipse compreende a instalação de um mundo novo. Não é uma destruição per se. É uma destruição com vista a. O que faz uma grande diferença. O Livro do Apocalipse é literatura de esperança”, disse a investigadora. “Aquilo vai acontecer porque se chegou ao ponto de não retorno, porque se quer aquele mundo perfeito que vem. Por isso, não fala de destruição, mas de esperança. A Clavis é um livro que se enquadra dentro dessa categoria da apocalíptica.”
Além do Livro do Apocalipse, no Novo Testamento, existe um outro texto canónico dentro deste género literário: o Livro de Daniel, no Antigo Testamento. O que Padre António Vieira tentou fazer na Clavis Prophetarum foi oferecer uma “chave” interpretativa para os dois livros, tentando perceber quando é que o reino prometido ia surgir. “É a questão do Quinto Império. Vieira retornou à ideia de Daniel da sucessão dos quatro impérios, ao qual se seguiria um outro — um quinto — que seria perfeito. A pergunta que se fazia na altura era quem é que de facto representa o Império Romano, sendo que esse seria o último antes do estabelecimento do império divino. A argumentação de Vieira é que obviamente era Portugal, mas isso já vinha de trás, não tivesse ele sido um dos grandes diplomatas ao serviço de D. João IV.”
Apesar de o tema não ser novo, Vieira, que não foi o último a tentar interpretar o conteúdo dos livros do Apocalipse e de Daniel, introduziu algumas “novidades” e “originalidades”. “É provavelmente um dos últimos e um dos mais originais em termos de interpretações”, declarou a investigadora, explicando que, “ao contrário de Santo Agostinho, que dizia que o império de Deus era completamente distante e que não tinha qualquer contacto com os anteriores, Vieira disse que não, que era uma continuação. Era um império histórico, que não mudava de cosmos. Isso é muito prático”. “Por um lado, é uma visão muito generosa; por outro, quebra com a heterodoxia da Igreja, porque vai à procura dos sinais históricos, que foi uma coisa que Santo Agostinho proibiu”, continuou Ana Valdez. “Não há história do futuro e não se deve procurá-lo. É o maior ensinamento de Agostinho e é aquilo que ficou marcado na História da Igreja.” Para Arnaldo do Espírito Santo, trata-se de” uma visão muito generosa da História. É uma teologia da História e às vezes uma filosofia da História. É uma leitura racional. Com muitos elementos religiosos, obviamente.”
Vieira não chegou a terminar a Clavis Prophetarum, um texto em que trabalhou durante vários anos. Nas cartas que enviou, referiu que estava a escrever uma obra em quatro livros, mas só existem três. “Ele diz que o texto foi escrito durante 50 anos, mas não foi. Foi pensado, talvez”, disse Ana Valdez. Arnaldo do Espírito Santo acredita que é posterior à ida do português para Roma, em 1669, mas o que se sabe é que pelo menos três quartos da obra foi escrita na cidade italiana. Uma pequena parte foi composta no Brasil, o que é confirmado pela utilização da cola de farinha de mandioca. “Esta é a obra magna de Vieira”, que tem a solidez teológica que falta a obras anteriores, de caráter mais popular, como Esperanças de Portugal e História do Futuro, em que o autor utilizou textos de profecia popular juntamente com texto bíblico. “A Clavis é um texto completamente diferente, completamente ortodoxo”, garantiu a investigadora. “Ele sustentou toda a construção literária com base nas autoridades da Igreja.”
No início da conversa com o Observador, Arnaldo do Espírito Santo afirmou que o Padre António Vieira da Clavis Prophetarum é um “ muito oculto, do domínio dos especialistas, que merecia ser estudado”. No final, perguntámos-lhe porquê. “Tem uma proposta de felicidade para as pessoas, de paz, de concórdia entre os povos. De solidez, de solidariedade.” “É um escritor sem comparação. A obra de Vieira devia ser mais conhecida do que é”, defendeu Ana Valdez. “Claro que os sermões são os sermões. São obras de um brilhantismo barroco enorme, que são atuais pela questão social”, disse o professor catedrático. “Mas na Clavis há outros aspetos que se calhar são mais atuais.”