Na segunda-feira passada, o Conselho de Ministros veio à Universidade do Minho sujeitar-se a perguntas sobre a sua governação. Como sempre, houve melhores e piores perguntas e, também, melhores e piores respostas. António Costa esteve, no geral, bem, como seria de esperar, dada a sua experiência e habilidade, a que, naturalmente, se junta uma legislatura que está a correr melhor que o esperado. Mas houve três perguntas cujas respostas me pareceram manifestamente curtas ou desadequadas.

1. Primeira pergunta (Justiça Social)

A primeira pergunta da sessão foi feita por Carla Gomes, minha aluna. (Minuto 11 do vídeo que pode ser visto aqui). Contou ela que tem “um irmão com paralisia cerebral”, com cerca de 100% de incapacidade. “Recebe uma pensão de invalidez de 270€ por mês, sendo que mais de metade desse valor é para medicação e cuidados de higiene.” A mãe, tutora do irmão, recebe um complemento de 170€. Quer a mãe quer o pai recebem o salário mínimo. Não conseguem encontrar instituições que os apoiem (até porque não têm dinheiro para pagar o que lhes pedem). A pergunta que a Carla fez era simples: por que raio não entrega o Estado às famílias cuidadoras o dinheiro que entregaria a uma instituição que ficasse com a pessoa com deficiência? E porque é que nessa quantia entregue não se incluem também alguns descontos para a Segurança Social?

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