Três pontos, dois golos, uma vitória. O Sporting partia como favorito frente ao Sturm Graz e cumpriu todos os propósitos: ganhou, o que não costumava ser tão comum jogando fora na Europa; deu minutos a quem regressa de lesão (Pedro Gonçalves, Matheus Reis e St. Juste); mostrou a maturidade competitiva que coloca a equipa no ponto mais alto da era Amorim. Quando o treinador chegou, a formação leonina era como um intercidades: parava muito, atrasava, perdia ritmo, chegava tarde à paragem pretendida; agora, assemelha-se mais com um TGV: anda rápido, passou a depender de si, fica mais perto de chegar onde quer quando quer. E a forma como a locomotiva Gyökeres se voltou a mostrar com uma arrancada de 50 metros a acabar em golo é o espelho de toda essa mudança de paradigma. Agora segue-se um dos desafios mais difíceis até agora, com uma deslocação a Famalicão que na última época foi a “chave” para o título (sábado, 20h30).

Em contraponto, o Benfica sofreu a primeira derrota na Champions com o Feyenoord, que não só anulou os pontos fortes dos encarnados como sobretudo expôs as debilidades do meio-campo para trás. Não é pela interrupção da série de seis vitórias consecutivas com Bruno Lage que tudo passou a estar mal mas a partida com o Rio Ave na Luz (domingo, 18h) ganha outro peso para expressar a “reação à Benfica” que foi pedida pelo técnico. Antes, este sábado, há Assembleia Geral para prosseguir a votação da revisão estatutária. O que mudou em relação à última? O futebol perdeu e a SAD foi acusada de corrupção desportiva a par de Luís Filipe Vieira e Paulo Gonçalves. Parece pouco, é muito. E se antes se iam percebendo movimentações entre putativos candidatos, agora são cada vez mais os encontros entre benfiquistas mais ou menos alargados ou privados, organizados em alguns casos por figuras conhecidas mas improváveis. Há muito a mexer na Luz.

A fechar a jornada entra em campo o FC Porto na segunda-feira, frente ao AVS (20h15). Apesar de não ter sido uma exibição de encher o olho, os dragões conseguiram o primeiro triunfo na Liga Europa frente ao Hoffenheim com mais um golo de Samu Omorodion (e de Tiago Djaló, que marcara também na Taça) e começam a recuperar da fase mais irregular numa semana que ficará também marcada pela apresentação do novo livro de Pinto da Costa, “Azul até ao fim”, no domingo. Daquilo que já se conhece, e que levou mesmo à apresentação de uma queixa pela divulgação de partes do livro que ainda não chegou ao público, são muitas as “vinganças” pessoais e outras memórias que têm causado alguma celeuma até com… Sérgio Conceição.

A seguir, a semana será marcada pelos jogos dos quartos da Taça da Liga: Sporting-Nacional (terça-feira, 20h15), Benfica-Santa Clara (quarta-feira, 20h15), Sp. Braga-V. Guimarães (quarta-feira, 18h45) e FC Porto-Moreirense (20h45). Antes, o fim de semana terá uma série de pontos altos nas principais ligas europeias como Real-Barcelona (sábado, 20h), Chelsea-Newcastle, West Ham-Manchester United (domingo, 14h), Arsenal-Liverpool (domingo, 16h30), Inter-Juventus (domingo, 17h) e Marselha-PSG (domingo, 19h45). Na segunda-feira, o Théâtre du Châtelet, em Paris, recebe a cerimónia de entrega da Bola de Ouro com todos os olhos centrados em Vinícius Jr., avançado brasileiro que pode ganhar pela primeira vez aos 24 anos.

Nas modalidades, quatro grandes destaques nos próximos dias: o Grande Prémio da Tailândia em MotoGP ainda sem Miguel Oliveira (sprint no sábado às 9h, corrida no domingo às 8h), o Grande Prémio do México em Fórmula 1 (domingo, 20h), a Final Four da Taça Continental de hóquei em patins com Sporting-Follonica e Igualada-Oliveirense nas meias antes da decisão de domingo (15h) e as finais de vários torneios de ténis entre ATP de Basileia e de Viena e WTA de Tóquio e de Guangzhou antes do Masters de Paris.