O ataque russo à cidade de Poltava no início de setembro, que atingiu um instituto militar e um hospital, causou 51 vítimas mortais. Foi um dos que causou mais mortes nos últimos meses na Ucrânia e foi condenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Desde aí começaram a surgir várias publicações nas redes sociais relacionadas com outro país além da Ucrânia: a Suécia. “Além do grande número de militares das Forças Armadas da Ucrânia, vários instrutores estrangeiros da Suécia” morreram “durante o ataque de mísseis contra o centro de treino das forças de comunicação em Poltava”.

Essas publicações citam Brrita Elvanger, que será uma “voluntária estrangeira que trabalha” para as Forças Armadas da Ucrânia e e que terá colaborado, no passado, com os instrutores suecos. Esse alegado perfil (que tem contas em várias redes sociais) justifica a presença de militares da Suécia em território ucraniano, uma vez que Estocolmo doou duas aeronaves DRLO ASC 890. Os instrutores estariam a ajudar os pilotos da Ucrânia a aprender a comandar o aparelho.

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Não obstante, a diplomacia sueca emitiu um desmentido sobre este assunto. Numa nota publicada no site das Forças Armadas da Suécia e assinada pela porta-voz Therese Fagerstedt lê-se que as informações que circulam nas “redes sociais” sobre a morte de instrutores suecos em Poltava são “incorretas”.

“Tem havido informações incorretas, sobretudo nas redes sociais, de que instrutores das Forças Armadas foram mortos num ataque russo a uma escola em Poltava”, lê-se na nota, que classifica a divulgação destas informações como um “exemplo típico de como a desinformação se pode espalhar rapidamente”.

Conclusão

Não é verdade que instrutores suecos tenham morrido durante o ataque à cidade ucraniana de Poltava. As informações veiculadas nas publicações das redes sociais foram desmentidas numa nota das Forças Armadas da Suécia, que sinalizam que se trata de um “exemplo de desinformação”.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:

FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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