Em pouco mais de dois minutos, Lula da Silva foi, supostamente, “apanhado” a criticar a sua antecessora e ex-vice-presidente Dilma Rousseff. “Mentirosa, maldosa, safada.” São estas as palavras que se ouvem da boca de Lula da Silva. No entanto, trata-se de um vídeo manipulado e, por isso, de uma publicação falsa.
Olhando novamente para a publicação, mais nenhuma informação é partilhada além do vídeo em si. Depois, um outro excerto do vídeo original que está na base desta publicação já foi anteriormente verificado pelo Observador, noutro fact-check, onde se alegava que Lula da Silva teria dito que o Partido Trabalhista, do qual faz parte, seria uma “organização criminosa”.
A conclusão foi de que o vídeo tinha sido manipulado, ou seja, várias partes do discurso de Lula da Silva tinham sido editadas — e trocadas de ordem — para sugerir que o recém eleito presidente do Brasil estaria a fazer uma série de denúncias e críticas. Mas não. Na publicação que estamos agora a verificar, a situação é exatamente a mesma.
O verdadeiro vídeo faz parte de uma entrevista feita a Lula da Silva em 2017, em Teófilo Otini, no nordeste das Minas Gerais, onde o recém eleito presidente participou no programa “Correspondente Ramos”. No excerto onde são referidos os adjetivos “maldosa, safada, mentirosa”, percebe-se que Lula da Silva estava, na verdade, a falar da “guerra” iniciada contra Dilma Rousseff que acabou no seu impeachment. A AFP Checamos também verificou publicações semelhantes e chegou à mesma conclusão: trata-se de um conteúdo falso.
Conclusão
Não é verdade que o recém eleito presidente brasileiro, Lula da Silva, tenha criticado a sua antecessora, Dilma Rousseff, apelidando-a de maldosa, mentirosa e safada”. O vídeo é verdadeiro mas pertence a uma entrevista de 2017, onde o líder do PT nunca se refere à ex-presidente do Brasil naqueles termos.
Assim, segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de factchecking com o Facebook.