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© Hugo Amaral/Observador

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Os velhos agora são novos. Há negócios a beber da tradição

Uma peixaria, uma barbearia, doces e uma leitaria. A tradição saiu à rua pela mão de jovens que mudaram de vida. É a contra tendência, dizem especialistas. As pessoas estão cada vez "mais vintage".

“Diga, querida.” E na banca há salmão, lulas, garoupa, pargo e carapaus. Ou corvina e atum. “Há peixe para toda a gente”, diz Tânia Silva, 26 anos, e dez de experiência como peixeira. Aos 16, disse à avó que não queria estudar mais – tinha o peixe a correr-lhe nas veias. Começou por ajudar a tia numa banca de mercado ao fim de semana até que aos 23 anos começou a apregoar sozinha. Por sua conta e risco, quando montou uma banca no mercado de Algés. Conversa com o Observador enquanto parte um salmão de seis quilos em postas. Cerca de 14, uma cabeça e um rabo. Veio da Noruega. Mas naquela quinta-feira ficou exposto na banca da Peixaria Centenária, num dos bairros mais trendy de Lisboa, o Príncipe Real.

O avô e a tia de Tânia Silva eram peixeiros. Ela ainda tirou um curso de auxiliar de ação educativa e trabalhou na área durante um ano, mas quis voltar a vender peixe. Nunca mais parou – mesmo quando quis. Em 2013, decidiu fechar a banca que tinha aberto em Algés: os lucros não suportavam os gastos e a jovem queria “pôr as ideias no sítio”. Contou a um fornecedor que ia fechar o negócio. Três dias depois, o filho do fornecedor ligou-lhe. Queria que Tânia fosse trabalhar para a peixaria que ia abrir com dois amigos. A chamada foi de Rui Quinta, designer gráfico. Os amigos eram Filipe Alves e Joana Mateus, um artista plástico e uma ilustradora. São os três fundadores da Peixaria Centenária – uma loja à antiga, com Facebook e Instagram.

Filipe Alves é artista plástico, mas agora vende peixe no Príncipe Real

© Hugo Amaral/Observador

Filipe, Rui e Joana já eram amigos antes de abrirem a Peixaria Centenária. Filipe Alves explica ao Observador que a ideia surgiu quando o amigo Rui foi para Berlim estudar Design Thinking. Voltou com vontade de pegar no negócio do pai (fornecedor de peixe) e reinventá-lo. Achava que havia uma oportunidade de negócio na venda do peixe. Conversou com Filipe num jardim em Belém. Conheciam ambos a loja que agora vende peixe na Praça das Flores. “Tinha que ser aqui. Adorávamos esta loja pela arquitetura, pela localização”, conta Filipe.

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Ao peixe, juntaram uma comunicação lúdica, divertida, moderna, criativa. E todos os dias entram na peixaria curiosos, turistas, clientes habituais, pessoas do bairro, donos de alguns restaurantes. Pessoas de todas as idades. E quem não pode ir à peixaria, encomenda e recebe o peixe em casa. Quando abriram a loja, sabiam o que queriam fazer: não podiam cometer os erros que estavam a afastar as pessoas das peixarias tradicionais e das bancas dos mercados.

“As pessoas hoje têm menos tempo e mais manias. Nem sequer é preciso ser muito astuto para perceber isto. Podíamos só vender o peixe, mas sabíamos que isso era limitativo”
Filipe Alves, um dos fundadores da Peixaria Centenária

Focaram-se em ter um horário alargado – para que as pessoas possam comprar peixe quando saem do trabalho -, em ter à venda produtos de mercearia que podem acompanhar qualquer prato de peixe – o arroz, as massas ou os legumes que, sozinhos, preenchem um prato e que evitam sair da peixaria para comprar o resto dos ingredientes -, em ter sacos impermeáveis e resistentes – para que o peixe não pingue e evite sujar a roupa ou o carro, – em ter cábulas penduradas por cima da banca – com indicação dos passos necessários para cozer ou fritar qualquer peixe -, e em terem uma oferta para os mais “preguiçosos”, como hambúrgueres de peixe, lombos sem espinhas ou espetadas já preparadas.

“As pessoas hoje têm menos tempo e mais manias. Nem sequer é preciso ser muito astuto para perceber isto. Podíamos só vender o peixe, mas sabíamos que isso era limitativo”, conta Filipe. Joana Mateus é a voz da Peixaria Centenária. É ela que está responsável pelas redes sociais, Facebook e Instagram. E nem aqui a peixaria quer desvirtuar-se do conceito original. “Ela pegou no palavreado da praça, mais modesto, do comércio de peixe e trouxe-o para um ambiente mais trendy, explica Filipe. A aposta nas redes sociais surgiu para casar a tradição com a modernidade e porque depressa perceberam que a peixaria tinha de ir para fora do bairro.

"Já tivemos aqui dois ou três olheiros de superfícies comerciais grandes a tentar perceber onde é que estavam a errar. Para estarem mais perto do que é o comércio de proximidade"
Filipe Alves, um dos fundadores da Peixaria Centenária

Três amigos com paixão pelas artes fazem da venda de peixe vida. E investiram na Peixaria as suas poupanças. “Foi uma aposta e nem sequer é uma aposta segura. Vamos ver”, diz Filipe Alves ao Observador. Sobre a tendência dos jovens em apostarem no comércio tradicional, diz que acha que veio para ficar. “É uma tendência de longo prazo. E acho que daqui a cinco ou seis anos, os hipermercados vão estar a penar.

“As pessoas estão mais informadas, têm hábitos de consumo diferentes. E nós já tivemos aqui dois ou três olheiros de superfícies comerciais grandes a tentar perceber onde é que estavam a errar. Para estarem mais perto do que é o comércio de proximidade. Eles não sabem, porque nunca estiveram perto do consumidor. E agora andam a tirar proveito das ideias dos inovadores das pequenas empresas”, conta.

Para o futuro, a Peixaria Centenária quer manter-se no comércio de proximidade. Apesar de já ter tido propostas para franchising da marca, por enquanto ainda não é nisso que os três amigos pensam. “Isto ainda é o nosso filho, pequenino, que ainda come pelas nossas mãos”, diz Filipe. Peixe, de preferência.

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Vender na rua, vender conceitos

É uma contra tendência, explica Pedro Barbosa, especialista em Marketing, e docente no IPAM – The Marketing School e na Porto Business School. “O mundo tem estado num processo constante de globalização e a globalização traz muitas coisas positivas, como mais produtos e melhores preços, mas como qualquer tendência, traz um processo de contra tendência”, diz. Quem é que impulsiona este processo? As pessoas “que estão mais à frente”, diz. Porque ficam com um certo “enjoo do crescimento sempre igual”.

Pedro Barbosa comenta que as marcas estão tão preocupadas em seguir as tendências e estarem alinhadas com aquilo que é novidade, que acabam por ser iguais umas às outras. “Parece que fazemos parte de uma máquina industrializada, mas as pessoas não querem ser isso. E esta contra tendência leva a um processo de anti massificação, porque as pessoas querem algo que saia do habitual. Querem reduzir os níveis de saturação e procuram algo que seja mais natural, mais orgânico, mais artesanal”, diz.

“Eu acho que os negócios que forem capazes de fazer a diferença criando valor são sustentáveis no longo prazo. Porque se a diferença que fazem não for capaz de criar valor são modas com vida curta”
Pedro Barbosa, especialista em Marketing e docente universitário

Entre 2010 e o final de 2014, foram criadas cerca de 165.350 empresas, em Portugal. No mesmo período, 33.888 empresas declaram insolvência, segundo os dados da Ignios – Gestão Integrada de Risco. Entre 2013 e 2014, o setor que mais cresceu, no que diz respeito à constituição de novas empresas, foi o de Outros Serviços (foram criadas mais 461 empresas), o da Hotelaria e Restauração (mais 161), o da Agricultura (mais 137) e o do Comércio Automóvel (mais 68).

“Eu acho que os negócios que forem capazes de fazer a diferença criando valor são sustentáveis no longo prazo. Porque se a diferença que fazem não for capaz de criar valor são modas com vida curta”, diz Pedro Barbosa.

A sociedade está a assistir a uma ditadura do gosto que faz com que as pessoas queiram procurar outros conceitos e experiências de compra, que encontram em lojas especializadas, segundo Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, O comércio de rua reinventou-se para vender para lá do produto

Para Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca – associação portuguesa de empresas de produtos de marca, os consumidores estão mais revivalistas e o comércio tradicional soube aproveitar a tendência. Além disso, começaram a surgir lojas de rua especializadas em queijos, conservas, vinho, diz. “São lojas com assinatura, com qualidade em termos de design, que aproveitam muito o turismo. E este comércio de rua já não tem nada a ver com o comércio de há 20 ou 30 anos. São coisas completamente diferentes, que tentam vender para lá do produto. Vendem um conceito”, acrescenta.

O diretor-geral da Centromarca diz que atualmente se assiste a “uma ditadura do gosto”, que faz com que os consumidores que entram em vários centros comerciais deparem com 80% de lojas que são iguais. “Há uma massificação que deixou menos espaço para as pessoas que procuram outro conceito e uma experiência de compra um bocadinho diferente”, comenta. Trata-se de personalizar.

Aqui há navalhas com paixão

Entrar na Babearia Oliveira, em Alfama, é pisar o passado. Calçada portuguesa dentro de portas, num edifício que conta mais da história do bairro do que o seu morador mais antigo. Duas cadeiras em ferro fundido recuperadas e dois braços cobertos com tatuagens, que entre espuma de barbear e uma navalha, aparam a barba de Pedro Valente, 27 anos. Depois, o corte de cabelo. E ao lado o irmão Martim, com 18 anos.

Rui Oliveira tem 35 anos e abriu a Barbearia Oliveira há três, com o irmão

© Hugo Amaral/Observador

Pedro e Martim moram na zona de Entrecampos, mas vão de propósito a Alfama para ir ao barbeiro. Há cerca de um ano que o fazem. São dois irmãos na casa de dois irmãos, Ângelo e Bruno Oliveira, os barbeiros da Barbearia Oliveira, que veem na arte de fazer a barba à navalha uma “paixão”. “Já cortávamos em centros comerciais por conta de outrem, mas depois quisemo-nos especializar mesmo em barbearia”, conta Bruno Oliveira, 35 anos, que garante, há cerca de três anos, as barbas não estavam na moda.

Fizeram uma formação em barbearia no Centro de Formação Profissional de Penteado, Arte e Beleza, porque queriam “reviver o antigamente”. “Na altura, havia um défice de fazer a barba à navalha. Nos centros comerciais até proíbem a utilização da navalha e eu não sei porquê”, explica. Desde que abriu a barbearia (no espaço de outra barbearia), Bruno já teve vários convites para abrir lojas noutros pontos do país ou no estrangeiro. “Na Europa, há um défice bastante grande, temos sentido isso. Já tivemos vários convites para abrir barbearias em França”, conta. Este fim de semana, Bruno inaugura outra barbearia em Lisboa, na zona do Rossio.

"As barbas estão muito na moda. Quase que aparamos mais barbas do que cortamos cabelos. É 50-50. E as pessoas acharam piada"
Rui Oliveira, fundador da Barbearia Oliveira

Em três anos, o negócio cresceu de tal forma que Bruno conta que já não tem mãos a medir. Por dia, costuma atender cerca de 25 a 30 pessoas. “Aos sábados, é demais”, diz. Enquanto conversa com o Observador, há três turistas à porta. Entram dois e sentam-se, mãe e filho. São alemães, de Munique, estão de férias, mas o filho quer cortar o cabelo e fazer a barba na Barbearia Oliveira. Já a tinha visto no dia anterior, mas não conseguiu ser atendido. Agora, espera.

“As barbas estão muito na moda. Quase que aparamos mais barbas do que cortamos cabelos. É 50-50. E as pessoas acharam piada. Temos uma página no Facebook, mas nem temos mais nada. Tinha pensado em fazer um site, mas nem foi preciso”, conta. No sítio onde Bruno trabalha a sua paixão, outro barbeiro antes dele também o fez durante 70 anos. E é essa história que procura. Foi por isso que não aceitou os convites que já teve para franchisar o espaço. Nem para abrir uma loja no centro comercial Colombo, a convite do grupo Sonae.

“A maior parte dos barbeiros mais antigos já estão reformados, mas continuam a trabalhar. Trabalham quase até falecer. E eu gosto de conversar com os velhotes. Gosto das pessoas antigas, da sabedoria das histórias antigas. Às vezes, passava na baixa e ia conversar com eles”, conta. Os barbeiros da Barbearia Oliveira atendem muitos jovens, mas também atendem os “velhotes” do bairro, em casa.

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Os senhores que têm a navalha na mão naquela barbearia de Alfama não vestem bata branca, nem são “velhotes”. Carlos Paulo tem 28 anos e os braços completamente tatuados. Antes de se dedicar à barbearia, era atleta profissional de futsal. Ténis e um colete da Barbearia compõem o cenário. Bruno explica que o comércio tradicional está a ter “outro vigor”. “Talvez devido à própria economia, as pessoas que ficaram no desemprego tiveram de se mexer e criar o seu próprio emprego. E as pessoas estão cada vez mais vintage. As coisas vintage estão cada vez mais na moda”, diz.

Bruno e Ângelo investiram cerca de 30 mil euros na Barbearia Oliveira, com capitais próprios. Quanto às barbas, Rui considera que vieram para ficar, porque o homem está a tratar cada vez mais de si. E revela que, no que toca a cabelos e barbas, os homens são mais fiéis ao seu barbeiro do que as mulheres às cabeleireiras.

Maria e Filipa vendem doces. Tiago leite e iogurte

Conventos e ovos moles. Esta receita faz parte da cozinha de duas amigas que dedicaram 15 anos da sua vida à comunicação de marcas. Até que abriram a Casa dos Ovos Moles, que serve doces em loiça Bordallo Pinheiro. Primeiro, no mercado de Campo de Ourique. Depois, numa loja na Calçada da Estrela. A comunicação deu lugar ao empreendedorismo quando tinham ambas cerca de 40 anos e decidiram despedir-se da Brandia Central para vender doces.

“A doçaria conventual é algo regional, que está espalhado pelo país, mas não havia nenhum sítio em Lisboa que concentrasse produtos de todas as regiões”, explica Maria Dagnino. O processo começou por identificar o produto “estrela”: os ovos moles de Aveiro, que têm mais de 500 anos de história e são a base de toda a doçaria conventual, adianta. Decidiram testar o conceito numa banca no mercado de Campo de Ourique. A recetividade foi tal que despediram-se ambas da agência de publicidade Brandia Central para se dedicarem 100% ao projeto.

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Maria e Filipa chegaram às cerca de 10 produtoras de boca em boca. “Fizemos pesquisa para encontrar as melhores doceiras, que ainda fazem receitas muito originais e utilizam matéria-prima de muita qualidade”, explica Maria. Avançaram com a loja porque perceberam que o negócio estava a correr bem e que as pessoas identificavam aqueles doces como os doces da sua casa, da casa dos pais ou dos avós. E não tem dúvidas: as pessoas andam à procura de negócios antigos, que estavam em desuso.

“As pessoas começam a valorizar muito mais a rua e a fugir dos centros comerciais”, diz Maria. Na Casa dos Ovos Moles entram turistas e pessoas do bairro de todas as idades. À procura de ovos moles, mas também dos fidalgos, do toucinho do céu ou do queijinho do céu. Das trouxas de ovos e do pão-de-ló. E Filipa explica: a ideia não é massificar ou franchisar a doçaria conventual, até porque tal não é possível. As doceiras com que trabalham fazem tudo artesanalmente, conta.

"Não queremos de maneira nenhuma desvirtuar. Queremos trazer as pessoas das regiões para aqui. Queremos ser a embaixada da doçaria conventual”
Filipa Cordeiro, fundadora da Casa dos Ovos Moles

“As marcas são pessoas, quer queiramos quer não. E é muito importante que haja este controlo da qualidade e da origem. O nosso foco é crescer solidamente. Não colocamos de parte abrir outra loja, mas de forma estruturada. Não queremos de maneira nenhuma desvirtuar. Queremos trazer as pessoas das regiões para aqui. Queremos ser a embaixada da doçaria conventual”, explica Filipa. Uma embaixada que saiu da Brandia para trás de um balcão.

E atrás de outro balcão, não se vendem doces conventuais, mas vendem-se leites e iogurtes. Com ou sem cereais. Com kiwis, morangos ou framboesas. Tiago Jesus tem 28 anos e é um dos responsáveis pela Leitaria Lisboa, a mais recente área de negócio do grupo de restauração Alfredo Jesus, fundado pelo seu pai. “Queria fazer algo novo, adaptado à restauração moderna. A primeira unidade do grupo foi uma antiga leitaria e percebemos que era algo que tinha desaparecido de Lisboa. Porque não criar uma leitaria moderna, do século XXI, onde todo o conceito girasse à volta dos produtos lácteos?”, comenta Tiago.

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Perto das Amoreiras, há iogurte natural dos Açores, vindo de um pequeno produtor, garrafas de leite fresco do dia com sabor a chocolate, morango ou a cereais, brunch, saladas, tibornas ou sandes. Em todas as ofertas, há um produto lácteo. É esse o conceito por detrás da leitaria. Até ao final do ano, Tiago Jesus pretende abrir mais duas unidades em Lisboa. Por enquanto, quer continuar a ter o controlo sobre as lojas, pelo que o franchising não é assunto que esteja em cima da mesa.

Acho que as pessoas estão à procura de coisas antigas e estão muito a voltar a este tipo de negócio, os new traditional e também estão muito viradas para as coisas saudáveis”, diz Tiago Jesus, que acredita que a tendência veio para ficar, porque as pessoas se identificam. À leitaria, chegam turistas que estão alojados nos hotéis da proximidade, famílias ao fim de semana, ou pessoas que trabalham perto. A tradição não escolhe segmentos ou idades. Reinventou-se. Nas ruas da modernidade.

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